GranatumCast | Temporada 2
#01
Antes de tudo, tecnologia!
Antes de tudo, tecnologia!
Temas Relacionados ao Episódio
As raízes na WebGoal e o salto para a nuvem em 2009 O Granatum nasce como spin-off, quando hospedar dados fora da empresa ainda era “tudo mato”. A coragem de cobrar no cartão e rodar 100% online virou marca registrada.
Métodos ágeis + design centrado no usuário Desenvolvimento colaborativo dentro do time e com quem usa o sistema. Feedback não é estágio final, é matéria-prima (“feedback é ouro”).
Proximidade com o cliente e ciclos curtíssimos de resposta Quem reclama ou sugere fala direto com quem programa. Resultado: problemas resolvidos em horas ou poucos dias, sem burocracia de camadas comerciais.
Propósito duplo: empresas melhores, pessoas felizes
Transformar negócios de qualquer porte e, ao mesmo tempo, garantir que usuário e equipe saiam sorrindo. É a bússola para priorizar features, suporte e evolução contínua.
Transcrição do Episódio
[00:00:00]
Mari Prado: Você está ouvindo Código Granatum, conversas diretas sobre tecnologia, cultura e um caixa saudável. Eu sou Mari Prado do time de Sucesso do Cliente, e comigo estão Flávio Logulo e Matheus Haddad, dois dos co-autores dessa história. Esse é o nosso primeiro encontro. Para começar uma conversa que ainda vai render muitos episódios, a gente volta às raízes.
O Granatum é um software de gestão financeira que nasceu dentro da WebGoal, uma empresa de tecnologia. Foi dela que a gente herdou o nosso jeito de organizar, de trabalhar e de desenvolver. E é por isso que o nosso mantra tem sido, antes de tudo, tecnologia. Porque é a tecnologia que permite que a gente entregue valor de forma escalável, ágil e eficiente para os nossos clientes. Então, Floz, Matheus, eu quero ouvir de vocês.
Como que o DNA de uma empresa de software vem influenciando, nesses 18 anos, a cultura do Granatum e tudo que a gente decide no produto?
[00:01:00]
Flavio Logullo: Legal. É importante entender que a gente deve tudo ao software. Todos os movimentos que a gente fez se devem ao software. E eu acho que é importante entender por que esse tópico. Então, a gente tem algumas definições de negócio que balizam as decisões que a gente toma dentro da empresa e, em geral, a gente percebe nas empresas a necessidade de se ter uma visão, uma missão, definições que são embrionárias, né?
Assim, que definem quem a empresa é de fato. E esse tópico foi a gente tentando entender quem a gente é, porque essa resposta de quem a gente é, ela pode variar de momento para momento, e é natural que isso aconteça, né? Em todo tipo de negócio, né? No nosso caso, o software mantém a gente vivo, mantém a gente atualizado.
Então, quando a gente olha para o que tá acontecendo hoje no mundo, a IA chegando e transformando tudo, ela obriga que a gente fique vivo, que a gente fique atento ao que está sendo feito. Então, tem muito a ver com não ser estático, tem muito a ver com ficar atento ao que está acontecendo. E, sinceramente, eu acho que isso foi o que sempre manteve a gente muito vivo e atento ao que está acontecendo e continua regendo a gente, continua influenciando o que a gente pensa sobre tudo, sobre o que a gente entrega para o mercado como valor.
Então, toda empresa busca isso, quem a empresa é, o que ela entrega de valor para o mundo. Então, o software continua regendo, a gente continua buscando como entregar mais valor para o mundo, especialmente para as pessoas. Para quem não sabe o Granatum é um spin-off da WebGoal né que hoje é holding que detém alguns outros negócios e o nosso propósito principal sempre foi desenvolver software, tecnologia para transformar as empresas, torná-las melhores e também deixar as pessoas felizes.
Então, a gente tem dois alicerces muito fortes que eles não se alteraram desde o dia zero da empresa, desde antes da empresa, que envolve a gente ter esse olhar para as empresas, porque, de fato a nossa crença, que são núcleos menores de uma sociedade maior, onde a gente consegue promover transformações que sejam verdadeiramente transformadoras para aquele núcleo. Então, uma empresa tem várias famílias ao redor, várias pessoas envolvidas e isso impacta num pequeno núcleo e a gente acredita de fato que quando a gente faz software, a gente transforma, a gente ajuda esse ambiente a ser transformado e a gente tem o lance das pessoas felizes, né?
Porque a gente sabe que por trás do software, a pessoa que está usando, tem que estar feliz ao usar os nossos softwares. Então, isso é claramente perceptível na interface do Granatum e a gente recebe muito feedback por isso, né? Da facilidade de uso, mas não só, para quem desenvolve também o nosso time de desenvolvimento interno da operação também tem que estar feliz ao promover esse software, ao criar esse software, ao pesquisar. Em todas as esferas, não estou falando só de tecnologia.
Mas por que tecnologia? Porque tudo nasceu daí. Então, a WebGoal, que deu origem ao Granatum, nasceu dentro de uma empresa de software. Tudo o que a gente aprendeu sobre comportamento humano, sobre design, sobre negócios, é o que a gente já achava que já sabia sempre ficou muito porque por conta desse lugar que foi puxado pelo software então a gente conseguiu ter vários desdobramentos né, o Matheus vai falar muito daqui. Matheus, é assim muito orgulho de trabalhar com Matheus porque ele é um estudioso de várias áreas que se ramificam a partir desse lugar que a gente nasce, né dessa vertical que é o software, e isso continua influenciando. É interessante, eu me sinto muito vivo e eu sinto que os nossos negócios se revitalizam por conta da tecnologia, por conta desse olhar que a gente tem que ter a partir da tecnologia. Isso mantém a gente no prumo.
[00:05:54]
Matheus Haddad: Eu acho que vale a pena a gente retomar 18 anos atrás e lembrar o contexto da criação do Granatum porque, como o Floz bem disse, o Granatum surgiu da WebGoal, que tinha esse nome porque tínhamos a intenção de ter a internet como objetivo, ou seja, desenvolver software que rodasse e que funcionasse na nuvem numa época onde não tínhamos nuvem né, a gente tinha ainda servidores caseiros ou internalizados nas organizações rodando as aplicações então, para gente foi uma escolha bastante cuidadosa porque a gente vislumbrava um futuro onde a tecnologia estaria em todo lugar através da internet, só que a gente não saber não sabia ainda como e a gente acabou descobrindo no caminho.
Mas, ao mesmo tempo que a gente tinha essa intenção de desenvolver software para a internet, a gente também tinha uma peculiaridade muito interessante que é fazer isso com as pessoas. Não só com os times de tecnologia trabalhando de forma colaborativa e utilizando métodos ágeis, que era a forma que a gente acreditava ser a mais promissora para esse tipo de trabalho, a gente também queria fazer isso com o usuário. Então, além de usar métodos ágeis internamente para desenvolver as soluções, a gente queria utilizar um design centrado no usuário para fazer isso em conjunto com ele e atender as necessidades de uma forma diferente. Ao invés de empurrar a tecnologia para ele, deixar com que ele nos dissesse através da sua experiência de uso e satisfação, qual seria a forma mais adequada da tecnologia usada para satisfazer suas necessidades. Então desde muito cedo a gente enveredou por essa área e aprendeu muito como fazer isso, não só com os nossos clientes externos da WebGoal mas também com as soluções que a gente criava internamente. E uma dessas soluções foi o Granatum, que nasceu o primeiro para atender uma necessidade de gestão financeira nossa, e aí tivemos que escutar a nós mesmos, as necessidades do nosso negócio e aplicar tecnologias que a gente acreditava ser as melhores para que a gente pudesse suprir a nossa necessidade, ao mesmo tempo que a gente ficasse satisfeito, porque não poderia ser uma aplicação difícil de usar ou algo que atrapalhasse o nosso próprio trabalho que a gente prestava para o mercado, um serviço que a gente prestava para o mercado.
Então, o Granatum nasce muito desse contexto, de estar todo mundo envolvido na definição dessa solução, ao mesmo tempo de ter todo mundo preocupado em atender as nossas necessidades com o Granatum. E a gente percebeu que isso foi tão tranquilo de ser feito né, hoje a gente vê um esforço enorme de várias outras empresas para criar novos produtos etc, e o Granatum emergiu dessa cultura né. Ele foi aparecendo aos poucos, as pessoas foram contribuindo, a gente foi evoluindo de acordo com as necessidades que a gente tinha e chegou um ponto que a gente percebeu que o Granatum tava tão bom e que aí sim apareceu a ideia vamos transformá-lo num produto. Vamos disponibilizá-lo também para outras organizações? Porque se a gente está se beneficiando dele, será que outras organizações, outras empresas também não se beneficiaram? A gente não tinha ideia ainda do impacto que o Granatum poderia causar no dia a dia, na rotina de gestão financeira de outras empresas.
A gente estava concentrado na gente. E para nossa surpresa, quando a gente colocou o Granatum no ar pela primeira vez, e na primeira semana começaram a aparecer empresas e os primeiros clientes, a gente percebeu que a gente tinha algo muito diferente nas mãos. Então, apesar da nossa falta de experiência ainda há 18 anos atrás, a gente percebeu que ali tinha um futuro muito promissor. E ainda bem que a gente apostou nisso, porque de lá para cá a tecnologia explodiu, avançou muito, o Granatum evoluiu com ela e acabou se tornando uma empresa, uma spin-off, como o Floz mencionou agora há pouco. E isso traz a gente para os dias de hoje, onde a gente tem um contexto que a tecnologia realmente molda o dia a dia das organizações e se você não está a par do que está acontecendo e envolvido com essa tecnologia, você vai acabar ficando por fora dessa onda toda que a gente está vivendo. Então, é muito bom olhar para trás hoje e perceber as escolhas que a gente fez no passado, apesar de inúmeras dúvidas que tínhamos na época, porque a gente não sabia se a gente queria ser uma empresa de produto ou uma empresa de serviço. E hoje nós somos uma empresa das duas coisas, tem duas empresas não é? Uma para cada coisa. Se mostrou muito acertada essas escolhas da época, então é muito interessante ver esse contexto. Tem um outro aspecto também que eu queria trazer aqui Flávio, a respeito do Granatum especificamente, e é essa questão da confiança que a gente precisou trabalhar na época das dos primeiros clientes em relação a ter seus dados na nuvem, porque, como se diz em Minas Gerais, era tudo mato na época.
As pessoas tinham medo de... Ah, como assim? As minhas informações vão ficar na nuvem, na internet? E se alguém roubar da nuvem né? Mas elas não tinham ciência que manter seus dados na nuvem ou em servidores como da Amazon, que estava chegando no Brasil naquela época, era muito mais seguro e confiável do que manter no computador dentro da empresa, que estava mais sujeito né a diversos tipos de ataques, do que numa estrutura né super mais evoluída e organizada do que da Amazon. Então assim a gente teve um esforço enorme de querer explicar para o cliente e eu acho que essa questão educacional também veio disso né, de mostrar para ele olha você pode fazer uma gestão financeira melhor da sua empresa, existem métodos para isso, existem tecnologias melhores do que aquele software desktop que roda no seu computador. Então, você pode fazer isso numa perspectiva muito mais evoluída. E esse esforço de conhecimento rendeu os frutos para a gente, né? Porque hoje a gente tem aí milhares de empresas usando o Granatum na nuvem e hoje é uma coisa normal, né? A gente nem mais discute, não precisa mais convencer o cliente que os dados estão na nuvem, né?
Ele já tem isso como uma premissa. Então, esse jeito de abordar a tecnologia e de propor para o cliente um novo caminho, diferente do que ele estava acostumado, também tem tudo a ver com a forma como a gente envolve o cliente hoje no dia a dia e nas decisões do que a gente vai implementar no Granatum. Porque antigamente era diferente. A empresa que produz a solução empurra a solução para o cliente. Hoje a gente ouve o cliente, ele puxa a solução que ele quer e aí a gente entrega. Então, eu acho que essa mistura de tecnologia de ponta, método do desenvolvimento de software e design centrado no usuário, é a raiz cultural do Granatum, até hoje a gente funciona muito pautado por essas três vias assim.
[00:13:43]
Flavio Logullo: É verdade. E... E você falando aqui, me veio uma característica que é muito interessante. Então, a gente está falando de 2009, o Granatum chegando em 2009. Não sei se todo mundo lembra como era a internet em 2009, mas era uma internet ainda em desenvolvimento e colocar cartão de crédito para pagar o Granatum era um grande problema.
Convencer as pessoas também era um grande problema, mas eu acho que isso tem... Traz para a gente uma característica que até hoje é muito presente aqui no Granatum e nos outros negócios também, que tem a ver com a coragem de desbravar esse lugar. Então, essa coragem ela já é muito natural nossa. Então, quando a gente é muito tolerante a errar, a testar, a falar com o cliente, a ouvir as críticas. Me lembro da nossa premissa do feedback é ouro, quando lá no comecinho a gente recebia muito feedback e a gente sempre teve coragem de perguntar cada vez mais e assumir quando a coisa não estava boa e melhorar a partir disso. E esse molde junto com o cliente, também é uma coisa que a gente teve que estudar, a gente teve que aprender, a gente teve que ter essa humildade de entender.
Fala-se, pô, nós éramos todos profissionais da área de tecnologia e a gente tinha especialistas em design, mas ainda assim, quando a gente desenvolve uma solução que, a gente está falando da massa, a gente está falando de muitas empresas que usam o Granatum, nós temos que desenvolver uma habilidade para lidar com esse tipo de contexto.
Eu acho que isso, o aprendizado que isso trouxe para a gente lá atrás e que impacta até hoje, pegando aí o núcleo da pergunta da Mari, como que está isso vários anos depois? Entendo que isso reverbera até hoje, essa nossa busca incessante por ouvir o cliente antes de tudo, de se colocar no lugar do cliente e de passar isso internamente para os novos membros do time sobre coragem, sobre permissão de erro, quando a gente está testando algo que é absolutamente novo, a gente vai errar isso, está tudo bem. Entender que nós não somos os detentores da verdade absoluta principalmente quando isso se encontra com a visão do cliente e ouvir o cliente isso reverbera até hoje e isso é o que a gente tenta ensinar para todas as pessoas que chegam até hoje no Granatum. E é muito interessante quando a gente começa um negócio absolutamente do zero e isso acontece toda hora aqui dentro do grupo, como isso impactou a gente e como isso é poderoso para nós e como isso traz essa sensação de vida ou essa tranquilidade para lidar com situações absolutamente complexas né? Que é começar um negócio. A gente está em contato no Granatum o tempo inteiro, com empresas que têm décadas e empresas que têm meses. E é interessante perceber, né? A gente fez uma pesquisa profunda, um mergulho profundo com os nossos clientes para entender, dentro do ciclo de vida da empresa, como é que eles estavam em vários aspectos.
E aí tem um desses aspectos que é justamente como a empresa se vê, qual é o objetivo dela naquele momento. E é interessante, o Granatum foi desenhado a partir dessa visão. Então, temos clientes que têm meses de empresa, de criação de empresas, e empresas que têm décadas. E ele se adapta dentro de todos esses contextos. Por quê?
Porque, acho que essa é a grande paixão de entender, como o objetivo da empresa vai mudando e como a responsabilidade que a gente tem que ter com a empresa de meses e com a empresa de décadas é a mesma. Porque internamente a gente viu o quão poderoso é o objetivo inicial que é nossa eu preciso ter o meu primeiro faturamento, os meus primeiros clientes, ter a visão do meu negócio e, décadas depois é, eu quero um percentual de crescimento, visões de diferentes níveis de maturidade que a gente teve que internalizar num curto espaço de tempo porque, como o Mateus falou, quando a gente entrou no mercado a gente Entrou com uma visão de atender o nosso negócio e mais alguns outros poucos negócios.
Quando a gente entra no mercado, a gente começa a ter muitos contextos diferentes, né? E a gente teve que correr atrás desse lugar para entender diferentes contextos sem viés, com humildade né? A grande crítica ao mercado e ao próprio mercado é de que as coisas são empurradas, como o Matheus falou, a solução é empurrada.
Quando a gente está dentro de um contexto, a gente tem que ter essa tranquilidade, essa humildade de entender o cliente, praticar essa empatia com os nossos clientes. Uma coisa que a gente fala aqui internamente, né, isso continua até hoje, essa análise de feedback, a Mari trabalha não é só a hostess desse podcast aqui, mas ela trabalha também no CS, tá ligada a todo instante no comportamento, o que que tá acontecendo com aquele cliente, com aqueles clientes, são muitos clientes na mão dela ali, por que ele deu um determinado tipo de feedback, por que aquele atendimento não foi tão bem avaliado, e isso sob a perspectiva não só de negócio, mas entendendo esse impacto que a gente sempre disse aqui dentro. Uma empresa que está fazendo, por exemplo, pagando os seus funcionários ali no quinto dia útil, ela não pode ficar sem acesso às informações que ela precisa. Aquela empresa que está fazendo uma reunião tendo que definir se ela vai investir mais ou se ela vai tomar um empréstimo ou se ela vai pagar determinada dívida porque ela não tem caixa para pagar todas, ela tem que ter acesso, tem que ter os dados claros ali para tomar aquele tipo de decisão.
Então tudo isso passa por esses momentos iniciais do Granatum onde a gente teve que ter essa visão mais aberta e nós né internamente, como desenvolvedores, tivemos desenvolver habilidades de design, e quando eu falo design, não estou falando da tela bonitinha, eu estou falando da nossa capacidade de olhar para o problema e criar uma solução que seja verdadeiramente solucionadora desse problema, de certa forma, aspectos antropológicos, entender como que é o comportamento e o que aquele comportamento específico está querendo dizer para nós a partir do uso do software.
Então isso continua nos acompanhando até hoje e eu acredito muito que os nossos clientes sentem isso, porque os feedbacks eles continuam chegando, os clientes continuam cobrando a gente, pô, eu mandei determinado feedback porque ainda não foi desenvolvido, porque do mesmo carinho do mesmo jeito, com a mesma atenção que a gente tinha lá no começo, de fazer investigação de causa raiz de problema, de pensar muito bem para que o impacto seja positivo nas nossas ações, dentro do que a gente entrega, a gente ainda tem hoje.
[00:21:46]
Matheus Haddad: Eu acho que tem uma outra perspectiva também interessante relacionada a tudo isso, que quando um cliente do Granatum ou alguém interessado em usar o Granatum entra em contato com a gente, ele está entrando em contato com uma equipe de tecnologia. Então, a gente não é uma empresa comercial, representante que está vendendo um serviço de gestão pela internet.
Somos uma empresa de tecnologia. Então, quando o cliente reclama ou quando ele propõe ele dá uma sugestão de melhoria, ele está falando diretamente com as pessoas que têm o conhecimento, que são especialistas da área de tecnologia e que vão implementar isso no Granatum. Eu acho que esse encurtamento da comunicação, essa ponte facilitada que a gente tem nessa relação com o cliente, fez com que o Granatum evoluísse muito mais rápido durante anos, né?
Então, às vezes, dependendo do problema ou da sugestão que o cliente traz, ele fala diretamente com o desenvolvedor, né? E ele consegue ter um nível de detalhamento de resolução de problema muito mais rápido do que numa empresa mais tradicional. Então, esse DNA de ser uma empresa de tecnologia, de estar em contato próximo com o cliente até, sendo um dos princípios do design centrado no cliente, no usuário, faz do Granatum uma empresa bastante diferente daquelas que a gente está acostumado a ver no mercado.
E eu achei interessante, uma época que eu participei mais de perto do time e eu pude conversar com alguns clientes e nas conversas que eu tive com alguns clientes do Granatum a conversa era muito técnica, né? Inclusive às vezes o cliente também era da área de tecnologia e a gente discutia num nível de solução muito aprofundado ali, como se fosse mesmo parte do nosso time, né? Porque a preocupação do cliente em querer ver o Granatum melhor ou oferecendo soluções que ainda não oferece, também é muito grande.
E aí, essa conversa é muito mais produtiva porque a gente conversa já usando a tecnologia como base e as possibilidades que estão na mesa são muito mais claras para a gente evoluir o produto. Eu acho que isso é um diferencial muito grande, até tomando como referência experiências próprias com outras empresas, com outros tipos de soluções, onde você entra em contato, aí você fala primeiro com o departamento e você nunca consegue falar com aquelas pessoas que resolvem. É isso que acontece. Existem várias camadas até chegar ali e às vezes você não é ouvido.
No Granatum a gente fala com quem já está no front. Eu acho que esse é uma vantagem competitiva muito grande para o Granatum é um ponto de satisfação enorme para os clientes, porque além dele se sentir ouvido, amanhã já está resolvido o problema dele, então isso encurta muito esse caminho entre a sugestão ou a insatisfação do cliente com alguma coisa, com ele ficar feliz no outro dia ou dois, três dias depois. Eu acho que isso é um diferencial muito grande que a gente tem, que a gente não pode perder também no Granatum.
[00:24:51]
Mari Prado: Matheus, Floz obrigada por esse primeiro episódio. O que fica aqui para mim é que as pessoas estão no centro e a tecnologia é a nossa raiz, ela é o nosso caminho para chegar e para proporcionar as soluções tanto para os nossos clientes, quanto para o nosso time.
E a gente fica por aqui. Obrigada por escutar o primeiro episódio de Código Granatum e fazer parte dessa viagem às nossas origens. Se você curtiu, compartilhe o episódio ou já manda seu feedback para a gente. A conversa continua nas próximas semanas.
[00:00:00]
Mari Prado: Você está ouvindo Código Granatum, conversas diretas sobre tecnologia, cultura e um caixa saudável. Eu sou Mari Prado do time de Sucesso do Cliente, e comigo estão Flávio Logulo e Matheus Haddad, dois dos co-autores dessa história. Esse é o nosso primeiro encontro. Para começar uma conversa que ainda vai render muitos episódios, a gente volta às raízes.
O Granatum é um software de gestão financeira que nasceu dentro da WebGoal, uma empresa de tecnologia. Foi dela que a gente herdou o nosso jeito de organizar, de trabalhar e de desenvolver. E é por isso que o nosso mantra tem sido, antes de tudo, tecnologia. Porque é a tecnologia que permite que a gente entregue valor de forma escalável, ágil e eficiente para os nossos clientes. Então, Floz, Matheus, eu quero ouvir de vocês.
Como que o DNA de uma empresa de software vem influenciando, nesses 18 anos, a cultura do Granatum e tudo que a gente decide no produto?
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Flavio Logullo: Legal. É importante entender que a gente deve tudo ao software. Todos os movimentos que a gente fez se devem ao software. E eu acho que é importante entender por que esse tópico. Então, a gente tem algumas definições de negócio que balizam as decisões que a gente toma dentro da empresa e, em geral, a gente percebe nas empresas a necessidade de se ter uma visão, uma missão, definições que são embrionárias, né?
Assim, que definem quem a empresa é de fato. E esse tópico foi a gente tentando entender quem a gente é, porque essa resposta de quem a gente é, ela pode variar de momento para momento, e é natural que isso aconteça, né? Em todo tipo de negócio, né? No nosso caso, o software mantém a gente vivo, mantém a gente atualizado.
Então, quando a gente olha para o que tá acontecendo hoje no mundo, a IA chegando e transformando tudo, ela obriga que a gente fique vivo, que a gente fique atento ao que está sendo feito. Então, tem muito a ver com não ser estático, tem muito a ver com ficar atento ao que está acontecendo. E, sinceramente, eu acho que isso foi o que sempre manteve a gente muito vivo e atento ao que está acontecendo e continua regendo a gente, continua influenciando o que a gente pensa sobre tudo, sobre o que a gente entrega para o mercado como valor.
Então, toda empresa busca isso, quem a empresa é, o que ela entrega de valor para o mundo. Então, o software continua regendo, a gente continua buscando como entregar mais valor para o mundo, especialmente para as pessoas. Para quem não sabe o Granatum é um spin-off da WebGoal né que hoje é holding que detém alguns outros negócios e o nosso propósito principal sempre foi desenvolver software, tecnologia para transformar as empresas, torná-las melhores e também deixar as pessoas felizes.
Então, a gente tem dois alicerces muito fortes que eles não se alteraram desde o dia zero da empresa, desde antes da empresa, que envolve a gente ter esse olhar para as empresas, porque, de fato a nossa crença, que são núcleos menores de uma sociedade maior, onde a gente consegue promover transformações que sejam verdadeiramente transformadoras para aquele núcleo. Então, uma empresa tem várias famílias ao redor, várias pessoas envolvidas e isso impacta num pequeno núcleo e a gente acredita de fato que quando a gente faz software, a gente transforma, a gente ajuda esse ambiente a ser transformado e a gente tem o lance das pessoas felizes, né?
Porque a gente sabe que por trás do software, a pessoa que está usando, tem que estar feliz ao usar os nossos softwares. Então, isso é claramente perceptível na interface do Granatum e a gente recebe muito feedback por isso, né? Da facilidade de uso, mas não só, para quem desenvolve também o nosso time de desenvolvimento interno da operação também tem que estar feliz ao promover esse software, ao criar esse software, ao pesquisar. Em todas as esferas, não estou falando só de tecnologia.
Mas por que tecnologia? Porque tudo nasceu daí. Então, a WebGoal, que deu origem ao Granatum, nasceu dentro de uma empresa de software. Tudo o que a gente aprendeu sobre comportamento humano, sobre design, sobre negócios, é o que a gente já achava que já sabia sempre ficou muito porque por conta desse lugar que foi puxado pelo software então a gente conseguiu ter vários desdobramentos né, o Matheus vai falar muito daqui. Matheus, é assim muito orgulho de trabalhar com Matheus porque ele é um estudioso de várias áreas que se ramificam a partir desse lugar que a gente nasce, né dessa vertical que é o software, e isso continua influenciando. É interessante, eu me sinto muito vivo e eu sinto que os nossos negócios se revitalizam por conta da tecnologia, por conta desse olhar que a gente tem que ter a partir da tecnologia. Isso mantém a gente no prumo.
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Matheus Haddad: Eu acho que vale a pena a gente retomar 18 anos atrás e lembrar o contexto da criação do Granatum porque, como o Floz bem disse, o Granatum surgiu da WebGoal, que tinha esse nome porque tínhamos a intenção de ter a internet como objetivo, ou seja, desenvolver software que rodasse e que funcionasse na nuvem numa época onde não tínhamos nuvem né, a gente tinha ainda servidores caseiros ou internalizados nas organizações rodando as aplicações então, para gente foi uma escolha bastante cuidadosa porque a gente vislumbrava um futuro onde a tecnologia estaria em todo lugar através da internet, só que a gente não saber não sabia ainda como e a gente acabou descobrindo no caminho.
Mas, ao mesmo tempo que a gente tinha essa intenção de desenvolver software para a internet, a gente também tinha uma peculiaridade muito interessante que é fazer isso com as pessoas. Não só com os times de tecnologia trabalhando de forma colaborativa e utilizando métodos ágeis, que era a forma que a gente acreditava ser a mais promissora para esse tipo de trabalho, a gente também queria fazer isso com o usuário. Então, além de usar métodos ágeis internamente para desenvolver as soluções, a gente queria utilizar um design centrado no usuário para fazer isso em conjunto com ele e atender as necessidades de uma forma diferente. Ao invés de empurrar a tecnologia para ele, deixar com que ele nos dissesse através da sua experiência de uso e satisfação, qual seria a forma mais adequada da tecnologia usada para satisfazer suas necessidades. Então desde muito cedo a gente enveredou por essa área e aprendeu muito como fazer isso, não só com os nossos clientes externos da WebGoal mas também com as soluções que a gente criava internamente. E uma dessas soluções foi o Granatum, que nasceu o primeiro para atender uma necessidade de gestão financeira nossa, e aí tivemos que escutar a nós mesmos, as necessidades do nosso negócio e aplicar tecnologias que a gente acreditava ser as melhores para que a gente pudesse suprir a nossa necessidade, ao mesmo tempo que a gente ficasse satisfeito, porque não poderia ser uma aplicação difícil de usar ou algo que atrapalhasse o nosso próprio trabalho que a gente prestava para o mercado, um serviço que a gente prestava para o mercado.
Então, o Granatum nasce muito desse contexto, de estar todo mundo envolvido na definição dessa solução, ao mesmo tempo de ter todo mundo preocupado em atender as nossas necessidades com o Granatum. E a gente percebeu que isso foi tão tranquilo de ser feito né, hoje a gente vê um esforço enorme de várias outras empresas para criar novos produtos etc, e o Granatum emergiu dessa cultura né. Ele foi aparecendo aos poucos, as pessoas foram contribuindo, a gente foi evoluindo de acordo com as necessidades que a gente tinha e chegou um ponto que a gente percebeu que o Granatum tava tão bom e que aí sim apareceu a ideia vamos transformá-lo num produto. Vamos disponibilizá-lo também para outras organizações? Porque se a gente está se beneficiando dele, será que outras organizações, outras empresas também não se beneficiaram? A gente não tinha ideia ainda do impacto que o Granatum poderia causar no dia a dia, na rotina de gestão financeira de outras empresas.
A gente estava concentrado na gente. E para nossa surpresa, quando a gente colocou o Granatum no ar pela primeira vez, e na primeira semana começaram a aparecer empresas e os primeiros clientes, a gente percebeu que a gente tinha algo muito diferente nas mãos. Então, apesar da nossa falta de experiência ainda há 18 anos atrás, a gente percebeu que ali tinha um futuro muito promissor. E ainda bem que a gente apostou nisso, porque de lá para cá a tecnologia explodiu, avançou muito, o Granatum evoluiu com ela e acabou se tornando uma empresa, uma spin-off, como o Floz mencionou agora há pouco. E isso traz a gente para os dias de hoje, onde a gente tem um contexto que a tecnologia realmente molda o dia a dia das organizações e se você não está a par do que está acontecendo e envolvido com essa tecnologia, você vai acabar ficando por fora dessa onda toda que a gente está vivendo. Então, é muito bom olhar para trás hoje e perceber as escolhas que a gente fez no passado, apesar de inúmeras dúvidas que tínhamos na época, porque a gente não sabia se a gente queria ser uma empresa de produto ou uma empresa de serviço. E hoje nós somos uma empresa das duas coisas, tem duas empresas não é? Uma para cada coisa. Se mostrou muito acertada essas escolhas da época, então é muito interessante ver esse contexto. Tem um outro aspecto também que eu queria trazer aqui Flávio, a respeito do Granatum especificamente, e é essa questão da confiança que a gente precisou trabalhar na época das dos primeiros clientes em relação a ter seus dados na nuvem, porque, como se diz em Minas Gerais, era tudo mato na época.
As pessoas tinham medo de... Ah, como assim? As minhas informações vão ficar na nuvem, na internet? E se alguém roubar da nuvem né? Mas elas não tinham ciência que manter seus dados na nuvem ou em servidores como da Amazon, que estava chegando no Brasil naquela época, era muito mais seguro e confiável do que manter no computador dentro da empresa, que estava mais sujeito né a diversos tipos de ataques, do que numa estrutura né super mais evoluída e organizada do que da Amazon. Então assim a gente teve um esforço enorme de querer explicar para o cliente e eu acho que essa questão educacional também veio disso né, de mostrar para ele olha você pode fazer uma gestão financeira melhor da sua empresa, existem métodos para isso, existem tecnologias melhores do que aquele software desktop que roda no seu computador. Então, você pode fazer isso numa perspectiva muito mais evoluída. E esse esforço de conhecimento rendeu os frutos para a gente, né? Porque hoje a gente tem aí milhares de empresas usando o Granatum na nuvem e hoje é uma coisa normal, né? A gente nem mais discute, não precisa mais convencer o cliente que os dados estão na nuvem, né?
Ele já tem isso como uma premissa. Então, esse jeito de abordar a tecnologia e de propor para o cliente um novo caminho, diferente do que ele estava acostumado, também tem tudo a ver com a forma como a gente envolve o cliente hoje no dia a dia e nas decisões do que a gente vai implementar no Granatum. Porque antigamente era diferente. A empresa que produz a solução empurra a solução para o cliente. Hoje a gente ouve o cliente, ele puxa a solução que ele quer e aí a gente entrega. Então, eu acho que essa mistura de tecnologia de ponta, método do desenvolvimento de software e design centrado no usuário, é a raiz cultural do Granatum, até hoje a gente funciona muito pautado por essas três vias assim.
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Flavio Logullo: É verdade. E... E você falando aqui, me veio uma característica que é muito interessante. Então, a gente está falando de 2009, o Granatum chegando em 2009. Não sei se todo mundo lembra como era a internet em 2009, mas era uma internet ainda em desenvolvimento e colocar cartão de crédito para pagar o Granatum era um grande problema.
Convencer as pessoas também era um grande problema, mas eu acho que isso tem... Traz para a gente uma característica que até hoje é muito presente aqui no Granatum e nos outros negócios também, que tem a ver com a coragem de desbravar esse lugar. Então, essa coragem ela já é muito natural nossa. Então, quando a gente é muito tolerante a errar, a testar, a falar com o cliente, a ouvir as críticas. Me lembro da nossa premissa do feedback é ouro, quando lá no comecinho a gente recebia muito feedback e a gente sempre teve coragem de perguntar cada vez mais e assumir quando a coisa não estava boa e melhorar a partir disso. E esse molde junto com o cliente, também é uma coisa que a gente teve que estudar, a gente teve que aprender, a gente teve que ter essa humildade de entender.
Fala-se, pô, nós éramos todos profissionais da área de tecnologia e a gente tinha especialistas em design, mas ainda assim, quando a gente desenvolve uma solução que, a gente está falando da massa, a gente está falando de muitas empresas que usam o Granatum, nós temos que desenvolver uma habilidade para lidar com esse tipo de contexto.
Eu acho que isso, o aprendizado que isso trouxe para a gente lá atrás e que impacta até hoje, pegando aí o núcleo da pergunta da Mari, como que está isso vários anos depois? Entendo que isso reverbera até hoje, essa nossa busca incessante por ouvir o cliente antes de tudo, de se colocar no lugar do cliente e de passar isso internamente para os novos membros do time sobre coragem, sobre permissão de erro, quando a gente está testando algo que é absolutamente novo, a gente vai errar isso, está tudo bem. Entender que nós não somos os detentores da verdade absoluta principalmente quando isso se encontra com a visão do cliente e ouvir o cliente isso reverbera até hoje e isso é o que a gente tenta ensinar para todas as pessoas que chegam até hoje no Granatum. E é muito interessante quando a gente começa um negócio absolutamente do zero e isso acontece toda hora aqui dentro do grupo, como isso impactou a gente e como isso é poderoso para nós e como isso traz essa sensação de vida ou essa tranquilidade para lidar com situações absolutamente complexas né? Que é começar um negócio. A gente está em contato no Granatum o tempo inteiro, com empresas que têm décadas e empresas que têm meses. E é interessante perceber, né? A gente fez uma pesquisa profunda, um mergulho profundo com os nossos clientes para entender, dentro do ciclo de vida da empresa, como é que eles estavam em vários aspectos.
E aí tem um desses aspectos que é justamente como a empresa se vê, qual é o objetivo dela naquele momento. E é interessante, o Granatum foi desenhado a partir dessa visão. Então, temos clientes que têm meses de empresa, de criação de empresas, e empresas que têm décadas. E ele se adapta dentro de todos esses contextos. Por quê?
Porque, acho que essa é a grande paixão de entender, como o objetivo da empresa vai mudando e como a responsabilidade que a gente tem que ter com a empresa de meses e com a empresa de décadas é a mesma. Porque internamente a gente viu o quão poderoso é o objetivo inicial que é nossa eu preciso ter o meu primeiro faturamento, os meus primeiros clientes, ter a visão do meu negócio e, décadas depois é, eu quero um percentual de crescimento, visões de diferentes níveis de maturidade que a gente teve que internalizar num curto espaço de tempo porque, como o Mateus falou, quando a gente entrou no mercado a gente Entrou com uma visão de atender o nosso negócio e mais alguns outros poucos negócios.
Quando a gente entra no mercado, a gente começa a ter muitos contextos diferentes, né? E a gente teve que correr atrás desse lugar para entender diferentes contextos sem viés, com humildade né? A grande crítica ao mercado e ao próprio mercado é de que as coisas são empurradas, como o Matheus falou, a solução é empurrada.
Quando a gente está dentro de um contexto, a gente tem que ter essa tranquilidade, essa humildade de entender o cliente, praticar essa empatia com os nossos clientes. Uma coisa que a gente fala aqui internamente, né, isso continua até hoje, essa análise de feedback, a Mari trabalha não é só a hostess desse podcast aqui, mas ela trabalha também no CS, tá ligada a todo instante no comportamento, o que que tá acontecendo com aquele cliente, com aqueles clientes, são muitos clientes na mão dela ali, por que ele deu um determinado tipo de feedback, por que aquele atendimento não foi tão bem avaliado, e isso sob a perspectiva não só de negócio, mas entendendo esse impacto que a gente sempre disse aqui dentro. Uma empresa que está fazendo, por exemplo, pagando os seus funcionários ali no quinto dia útil, ela não pode ficar sem acesso às informações que ela precisa. Aquela empresa que está fazendo uma reunião tendo que definir se ela vai investir mais ou se ela vai tomar um empréstimo ou se ela vai pagar determinada dívida porque ela não tem caixa para pagar todas, ela tem que ter acesso, tem que ter os dados claros ali para tomar aquele tipo de decisão.
Então tudo isso passa por esses momentos iniciais do Granatum onde a gente teve que ter essa visão mais aberta e nós né internamente, como desenvolvedores, tivemos desenvolver habilidades de design, e quando eu falo design, não estou falando da tela bonitinha, eu estou falando da nossa capacidade de olhar para o problema e criar uma solução que seja verdadeiramente solucionadora desse problema, de certa forma, aspectos antropológicos, entender como que é o comportamento e o que aquele comportamento específico está querendo dizer para nós a partir do uso do software.
Então isso continua nos acompanhando até hoje e eu acredito muito que os nossos clientes sentem isso, porque os feedbacks eles continuam chegando, os clientes continuam cobrando a gente, pô, eu mandei determinado feedback porque ainda não foi desenvolvido, porque do mesmo carinho do mesmo jeito, com a mesma atenção que a gente tinha lá no começo, de fazer investigação de causa raiz de problema, de pensar muito bem para que o impacto seja positivo nas nossas ações, dentro do que a gente entrega, a gente ainda tem hoje.
[00:21:46]
Matheus Haddad: Eu acho que tem uma outra perspectiva também interessante relacionada a tudo isso, que quando um cliente do Granatum ou alguém interessado em usar o Granatum entra em contato com a gente, ele está entrando em contato com uma equipe de tecnologia. Então, a gente não é uma empresa comercial, representante que está vendendo um serviço de gestão pela internet.
Somos uma empresa de tecnologia. Então, quando o cliente reclama ou quando ele propõe ele dá uma sugestão de melhoria, ele está falando diretamente com as pessoas que têm o conhecimento, que são especialistas da área de tecnologia e que vão implementar isso no Granatum. Eu acho que esse encurtamento da comunicação, essa ponte facilitada que a gente tem nessa relação com o cliente, fez com que o Granatum evoluísse muito mais rápido durante anos, né?
Então, às vezes, dependendo do problema ou da sugestão que o cliente traz, ele fala diretamente com o desenvolvedor, né? E ele consegue ter um nível de detalhamento de resolução de problema muito mais rápido do que numa empresa mais tradicional. Então, esse DNA de ser uma empresa de tecnologia, de estar em contato próximo com o cliente até, sendo um dos princípios do design centrado no cliente, no usuário, faz do Granatum uma empresa bastante diferente daquelas que a gente está acostumado a ver no mercado.
E eu achei interessante, uma época que eu participei mais de perto do time e eu pude conversar com alguns clientes e nas conversas que eu tive com alguns clientes do Granatum a conversa era muito técnica, né? Inclusive às vezes o cliente também era da área de tecnologia e a gente discutia num nível de solução muito aprofundado ali, como se fosse mesmo parte do nosso time, né? Porque a preocupação do cliente em querer ver o Granatum melhor ou oferecendo soluções que ainda não oferece, também é muito grande.
E aí, essa conversa é muito mais produtiva porque a gente conversa já usando a tecnologia como base e as possibilidades que estão na mesa são muito mais claras para a gente evoluir o produto. Eu acho que isso é um diferencial muito grande, até tomando como referência experiências próprias com outras empresas, com outros tipos de soluções, onde você entra em contato, aí você fala primeiro com o departamento e você nunca consegue falar com aquelas pessoas que resolvem. É isso que acontece. Existem várias camadas até chegar ali e às vezes você não é ouvido.
No Granatum a gente fala com quem já está no front. Eu acho que esse é uma vantagem competitiva muito grande para o Granatum é um ponto de satisfação enorme para os clientes, porque além dele se sentir ouvido, amanhã já está resolvido o problema dele, então isso encurta muito esse caminho entre a sugestão ou a insatisfação do cliente com alguma coisa, com ele ficar feliz no outro dia ou dois, três dias depois. Eu acho que isso é um diferencial muito grande que a gente tem, que a gente não pode perder também no Granatum.
[00:24:51]
Mari Prado: Matheus, Floz obrigada por esse primeiro episódio. O que fica aqui para mim é que as pessoas estão no centro e a tecnologia é a nossa raiz, ela é o nosso caminho para chegar e para proporcionar as soluções tanto para os nossos clientes, quanto para o nosso time.
E a gente fica por aqui. Obrigada por escutar o primeiro episódio de Código Granatum e fazer parte dessa viagem às nossas origens. Se você curtiu, compartilhe o episódio ou já manda seu feedback para a gente. A conversa continua nas próximas semanas.
[00:00:00]
Mari Prado: Você está ouvindo Código Granatum, conversas diretas sobre tecnologia, cultura e um caixa saudável. Eu sou Mari Prado do time de Sucesso do Cliente, e comigo estão Flávio Logulo e Matheus Haddad, dois dos co-autores dessa história. Esse é o nosso primeiro encontro. Para começar uma conversa que ainda vai render muitos episódios, a gente volta às raízes.
O Granatum é um software de gestão financeira que nasceu dentro da WebGoal, uma empresa de tecnologia. Foi dela que a gente herdou o nosso jeito de organizar, de trabalhar e de desenvolver. E é por isso que o nosso mantra tem sido, antes de tudo, tecnologia. Porque é a tecnologia que permite que a gente entregue valor de forma escalável, ágil e eficiente para os nossos clientes. Então, Floz, Matheus, eu quero ouvir de vocês.
Como que o DNA de uma empresa de software vem influenciando, nesses 18 anos, a cultura do Granatum e tudo que a gente decide no produto?
[00:01:00]
Flavio Logullo: Legal. É importante entender que a gente deve tudo ao software. Todos os movimentos que a gente fez se devem ao software. E eu acho que é importante entender por que esse tópico. Então, a gente tem algumas definições de negócio que balizam as decisões que a gente toma dentro da empresa e, em geral, a gente percebe nas empresas a necessidade de se ter uma visão, uma missão, definições que são embrionárias, né?
Assim, que definem quem a empresa é de fato. E esse tópico foi a gente tentando entender quem a gente é, porque essa resposta de quem a gente é, ela pode variar de momento para momento, e é natural que isso aconteça, né? Em todo tipo de negócio, né? No nosso caso, o software mantém a gente vivo, mantém a gente atualizado.
Então, quando a gente olha para o que tá acontecendo hoje no mundo, a IA chegando e transformando tudo, ela obriga que a gente fique vivo, que a gente fique atento ao que está sendo feito. Então, tem muito a ver com não ser estático, tem muito a ver com ficar atento ao que está acontecendo. E, sinceramente, eu acho que isso foi o que sempre manteve a gente muito vivo e atento ao que está acontecendo e continua regendo a gente, continua influenciando o que a gente pensa sobre tudo, sobre o que a gente entrega para o mercado como valor.
Então, toda empresa busca isso, quem a empresa é, o que ela entrega de valor para o mundo. Então, o software continua regendo, a gente continua buscando como entregar mais valor para o mundo, especialmente para as pessoas. Para quem não sabe o Granatum é um spin-off da WebGoal né que hoje é holding que detém alguns outros negócios e o nosso propósito principal sempre foi desenvolver software, tecnologia para transformar as empresas, torná-las melhores e também deixar as pessoas felizes.
Então, a gente tem dois alicerces muito fortes que eles não se alteraram desde o dia zero da empresa, desde antes da empresa, que envolve a gente ter esse olhar para as empresas, porque, de fato a nossa crença, que são núcleos menores de uma sociedade maior, onde a gente consegue promover transformações que sejam verdadeiramente transformadoras para aquele núcleo. Então, uma empresa tem várias famílias ao redor, várias pessoas envolvidas e isso impacta num pequeno núcleo e a gente acredita de fato que quando a gente faz software, a gente transforma, a gente ajuda esse ambiente a ser transformado e a gente tem o lance das pessoas felizes, né?
Porque a gente sabe que por trás do software, a pessoa que está usando, tem que estar feliz ao usar os nossos softwares. Então, isso é claramente perceptível na interface do Granatum e a gente recebe muito feedback por isso, né? Da facilidade de uso, mas não só, para quem desenvolve também o nosso time de desenvolvimento interno da operação também tem que estar feliz ao promover esse software, ao criar esse software, ao pesquisar. Em todas as esferas, não estou falando só de tecnologia.
Mas por que tecnologia? Porque tudo nasceu daí. Então, a WebGoal, que deu origem ao Granatum, nasceu dentro de uma empresa de software. Tudo o que a gente aprendeu sobre comportamento humano, sobre design, sobre negócios, é o que a gente já achava que já sabia sempre ficou muito porque por conta desse lugar que foi puxado pelo software então a gente conseguiu ter vários desdobramentos né, o Matheus vai falar muito daqui. Matheus, é assim muito orgulho de trabalhar com Matheus porque ele é um estudioso de várias áreas que se ramificam a partir desse lugar que a gente nasce, né dessa vertical que é o software, e isso continua influenciando. É interessante, eu me sinto muito vivo e eu sinto que os nossos negócios se revitalizam por conta da tecnologia, por conta desse olhar que a gente tem que ter a partir da tecnologia. Isso mantém a gente no prumo.
[00:05:54]
Matheus Haddad: Eu acho que vale a pena a gente retomar 18 anos atrás e lembrar o contexto da criação do Granatum porque, como o Floz bem disse, o Granatum surgiu da WebGoal, que tinha esse nome porque tínhamos a intenção de ter a internet como objetivo, ou seja, desenvolver software que rodasse e que funcionasse na nuvem numa época onde não tínhamos nuvem né, a gente tinha ainda servidores caseiros ou internalizados nas organizações rodando as aplicações então, para gente foi uma escolha bastante cuidadosa porque a gente vislumbrava um futuro onde a tecnologia estaria em todo lugar através da internet, só que a gente não saber não sabia ainda como e a gente acabou descobrindo no caminho.
Mas, ao mesmo tempo que a gente tinha essa intenção de desenvolver software para a internet, a gente também tinha uma peculiaridade muito interessante que é fazer isso com as pessoas. Não só com os times de tecnologia trabalhando de forma colaborativa e utilizando métodos ágeis, que era a forma que a gente acreditava ser a mais promissora para esse tipo de trabalho, a gente também queria fazer isso com o usuário. Então, além de usar métodos ágeis internamente para desenvolver as soluções, a gente queria utilizar um design centrado no usuário para fazer isso em conjunto com ele e atender as necessidades de uma forma diferente. Ao invés de empurrar a tecnologia para ele, deixar com que ele nos dissesse através da sua experiência de uso e satisfação, qual seria a forma mais adequada da tecnologia usada para satisfazer suas necessidades. Então desde muito cedo a gente enveredou por essa área e aprendeu muito como fazer isso, não só com os nossos clientes externos da WebGoal mas também com as soluções que a gente criava internamente. E uma dessas soluções foi o Granatum, que nasceu o primeiro para atender uma necessidade de gestão financeira nossa, e aí tivemos que escutar a nós mesmos, as necessidades do nosso negócio e aplicar tecnologias que a gente acreditava ser as melhores para que a gente pudesse suprir a nossa necessidade, ao mesmo tempo que a gente ficasse satisfeito, porque não poderia ser uma aplicação difícil de usar ou algo que atrapalhasse o nosso próprio trabalho que a gente prestava para o mercado, um serviço que a gente prestava para o mercado.
Então, o Granatum nasce muito desse contexto, de estar todo mundo envolvido na definição dessa solução, ao mesmo tempo de ter todo mundo preocupado em atender as nossas necessidades com o Granatum. E a gente percebeu que isso foi tão tranquilo de ser feito né, hoje a gente vê um esforço enorme de várias outras empresas para criar novos produtos etc, e o Granatum emergiu dessa cultura né. Ele foi aparecendo aos poucos, as pessoas foram contribuindo, a gente foi evoluindo de acordo com as necessidades que a gente tinha e chegou um ponto que a gente percebeu que o Granatum tava tão bom e que aí sim apareceu a ideia vamos transformá-lo num produto. Vamos disponibilizá-lo também para outras organizações? Porque se a gente está se beneficiando dele, será que outras organizações, outras empresas também não se beneficiaram? A gente não tinha ideia ainda do impacto que o Granatum poderia causar no dia a dia, na rotina de gestão financeira de outras empresas.
A gente estava concentrado na gente. E para nossa surpresa, quando a gente colocou o Granatum no ar pela primeira vez, e na primeira semana começaram a aparecer empresas e os primeiros clientes, a gente percebeu que a gente tinha algo muito diferente nas mãos. Então, apesar da nossa falta de experiência ainda há 18 anos atrás, a gente percebeu que ali tinha um futuro muito promissor. E ainda bem que a gente apostou nisso, porque de lá para cá a tecnologia explodiu, avançou muito, o Granatum evoluiu com ela e acabou se tornando uma empresa, uma spin-off, como o Floz mencionou agora há pouco. E isso traz a gente para os dias de hoje, onde a gente tem um contexto que a tecnologia realmente molda o dia a dia das organizações e se você não está a par do que está acontecendo e envolvido com essa tecnologia, você vai acabar ficando por fora dessa onda toda que a gente está vivendo. Então, é muito bom olhar para trás hoje e perceber as escolhas que a gente fez no passado, apesar de inúmeras dúvidas que tínhamos na época, porque a gente não sabia se a gente queria ser uma empresa de produto ou uma empresa de serviço. E hoje nós somos uma empresa das duas coisas, tem duas empresas não é? Uma para cada coisa. Se mostrou muito acertada essas escolhas da época, então é muito interessante ver esse contexto. Tem um outro aspecto também que eu queria trazer aqui Flávio, a respeito do Granatum especificamente, e é essa questão da confiança que a gente precisou trabalhar na época das dos primeiros clientes em relação a ter seus dados na nuvem, porque, como se diz em Minas Gerais, era tudo mato na época.
As pessoas tinham medo de... Ah, como assim? As minhas informações vão ficar na nuvem, na internet? E se alguém roubar da nuvem né? Mas elas não tinham ciência que manter seus dados na nuvem ou em servidores como da Amazon, que estava chegando no Brasil naquela época, era muito mais seguro e confiável do que manter no computador dentro da empresa, que estava mais sujeito né a diversos tipos de ataques, do que numa estrutura né super mais evoluída e organizada do que da Amazon. Então assim a gente teve um esforço enorme de querer explicar para o cliente e eu acho que essa questão educacional também veio disso né, de mostrar para ele olha você pode fazer uma gestão financeira melhor da sua empresa, existem métodos para isso, existem tecnologias melhores do que aquele software desktop que roda no seu computador. Então, você pode fazer isso numa perspectiva muito mais evoluída. E esse esforço de conhecimento rendeu os frutos para a gente, né? Porque hoje a gente tem aí milhares de empresas usando o Granatum na nuvem e hoje é uma coisa normal, né? A gente nem mais discute, não precisa mais convencer o cliente que os dados estão na nuvem, né?
Ele já tem isso como uma premissa. Então, esse jeito de abordar a tecnologia e de propor para o cliente um novo caminho, diferente do que ele estava acostumado, também tem tudo a ver com a forma como a gente envolve o cliente hoje no dia a dia e nas decisões do que a gente vai implementar no Granatum. Porque antigamente era diferente. A empresa que produz a solução empurra a solução para o cliente. Hoje a gente ouve o cliente, ele puxa a solução que ele quer e aí a gente entrega. Então, eu acho que essa mistura de tecnologia de ponta, método do desenvolvimento de software e design centrado no usuário, é a raiz cultural do Granatum, até hoje a gente funciona muito pautado por essas três vias assim.
[00:13:43]
Flavio Logullo: É verdade. E... E você falando aqui, me veio uma característica que é muito interessante. Então, a gente está falando de 2009, o Granatum chegando em 2009. Não sei se todo mundo lembra como era a internet em 2009, mas era uma internet ainda em desenvolvimento e colocar cartão de crédito para pagar o Granatum era um grande problema.
Convencer as pessoas também era um grande problema, mas eu acho que isso tem... Traz para a gente uma característica que até hoje é muito presente aqui no Granatum e nos outros negócios também, que tem a ver com a coragem de desbravar esse lugar. Então, essa coragem ela já é muito natural nossa. Então, quando a gente é muito tolerante a errar, a testar, a falar com o cliente, a ouvir as críticas. Me lembro da nossa premissa do feedback é ouro, quando lá no comecinho a gente recebia muito feedback e a gente sempre teve coragem de perguntar cada vez mais e assumir quando a coisa não estava boa e melhorar a partir disso. E esse molde junto com o cliente, também é uma coisa que a gente teve que estudar, a gente teve que aprender, a gente teve que ter essa humildade de entender.
Fala-se, pô, nós éramos todos profissionais da área de tecnologia e a gente tinha especialistas em design, mas ainda assim, quando a gente desenvolve uma solução que, a gente está falando da massa, a gente está falando de muitas empresas que usam o Granatum, nós temos que desenvolver uma habilidade para lidar com esse tipo de contexto.
Eu acho que isso, o aprendizado que isso trouxe para a gente lá atrás e que impacta até hoje, pegando aí o núcleo da pergunta da Mari, como que está isso vários anos depois? Entendo que isso reverbera até hoje, essa nossa busca incessante por ouvir o cliente antes de tudo, de se colocar no lugar do cliente e de passar isso internamente para os novos membros do time sobre coragem, sobre permissão de erro, quando a gente está testando algo que é absolutamente novo, a gente vai errar isso, está tudo bem. Entender que nós não somos os detentores da verdade absoluta principalmente quando isso se encontra com a visão do cliente e ouvir o cliente isso reverbera até hoje e isso é o que a gente tenta ensinar para todas as pessoas que chegam até hoje no Granatum. E é muito interessante quando a gente começa um negócio absolutamente do zero e isso acontece toda hora aqui dentro do grupo, como isso impactou a gente e como isso é poderoso para nós e como isso traz essa sensação de vida ou essa tranquilidade para lidar com situações absolutamente complexas né? Que é começar um negócio. A gente está em contato no Granatum o tempo inteiro, com empresas que têm décadas e empresas que têm meses. E é interessante perceber, né? A gente fez uma pesquisa profunda, um mergulho profundo com os nossos clientes para entender, dentro do ciclo de vida da empresa, como é que eles estavam em vários aspectos.
E aí tem um desses aspectos que é justamente como a empresa se vê, qual é o objetivo dela naquele momento. E é interessante, o Granatum foi desenhado a partir dessa visão. Então, temos clientes que têm meses de empresa, de criação de empresas, e empresas que têm décadas. E ele se adapta dentro de todos esses contextos. Por quê?
Porque, acho que essa é a grande paixão de entender, como o objetivo da empresa vai mudando e como a responsabilidade que a gente tem que ter com a empresa de meses e com a empresa de décadas é a mesma. Porque internamente a gente viu o quão poderoso é o objetivo inicial que é nossa eu preciso ter o meu primeiro faturamento, os meus primeiros clientes, ter a visão do meu negócio e, décadas depois é, eu quero um percentual de crescimento, visões de diferentes níveis de maturidade que a gente teve que internalizar num curto espaço de tempo porque, como o Mateus falou, quando a gente entrou no mercado a gente Entrou com uma visão de atender o nosso negócio e mais alguns outros poucos negócios.
Quando a gente entra no mercado, a gente começa a ter muitos contextos diferentes, né? E a gente teve que correr atrás desse lugar para entender diferentes contextos sem viés, com humildade né? A grande crítica ao mercado e ao próprio mercado é de que as coisas são empurradas, como o Matheus falou, a solução é empurrada.
Quando a gente está dentro de um contexto, a gente tem que ter essa tranquilidade, essa humildade de entender o cliente, praticar essa empatia com os nossos clientes. Uma coisa que a gente fala aqui internamente, né, isso continua até hoje, essa análise de feedback, a Mari trabalha não é só a hostess desse podcast aqui, mas ela trabalha também no CS, tá ligada a todo instante no comportamento, o que que tá acontecendo com aquele cliente, com aqueles clientes, são muitos clientes na mão dela ali, por que ele deu um determinado tipo de feedback, por que aquele atendimento não foi tão bem avaliado, e isso sob a perspectiva não só de negócio, mas entendendo esse impacto que a gente sempre disse aqui dentro. Uma empresa que está fazendo, por exemplo, pagando os seus funcionários ali no quinto dia útil, ela não pode ficar sem acesso às informações que ela precisa. Aquela empresa que está fazendo uma reunião tendo que definir se ela vai investir mais ou se ela vai tomar um empréstimo ou se ela vai pagar determinada dívida porque ela não tem caixa para pagar todas, ela tem que ter acesso, tem que ter os dados claros ali para tomar aquele tipo de decisão.
Então tudo isso passa por esses momentos iniciais do Granatum onde a gente teve que ter essa visão mais aberta e nós né internamente, como desenvolvedores, tivemos desenvolver habilidades de design, e quando eu falo design, não estou falando da tela bonitinha, eu estou falando da nossa capacidade de olhar para o problema e criar uma solução que seja verdadeiramente solucionadora desse problema, de certa forma, aspectos antropológicos, entender como que é o comportamento e o que aquele comportamento específico está querendo dizer para nós a partir do uso do software.
Então isso continua nos acompanhando até hoje e eu acredito muito que os nossos clientes sentem isso, porque os feedbacks eles continuam chegando, os clientes continuam cobrando a gente, pô, eu mandei determinado feedback porque ainda não foi desenvolvido, porque do mesmo carinho do mesmo jeito, com a mesma atenção que a gente tinha lá no começo, de fazer investigação de causa raiz de problema, de pensar muito bem para que o impacto seja positivo nas nossas ações, dentro do que a gente entrega, a gente ainda tem hoje.
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Matheus Haddad: Eu acho que tem uma outra perspectiva também interessante relacionada a tudo isso, que quando um cliente do Granatum ou alguém interessado em usar o Granatum entra em contato com a gente, ele está entrando em contato com uma equipe de tecnologia. Então, a gente não é uma empresa comercial, representante que está vendendo um serviço de gestão pela internet.
Somos uma empresa de tecnologia. Então, quando o cliente reclama ou quando ele propõe ele dá uma sugestão de melhoria, ele está falando diretamente com as pessoas que têm o conhecimento, que são especialistas da área de tecnologia e que vão implementar isso no Granatum. Eu acho que esse encurtamento da comunicação, essa ponte facilitada que a gente tem nessa relação com o cliente, fez com que o Granatum evoluísse muito mais rápido durante anos, né?
Então, às vezes, dependendo do problema ou da sugestão que o cliente traz, ele fala diretamente com o desenvolvedor, né? E ele consegue ter um nível de detalhamento de resolução de problema muito mais rápido do que numa empresa mais tradicional. Então, esse DNA de ser uma empresa de tecnologia, de estar em contato próximo com o cliente até, sendo um dos princípios do design centrado no cliente, no usuário, faz do Granatum uma empresa bastante diferente daquelas que a gente está acostumado a ver no mercado.
E eu achei interessante, uma época que eu participei mais de perto do time e eu pude conversar com alguns clientes e nas conversas que eu tive com alguns clientes do Granatum a conversa era muito técnica, né? Inclusive às vezes o cliente também era da área de tecnologia e a gente discutia num nível de solução muito aprofundado ali, como se fosse mesmo parte do nosso time, né? Porque a preocupação do cliente em querer ver o Granatum melhor ou oferecendo soluções que ainda não oferece, também é muito grande.
E aí, essa conversa é muito mais produtiva porque a gente conversa já usando a tecnologia como base e as possibilidades que estão na mesa são muito mais claras para a gente evoluir o produto. Eu acho que isso é um diferencial muito grande, até tomando como referência experiências próprias com outras empresas, com outros tipos de soluções, onde você entra em contato, aí você fala primeiro com o departamento e você nunca consegue falar com aquelas pessoas que resolvem. É isso que acontece. Existem várias camadas até chegar ali e às vezes você não é ouvido.
No Granatum a gente fala com quem já está no front. Eu acho que esse é uma vantagem competitiva muito grande para o Granatum é um ponto de satisfação enorme para os clientes, porque além dele se sentir ouvido, amanhã já está resolvido o problema dele, então isso encurta muito esse caminho entre a sugestão ou a insatisfação do cliente com alguma coisa, com ele ficar feliz no outro dia ou dois, três dias depois. Eu acho que isso é um diferencial muito grande que a gente tem, que a gente não pode perder também no Granatum.
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Mari Prado: Matheus, Floz obrigada por esse primeiro episódio. O que fica aqui para mim é que as pessoas estão no centro e a tecnologia é a nossa raiz, ela é o nosso caminho para chegar e para proporcionar as soluções tanto para os nossos clientes, quanto para o nosso time.
E a gente fica por aqui. Obrigada por escutar o primeiro episódio de Código Granatum e fazer parte dessa viagem às nossas origens. Se você curtiu, compartilhe o episódio ou já manda seu feedback para a gente. A conversa continua nas próximas semanas.