GranatumCast | Temporada 2

Código Granatum | Temporada 1

Código Granatum | Temporada 1

#20

É hora de você aprender IA

É hora de você aprender IA

Temas Relacionados ao Episódio

Temas Relacionados ao Episódio

  • IA já é o presente (e não tem volta)

    Por que a discussão saiu do “e se acontecer?” e virou “como eu me preparo agora?”.

  • “A IA não rouba seu emprego — mas quem souber usar pode”

    A provocação sobre vantagem competitiva e produtividade no dia a dia.

  • De prompts para agentes

    Como a evolução da IA aponta para agentes que executam funções repetitivas e aceleram entregas.

  • Funções repetitivas: coleta, análise e relatórios

    O que já dá para automatizar com excelência — e por que isso muda a rotina operacional.

  • Orquestração: o novo superpoder

    Por que entender processos, contexto e conexões vira chave para desenhar soluções com IA.

  • IA não é só para TI

    Como pessoas de áreas não técnicas já conseguem criar automações e envolver IA no trabalho sem depender de um programador.

  • Aprender IA exige esforço (mas paga rápido)

    A curva de aprendizado, o paralelo com “saber Office” e por que o ganho vem no curto prazo.

  • Olhar crítico e contexto

    Por que IA complementa (não substitui) sua bagagem — e precisa de revisão, análise e intenção.

Transcrição do Episódio

Mariana Prado

Você está ouvindo Código Granatum. Conversas diretas sobre tecnologia, cultura e um caixa saudável. Eu sou Mari Prado, do time de sucesso do cliente e aqui também estão Flávio Logullo, um dos cofundadores do Granatum e o Maurício Matsuda nosso CTO.

A inteligência artificial está cada vez mais presente no nosso dia a dia e, se antes o papo era sobre se a IA vai roubar o meu emprego, hoje a gente já entendeu que não vai ser bem assim que as coisas vão funcionar. A IA talvez não tire o lugar de ninguém, mas quem souber usar bem a inteligência artificial, aí sim pode tirar.

Aqui no Granatum a gente vem explorando várias formas de usar a inteligência artificial, desde a aceleração de tarefas até apoio na tomada de algumas decisões. Mais do que aprender a fazer boas perguntas pro Chat GPT, a gente acredita que o valor está em entender o contexto, saber o que é preciso e usar as ferramentas com propósito.

Floz e Mau, o que muda no trabalho de uma pessoa quando ela entende como e porquê usar inteligência artificial?

Flavio Logullo

Muito bom. É tipo isso. É o caos mesmo. Esse momento está acontecendo no mercado, em todas as profissões. A gente essa semana aqui foi em um evento sobre IA, que aconteceu aqui em São Paulo, e a gente achou importante, apesar de já estar tocando nesse assunto há bastante tempo, voltar a falar nele porque, de fato, existe uma revolução em curso, em andamento, que pouca gente tá falando ou pouca gente tá com a consciência do que que tá acontecendo. E aí a gente resolveu falar sobre isso porque muita coisa mudou.

Então a IA não rouba o emprego de ninguém. De fato, não rouba. Ela ainda precisa que alguém a opere. Então por isso que a gente fez essa provocação e muita gente já tá falando isso há algum tempo. Porque, de fato que a IA hoje, do jeito que ela que ela existe, que ela funciona, ela ainda está servindo como uma servidora dos nossos pensamentos e da nossa execução.

Então acho que é importante frisar uma diferença aí sobre a IA ela vai substituir uma pessoa? Os humanoides ali, então a gente viu também bastante robô autônomo. Existem robôs que estão entrando na casa das pessoas já pra ser o assistente doméstico das pessoas. E a gente começa a perceber que existe uma substituição aí do humano, mas o que é essa substituição?

Na real, assim como todas as revoluções, ela tá vindo substituir o que a gente já conhece então, não vai substituir o Flávio ou a Mari ou o Maurício ou o indivíduo qualquer, mas o Flávio com a ajuda das IAs e, aí as ajudas das IAs eu acho que é importante frisar isso, o tal do Chat GPT e escrever prompts no Chat GPT já é uma coisa do passado. Apesar de ter, sei lá, um pouco mais de dois anos, já passou faz bastante tempo.

E a gente tá num momento onde os agentes né ou os GTICs, as IAs que são agentes, elas passam a oferecer um valor muito grande em termos de time. Então a gente tá num momento onde se você aprender a lidar com a formação ou a orquestração de inteligências artificiais, você vai passar a ter um poder de entrega muito grande.

Como assim? Bom, hoje quando a gente vai desenvolver um projeto, a gente tem vários papéis ali que desempenham funções e eu acho que essa é a grande questão. Os agentes eles vem para substituir de fato funções e essas funções que são, que vem já de uma lógica de proposição ou de entrega de valor baseado em repetição.

Então a capacidade das IAs generativas é que elas têm um certo grau de criatividade. São muito rápidas e conseguem substituir funções que são repetitivas. Então, por exemplo, se eu tenho que gerar um relatório toda semana ou fazer uma análise desse relatório, isso é uma atividade repetitiva, e isso é absolutamente replicável hoje com as IAs de um jeito, com uma excelência excepcional.

Então adianta muito a coleta dos dados, a interpretação dos dados. E isso vale uma ressalva, porque eu acho que daqui, talvez, uns dois meses, a gente tenha menos ressalvas com relação a interpretação de dados, com a velocidade que tudo evolui, mas a gente começa a ter esses agentes se conversando entre eles e proporcionando pra gente uma entrega de várias coisas que antes demoravam muito tempo para serem entregues, de um jeito muito mais eficiente.

E a gente, percebendo isso, tem que ser capaz de orquestrar esses agentes ou essas inteligências pra usar a nosso favor, pra gente fazer entrega que, daí sim, só a gente sabe fazer com a nossa personalidade, com a nossa visão, com a nossa intenção. Então só pra esquentar aí um pouquinho esse assunto pro Mau.

Mauricio Matsuda

Acho que como a Mari comentou no começo, a IA já é o presente. A gente falava muito da IA do futuro, agora a gente tá vivendo a IA no presente. E eu acho que o profissional ou as empresas que não entenderam isso ainda, elas tem que correr atrás e se preocupar e olhar pra isso já, desde já. Porque é uma realidade que não tem mais volta.

A gente não tá vivendo uma onda passageira que, ah é o boom das IAs agora, mas daqui um ano, daqui meio ano não vai ter mais esse negócio, vai ser, vai voltar tudo o que era antes. A gente entende que não é isso que tá acontecendo. É realmente uma mudança muito grande que tá acontecendo que não tem volta. Muita gente já até comentou que é semelhante a chegada da internet, então não é, não, não será algo passageiro que vai acabar daqui um tempo.

E aí o que o Floz comentou, desses agentes, da gente conseguir orquestrar, automatizar processos e tudo mais, é que, ainda assim hoje a IA precisa que a gente defina pra ela, explique pra ela, mostre pra ela o que que precisa ser feito, como que funciona, pra que ela consiga desempenhar um papel lá de execução, de atividades, de processos.

E aí um outro ponto que é muito importante, é que quando a gente fala de uso da IA na rotina, no dia a dia, a gente não tá falando somente dos profissionais de TI, dos programadores, a gente tá falando de todos os indivíduos de uma organização. E a utilização, adoção de IA não é exclusivamente do desenvolvedor, do programador, do profissional de TI. E muitas vezes não depende dele também pra que a IA seja implantada, para que um time de sei lá marketing comece a usar a IA, dependa de um desenvolvedor fazer a configuração, fazer o setup, fazer qualquer coisa do tipo.

A evolução que a gente tem hoje permite que um profissional que não seja da área técnica consiga criar esses agentes, consiga criar automações, automatizar processos sem ter esse conhecimento técnico em programação. Então existe também esse esse receio, essa barreira, dessas pessoas que não são da área técnica de, ah não mas IA não é pra mim, eu só sei entrar lá no Chat GPT e conversar com ele, pedir ajuda pra refazer revisão de texto para definir uma pauta, para tirar dúvidas sobre alguma coisa, mas eu não consigo automatizar nada, não consigo sei lá, fazer, gerar relatório como o Floz comentou.

Mas a ideia é que que a gente quer passar é que é possível pessoas que não são da área técnica também se envolverem nesse assunto, também conseguirem entregar coisas e automatizar processos, definir coisas com a IA sem a ajuda de um programador do lado pra fazer todo esse processo. Então é uma mudança geral para todo mundo da empresa.

Isso é uma coisa que vai mudar muito o jeito de trabalhar, o jeito que a gente vai chegar no trabalho e falar, vou chegar no trabalho e vou fazer minhas atividades operacionais. Muitas vezes a gente agora não vai precisar fazer essas atividades operacionais. A gente vai chegar e ver o que que a IA produziu, com as atividades operacionais que a gente automatizou. E aí a gente vai ter muito mais um perfil de análise, de gestão, de entender esse cenário, do que realmente de pôr a mão na massa pra fazer as coisas.

Flavio Logullo

E gente falou, no episódio anterior sobre o perfil desse trabalhador do conhecimento de pensar mais na solução e cada vez mais a gente vai ter esse tipo de profissional, e cada vez menos a gente vai ter o tipo de profissional operacional, que passava a grande parte do seu dia ali fazendo essas tarefas operacionais do dia a dia.

Então uma coisa que quando a gente fala assim, a realidade já tá acontecendo, existem algumas empresas vanguardistas aqui no Brasil. E que é curioso, tudo tá numa velocidade bizarra assim, tá muito, tudo muito rápido.

E eu tive contato com o case do iFood há sei lá dois, três meses atrás, assim que eu entendi que eles estão levando muito a sério essa questão de IA e nesse evento, como o Mau falou, não é só o pessoal de de TI ou de programação ou técnico que tem que aprender a lidar com IA.

E um case muito interessante, um pensamento, uma reflexão interessante que o Diego, o CEO do iFood trouxe pra gente lá, é que dentro do iFood agora, aprender SQL, que é o como você faz, o como você consulta o banco de dados tecnicamente, é mandatório no iFood, porque para criar os agentes você precisa ter uma certa expertise técnica.

E ele fez um paralelo que faz muito sentido que nos tempos anteriores você tinha que aprender o pacote office, Word, Excel, PowerPoint, você tinha que aprender. Então quem tinha isso no currículo, depois de um curto período, era o básico. Então se você não sabe mexer no Word, no Excel, você está fora do mercado de trabalho.

Hoje lá pro iFood é assim, se você não sabe SQL, você vai precisar se informar pra você poder criar os seus próprios agentes. E ele, o case, vale a pena procurar aí na internet, porque o case deles é muito legal, assim eles estão com, as pessoas criaram já mais de novecentos agentes, então na empresa inteira, na empresa inteira, então, vale a pena vocês entenderem o que que é que tá acontecendo.

E esses agentes, eles basicamente, estão substituindo todo esse trabalho operacional, grande parte do trabalho operacional. E não tem o que chorar, não tem pra onde correr.

A tecnologia ela tá aí pra, de fato, acabar com o trabalho repetitivo que não merece estar na mão de um humano, que tem uma capacidade cognitiva muito grande.

Só que eu queria fazer uma outra reflexão, que é sobre e a gente teve, teve a oportunidade de conversar com o Diego lá no evento, eu e o Maurício, e ele trouxe pra gente que é muito importante que as pessoas entendam sobre o trabalho que elas estão executando.

Então aquele filme do Chaplin, que ele aperta o parafuso ali, trabalho operacional repetitivo, esquece que não existe mais.

Então você como indivíduo dentro de uma organização, dentro de uma empresa, dentro de uma cadeia de produção de valor, você mais do que nunca vai precisar entender e fazer o que eu, essa movimentação lateral, que eu gosto de falar do profissional tipo T, de entender como é que seu trabalho é feito, como as conexões do seu trabalho são feitas, entre as pessoas e entre os diferentes processos.

Então dentro da sua empresa e dentro da sua posição hoje, fica a dica pra o hoje, entenda, em que parte do processo você está inserido e qual é o processo inteiro? Porque é só assim que a gente consegue criar e usar esses agentes pra melhorar o nosso trabalho.

Então o profissional do futuro, do presente, do futuro não, o profissional que vai estar bem colocado hoje, não vai ser mais aquele que faz planilha, responder mensagem, é aquele que consegue conectar todos os processos e imaginar soluções possíveis com agentes criados tecnicamente por você.

Nossa, meu Deus, eu tenho muita coisa pra aprender, tem bastante coisa pra aprender, mas não é difícil e todo mundo consegue.

E o lado bom é que é um movimento único, não há saída. Todos vão precisar ir pra esse lugar de pacote office do novo futuro aí, que é conhecer um pouco mais sobre lógica de programação, como as coisas se conectam na lógica mesmo, assim, se eu fizer isso, então aquilo vai acontecer. Porque todas as plataformas para criação do seu trabalho do futuro são baseadas nisso, em criações de lógica.

E é interessante porque eu tenho dois filhos também, agora eles já estão bem grandinhos, mas há dez anos atrás eles já estavam aprendendo isso na escola. Mexendo o robozinho com setinha, anda duas vezes pra frente, se ele bater numa pedrinha vai pra trás, e por aí vai.

Assim, o profissional do presente vai ter que aprender esse tipo de lógica para se manter no mercado de trabalho.

Mauricio Matsuda

Eu acho que é o que o Floz comentou, Mais do que a gente continuar fazendo os processos operacionais, a gente tem que ter a cabeça aberta pra entender esse movimento, entender o que tá acontecendo, pensar melhor como que as coisas funcionam, mapear, desenhar e começar a testar a IA, ver quais são os ganhos dela, o que que ela pode entregar.

E até mesmo, uma dica, é usar a própria IA para aprender. Acho que, eu vejo que mesmo na programação, quando hoje em dia eu uso a IA pra ajudar a escrever código, até hoje, por mais que eu já tenha bastante tempo, trabalhando com a mesma tecnologia, até hoje eu aprendo coisas com a IA que eu não sabia que tinha na tecnologia que eu uso.

Então a IA tá aí pra ajudar a gente também, até pra entender esse processo de mudança, como que a IA funciona, como funciona os agentes e tudo mais, usar a própria IA, ir aprendendo, conversar com o Chat GPT também vai ajudar bastante.

Falar com o Chat GPT, do tipo, ah meu processo é assim, o que que você acha, como que a gente pode automatizar, quais os agentes, como eu crio um agente, como que funciona um agente. Tudo isso a gente consegue também usar a própria IA para nos auxiliar.

Porque ela é hoje, a gente tem uma definição assim de que todo conhecimento técnico de como as coisas funcionam, como fazer alguma coisa, a IA tirar de letra, ela tem essa, esse conhecimento muito muito claro e muito certeiro.

Então ela contribui muito nesse aprendizado de uma coisa nova, que a gente não sabe nem como começar. Então a IA vem vem muito para contribuir em todos os pontos.

E aí é não ter medo, porque por mais que a gente fez aquela provocação no começo, do tipo, a IA vai substituir as pessoas, não, vai substituir quem não sabe usar IA, então a ideia não é colocar medo, mas é ter um dar um alerta pra todo mundo de que é importante ter essa visão de que a IA tá aí e aí sim a gente precisa se envolver, precisa correr atrás porque esse trem tá passando e a gente não pode perder ele pra conseguir se manter no mercado de trabalho, conseguir se manter competitivo.

Porque é o que a gente comentou, entre um profissional que sabe office e o outro que não sabe, a gente vai querer o que sabe office.

É o que a gente, o mercado, pediu há muito tempo, agora um profissional que sabe usar IA no dia a dia e um outro profissional que não sabe usar IA no dia a dia, com certeza as empresas vão começar a preferir os profissionais que sabem IA.

Se a IA vai, sei lá, vai aumentar duas vezes a sua produtividade, já é muita coisa, comparado a uma pessoa que não consegue colocar IA no dia a dia. Então a diferença vai ser muito grande. E aí a gente tem que tá ligado nisso.

Mariana Prado

Enquanto vocês falavam, eu tava aqui pensando sobre a curva de aprendizado, porque às vezes a gente deixa de aprender alguma coisa, porque aprender vai demandar um esforço, e aí a gente então deixa de aprender sobre inteligência artificial, ou deixa de estudar a SQL, porque eu sei fazer aquilo no Excel, eu rapidinho eu faço isso, e o esforço que a gente vai ter pra aprender a trabalhar com inteligência artificial, num primeiro momento, ele vai ser grande, mas a gente tem que pensar no benefício que isso vai gerar no médio e longo prazo.

E nem tão médio e longo prazo assim, no curto prazo. Porque são coisas que nem vão ser tão difíceis assim de serem aprendidas e que vão gerar um valor muito grande dentro do mercado.

Então se alguém tá ouvindo esse episódio e sair daqui sem procurar sobre como trabalhar com inteligência artificial, acho que essa pessoa tá fazendo alguma coisa errada.

Então gente, ao desligar aqui vamos todo mundo aprender a trabalhar com inteligência artificial, que eu acho que essa é a grande missão assim que a gente deixa.

E principalmente, desenvolver também esse olhar crítico de entender que a inteligência artificial ela não vai fazer o trabalho sozinha, ela vai precisar que você analise um contexto, ela vai precisar que você analise criticamente o que ela te respondeu ou o que ela te deu.

Então ela não vai substituir a sua bagagem, o seu conhecimento, ela vai complementar, e ela vai ser sua parceira ali nessa troca e nessa construção.

Se as pessoas que estão ao seu redor acreditam que a inteligência artificial é uma ameaça, compartilhe esse episódio com elas e vamos conversar.

Esse foi mais um Código Granatum. Obrigada por ouvir e até o próximo episódio.

Mariana Prado

Você está ouvindo Código Granatum. Conversas diretas sobre tecnologia, cultura e um caixa saudável. Eu sou Mari Prado, do time de sucesso do cliente e aqui também estão Flávio Logullo, um dos cofundadores do Granatum e o Maurício Matsuda nosso CTO.

A inteligência artificial está cada vez mais presente no nosso dia a dia e, se antes o papo era sobre se a IA vai roubar o meu emprego, hoje a gente já entendeu que não vai ser bem assim que as coisas vão funcionar. A IA talvez não tire o lugar de ninguém, mas quem souber usar bem a inteligência artificial, aí sim pode tirar.

Aqui no Granatum a gente vem explorando várias formas de usar a inteligência artificial, desde a aceleração de tarefas até apoio na tomada de algumas decisões. Mais do que aprender a fazer boas perguntas pro Chat GPT, a gente acredita que o valor está em entender o contexto, saber o que é preciso e usar as ferramentas com propósito.

Floz e Mau, o que muda no trabalho de uma pessoa quando ela entende como e porquê usar inteligência artificial?

Flavio Logullo

Muito bom. É tipo isso. É o caos mesmo. Esse momento está acontecendo no mercado, em todas as profissões. A gente essa semana aqui foi em um evento sobre IA, que aconteceu aqui em São Paulo, e a gente achou importante, apesar de já estar tocando nesse assunto há bastante tempo, voltar a falar nele porque, de fato, existe uma revolução em curso, em andamento, que pouca gente tá falando ou pouca gente tá com a consciência do que que tá acontecendo. E aí a gente resolveu falar sobre isso porque muita coisa mudou.

Então a IA não rouba o emprego de ninguém. De fato, não rouba. Ela ainda precisa que alguém a opere. Então por isso que a gente fez essa provocação e muita gente já tá falando isso há algum tempo. Porque, de fato que a IA hoje, do jeito que ela que ela existe, que ela funciona, ela ainda está servindo como uma servidora dos nossos pensamentos e da nossa execução.

Então acho que é importante frisar uma diferença aí sobre a IA ela vai substituir uma pessoa? Os humanoides ali, então a gente viu também bastante robô autônomo. Existem robôs que estão entrando na casa das pessoas já pra ser o assistente doméstico das pessoas. E a gente começa a perceber que existe uma substituição aí do humano, mas o que é essa substituição?

Na real, assim como todas as revoluções, ela tá vindo substituir o que a gente já conhece então, não vai substituir o Flávio ou a Mari ou o Maurício ou o indivíduo qualquer, mas o Flávio com a ajuda das IAs e, aí as ajudas das IAs eu acho que é importante frisar isso, o tal do Chat GPT e escrever prompts no Chat GPT já é uma coisa do passado. Apesar de ter, sei lá, um pouco mais de dois anos, já passou faz bastante tempo.

E a gente tá num momento onde os agentes né ou os GTICs, as IAs que são agentes, elas passam a oferecer um valor muito grande em termos de time. Então a gente tá num momento onde se você aprender a lidar com a formação ou a orquestração de inteligências artificiais, você vai passar a ter um poder de entrega muito grande.

Como assim? Bom, hoje quando a gente vai desenvolver um projeto, a gente tem vários papéis ali que desempenham funções e eu acho que essa é a grande questão. Os agentes eles vem para substituir de fato funções e essas funções que são, que vem já de uma lógica de proposição ou de entrega de valor baseado em repetição.

Então a capacidade das IAs generativas é que elas têm um certo grau de criatividade. São muito rápidas e conseguem substituir funções que são repetitivas. Então, por exemplo, se eu tenho que gerar um relatório toda semana ou fazer uma análise desse relatório, isso é uma atividade repetitiva, e isso é absolutamente replicável hoje com as IAs de um jeito, com uma excelência excepcional.

Então adianta muito a coleta dos dados, a interpretação dos dados. E isso vale uma ressalva, porque eu acho que daqui, talvez, uns dois meses, a gente tenha menos ressalvas com relação a interpretação de dados, com a velocidade que tudo evolui, mas a gente começa a ter esses agentes se conversando entre eles e proporcionando pra gente uma entrega de várias coisas que antes demoravam muito tempo para serem entregues, de um jeito muito mais eficiente.

E a gente, percebendo isso, tem que ser capaz de orquestrar esses agentes ou essas inteligências pra usar a nosso favor, pra gente fazer entrega que, daí sim, só a gente sabe fazer com a nossa personalidade, com a nossa visão, com a nossa intenção. Então só pra esquentar aí um pouquinho esse assunto pro Mau.

Mauricio Matsuda

Acho que como a Mari comentou no começo, a IA já é o presente. A gente falava muito da IA do futuro, agora a gente tá vivendo a IA no presente. E eu acho que o profissional ou as empresas que não entenderam isso ainda, elas tem que correr atrás e se preocupar e olhar pra isso já, desde já. Porque é uma realidade que não tem mais volta.

A gente não tá vivendo uma onda passageira que, ah é o boom das IAs agora, mas daqui um ano, daqui meio ano não vai ter mais esse negócio, vai ser, vai voltar tudo o que era antes. A gente entende que não é isso que tá acontecendo. É realmente uma mudança muito grande que tá acontecendo que não tem volta. Muita gente já até comentou que é semelhante a chegada da internet, então não é, não, não será algo passageiro que vai acabar daqui um tempo.

E aí o que o Floz comentou, desses agentes, da gente conseguir orquestrar, automatizar processos e tudo mais, é que, ainda assim hoje a IA precisa que a gente defina pra ela, explique pra ela, mostre pra ela o que que precisa ser feito, como que funciona, pra que ela consiga desempenhar um papel lá de execução, de atividades, de processos.

E aí um outro ponto que é muito importante, é que quando a gente fala de uso da IA na rotina, no dia a dia, a gente não tá falando somente dos profissionais de TI, dos programadores, a gente tá falando de todos os indivíduos de uma organização. E a utilização, adoção de IA não é exclusivamente do desenvolvedor, do programador, do profissional de TI. E muitas vezes não depende dele também pra que a IA seja implantada, para que um time de sei lá marketing comece a usar a IA, dependa de um desenvolvedor fazer a configuração, fazer o setup, fazer qualquer coisa do tipo.

A evolução que a gente tem hoje permite que um profissional que não seja da área técnica consiga criar esses agentes, consiga criar automações, automatizar processos sem ter esse conhecimento técnico em programação. Então existe também esse esse receio, essa barreira, dessas pessoas que não são da área técnica de, ah não mas IA não é pra mim, eu só sei entrar lá no Chat GPT e conversar com ele, pedir ajuda pra refazer revisão de texto para definir uma pauta, para tirar dúvidas sobre alguma coisa, mas eu não consigo automatizar nada, não consigo sei lá, fazer, gerar relatório como o Floz comentou.

Mas a ideia é que que a gente quer passar é que é possível pessoas que não são da área técnica também se envolverem nesse assunto, também conseguirem entregar coisas e automatizar processos, definir coisas com a IA sem a ajuda de um programador do lado pra fazer todo esse processo. Então é uma mudança geral para todo mundo da empresa.

Isso é uma coisa que vai mudar muito o jeito de trabalhar, o jeito que a gente vai chegar no trabalho e falar, vou chegar no trabalho e vou fazer minhas atividades operacionais. Muitas vezes a gente agora não vai precisar fazer essas atividades operacionais. A gente vai chegar e ver o que que a IA produziu, com as atividades operacionais que a gente automatizou. E aí a gente vai ter muito mais um perfil de análise, de gestão, de entender esse cenário, do que realmente de pôr a mão na massa pra fazer as coisas.

Flavio Logullo

E gente falou, no episódio anterior sobre o perfil desse trabalhador do conhecimento de pensar mais na solução e cada vez mais a gente vai ter esse tipo de profissional, e cada vez menos a gente vai ter o tipo de profissional operacional, que passava a grande parte do seu dia ali fazendo essas tarefas operacionais do dia a dia.

Então uma coisa que quando a gente fala assim, a realidade já tá acontecendo, existem algumas empresas vanguardistas aqui no Brasil. E que é curioso, tudo tá numa velocidade bizarra assim, tá muito, tudo muito rápido.

E eu tive contato com o case do iFood há sei lá dois, três meses atrás, assim que eu entendi que eles estão levando muito a sério essa questão de IA e nesse evento, como o Mau falou, não é só o pessoal de de TI ou de programação ou técnico que tem que aprender a lidar com IA.

E um case muito interessante, um pensamento, uma reflexão interessante que o Diego, o CEO do iFood trouxe pra gente lá, é que dentro do iFood agora, aprender SQL, que é o como você faz, o como você consulta o banco de dados tecnicamente, é mandatório no iFood, porque para criar os agentes você precisa ter uma certa expertise técnica.

E ele fez um paralelo que faz muito sentido que nos tempos anteriores você tinha que aprender o pacote office, Word, Excel, PowerPoint, você tinha que aprender. Então quem tinha isso no currículo, depois de um curto período, era o básico. Então se você não sabe mexer no Word, no Excel, você está fora do mercado de trabalho.

Hoje lá pro iFood é assim, se você não sabe SQL, você vai precisar se informar pra você poder criar os seus próprios agentes. E ele, o case, vale a pena procurar aí na internet, porque o case deles é muito legal, assim eles estão com, as pessoas criaram já mais de novecentos agentes, então na empresa inteira, na empresa inteira, então, vale a pena vocês entenderem o que que é que tá acontecendo.

E esses agentes, eles basicamente, estão substituindo todo esse trabalho operacional, grande parte do trabalho operacional. E não tem o que chorar, não tem pra onde correr.

A tecnologia ela tá aí pra, de fato, acabar com o trabalho repetitivo que não merece estar na mão de um humano, que tem uma capacidade cognitiva muito grande.

Só que eu queria fazer uma outra reflexão, que é sobre e a gente teve, teve a oportunidade de conversar com o Diego lá no evento, eu e o Maurício, e ele trouxe pra gente que é muito importante que as pessoas entendam sobre o trabalho que elas estão executando.

Então aquele filme do Chaplin, que ele aperta o parafuso ali, trabalho operacional repetitivo, esquece que não existe mais.

Então você como indivíduo dentro de uma organização, dentro de uma empresa, dentro de uma cadeia de produção de valor, você mais do que nunca vai precisar entender e fazer o que eu, essa movimentação lateral, que eu gosto de falar do profissional tipo T, de entender como é que seu trabalho é feito, como as conexões do seu trabalho são feitas, entre as pessoas e entre os diferentes processos.

Então dentro da sua empresa e dentro da sua posição hoje, fica a dica pra o hoje, entenda, em que parte do processo você está inserido e qual é o processo inteiro? Porque é só assim que a gente consegue criar e usar esses agentes pra melhorar o nosso trabalho.

Então o profissional do futuro, do presente, do futuro não, o profissional que vai estar bem colocado hoje, não vai ser mais aquele que faz planilha, responder mensagem, é aquele que consegue conectar todos os processos e imaginar soluções possíveis com agentes criados tecnicamente por você.

Nossa, meu Deus, eu tenho muita coisa pra aprender, tem bastante coisa pra aprender, mas não é difícil e todo mundo consegue.

E o lado bom é que é um movimento único, não há saída. Todos vão precisar ir pra esse lugar de pacote office do novo futuro aí, que é conhecer um pouco mais sobre lógica de programação, como as coisas se conectam na lógica mesmo, assim, se eu fizer isso, então aquilo vai acontecer. Porque todas as plataformas para criação do seu trabalho do futuro são baseadas nisso, em criações de lógica.

E é interessante porque eu tenho dois filhos também, agora eles já estão bem grandinhos, mas há dez anos atrás eles já estavam aprendendo isso na escola. Mexendo o robozinho com setinha, anda duas vezes pra frente, se ele bater numa pedrinha vai pra trás, e por aí vai.

Assim, o profissional do presente vai ter que aprender esse tipo de lógica para se manter no mercado de trabalho.

Mauricio Matsuda

Eu acho que é o que o Floz comentou, Mais do que a gente continuar fazendo os processos operacionais, a gente tem que ter a cabeça aberta pra entender esse movimento, entender o que tá acontecendo, pensar melhor como que as coisas funcionam, mapear, desenhar e começar a testar a IA, ver quais são os ganhos dela, o que que ela pode entregar.

E até mesmo, uma dica, é usar a própria IA para aprender. Acho que, eu vejo que mesmo na programação, quando hoje em dia eu uso a IA pra ajudar a escrever código, até hoje, por mais que eu já tenha bastante tempo, trabalhando com a mesma tecnologia, até hoje eu aprendo coisas com a IA que eu não sabia que tinha na tecnologia que eu uso.

Então a IA tá aí pra ajudar a gente também, até pra entender esse processo de mudança, como que a IA funciona, como funciona os agentes e tudo mais, usar a própria IA, ir aprendendo, conversar com o Chat GPT também vai ajudar bastante.

Falar com o Chat GPT, do tipo, ah meu processo é assim, o que que você acha, como que a gente pode automatizar, quais os agentes, como eu crio um agente, como que funciona um agente. Tudo isso a gente consegue também usar a própria IA para nos auxiliar.

Porque ela é hoje, a gente tem uma definição assim de que todo conhecimento técnico de como as coisas funcionam, como fazer alguma coisa, a IA tirar de letra, ela tem essa, esse conhecimento muito muito claro e muito certeiro.

Então ela contribui muito nesse aprendizado de uma coisa nova, que a gente não sabe nem como começar. Então a IA vem vem muito para contribuir em todos os pontos.

E aí é não ter medo, porque por mais que a gente fez aquela provocação no começo, do tipo, a IA vai substituir as pessoas, não, vai substituir quem não sabe usar IA, então a ideia não é colocar medo, mas é ter um dar um alerta pra todo mundo de que é importante ter essa visão de que a IA tá aí e aí sim a gente precisa se envolver, precisa correr atrás porque esse trem tá passando e a gente não pode perder ele pra conseguir se manter no mercado de trabalho, conseguir se manter competitivo.

Porque é o que a gente comentou, entre um profissional que sabe office e o outro que não sabe, a gente vai querer o que sabe office.

É o que a gente, o mercado, pediu há muito tempo, agora um profissional que sabe usar IA no dia a dia e um outro profissional que não sabe usar IA no dia a dia, com certeza as empresas vão começar a preferir os profissionais que sabem IA.

Se a IA vai, sei lá, vai aumentar duas vezes a sua produtividade, já é muita coisa, comparado a uma pessoa que não consegue colocar IA no dia a dia. Então a diferença vai ser muito grande. E aí a gente tem que tá ligado nisso.

Mariana Prado

Enquanto vocês falavam, eu tava aqui pensando sobre a curva de aprendizado, porque às vezes a gente deixa de aprender alguma coisa, porque aprender vai demandar um esforço, e aí a gente então deixa de aprender sobre inteligência artificial, ou deixa de estudar a SQL, porque eu sei fazer aquilo no Excel, eu rapidinho eu faço isso, e o esforço que a gente vai ter pra aprender a trabalhar com inteligência artificial, num primeiro momento, ele vai ser grande, mas a gente tem que pensar no benefício que isso vai gerar no médio e longo prazo.

E nem tão médio e longo prazo assim, no curto prazo. Porque são coisas que nem vão ser tão difíceis assim de serem aprendidas e que vão gerar um valor muito grande dentro do mercado.

Então se alguém tá ouvindo esse episódio e sair daqui sem procurar sobre como trabalhar com inteligência artificial, acho que essa pessoa tá fazendo alguma coisa errada.

Então gente, ao desligar aqui vamos todo mundo aprender a trabalhar com inteligência artificial, que eu acho que essa é a grande missão assim que a gente deixa.

E principalmente, desenvolver também esse olhar crítico de entender que a inteligência artificial ela não vai fazer o trabalho sozinha, ela vai precisar que você analise um contexto, ela vai precisar que você analise criticamente o que ela te respondeu ou o que ela te deu.

Então ela não vai substituir a sua bagagem, o seu conhecimento, ela vai complementar, e ela vai ser sua parceira ali nessa troca e nessa construção.

Se as pessoas que estão ao seu redor acreditam que a inteligência artificial é uma ameaça, compartilhe esse episódio com elas e vamos conversar.

Esse foi mais um Código Granatum. Obrigada por ouvir e até o próximo episódio.

Mariana Prado

Você está ouvindo Código Granatum. Conversas diretas sobre tecnologia, cultura e um caixa saudável. Eu sou Mari Prado, do time de sucesso do cliente e aqui também estão Flávio Logullo, um dos cofundadores do Granatum e o Maurício Matsuda nosso CTO.

A inteligência artificial está cada vez mais presente no nosso dia a dia e, se antes o papo era sobre se a IA vai roubar o meu emprego, hoje a gente já entendeu que não vai ser bem assim que as coisas vão funcionar. A IA talvez não tire o lugar de ninguém, mas quem souber usar bem a inteligência artificial, aí sim pode tirar.

Aqui no Granatum a gente vem explorando várias formas de usar a inteligência artificial, desde a aceleração de tarefas até apoio na tomada de algumas decisões. Mais do que aprender a fazer boas perguntas pro Chat GPT, a gente acredita que o valor está em entender o contexto, saber o que é preciso e usar as ferramentas com propósito.

Floz e Mau, o que muda no trabalho de uma pessoa quando ela entende como e porquê usar inteligência artificial?

Flavio Logullo

Muito bom. É tipo isso. É o caos mesmo. Esse momento está acontecendo no mercado, em todas as profissões. A gente essa semana aqui foi em um evento sobre IA, que aconteceu aqui em São Paulo, e a gente achou importante, apesar de já estar tocando nesse assunto há bastante tempo, voltar a falar nele porque, de fato, existe uma revolução em curso, em andamento, que pouca gente tá falando ou pouca gente tá com a consciência do que que tá acontecendo. E aí a gente resolveu falar sobre isso porque muita coisa mudou.

Então a IA não rouba o emprego de ninguém. De fato, não rouba. Ela ainda precisa que alguém a opere. Então por isso que a gente fez essa provocação e muita gente já tá falando isso há algum tempo. Porque, de fato que a IA hoje, do jeito que ela que ela existe, que ela funciona, ela ainda está servindo como uma servidora dos nossos pensamentos e da nossa execução.

Então acho que é importante frisar uma diferença aí sobre a IA ela vai substituir uma pessoa? Os humanoides ali, então a gente viu também bastante robô autônomo. Existem robôs que estão entrando na casa das pessoas já pra ser o assistente doméstico das pessoas. E a gente começa a perceber que existe uma substituição aí do humano, mas o que é essa substituição?

Na real, assim como todas as revoluções, ela tá vindo substituir o que a gente já conhece então, não vai substituir o Flávio ou a Mari ou o Maurício ou o indivíduo qualquer, mas o Flávio com a ajuda das IAs e, aí as ajudas das IAs eu acho que é importante frisar isso, o tal do Chat GPT e escrever prompts no Chat GPT já é uma coisa do passado. Apesar de ter, sei lá, um pouco mais de dois anos, já passou faz bastante tempo.

E a gente tá num momento onde os agentes né ou os GTICs, as IAs que são agentes, elas passam a oferecer um valor muito grande em termos de time. Então a gente tá num momento onde se você aprender a lidar com a formação ou a orquestração de inteligências artificiais, você vai passar a ter um poder de entrega muito grande.

Como assim? Bom, hoje quando a gente vai desenvolver um projeto, a gente tem vários papéis ali que desempenham funções e eu acho que essa é a grande questão. Os agentes eles vem para substituir de fato funções e essas funções que são, que vem já de uma lógica de proposição ou de entrega de valor baseado em repetição.

Então a capacidade das IAs generativas é que elas têm um certo grau de criatividade. São muito rápidas e conseguem substituir funções que são repetitivas. Então, por exemplo, se eu tenho que gerar um relatório toda semana ou fazer uma análise desse relatório, isso é uma atividade repetitiva, e isso é absolutamente replicável hoje com as IAs de um jeito, com uma excelência excepcional.

Então adianta muito a coleta dos dados, a interpretação dos dados. E isso vale uma ressalva, porque eu acho que daqui, talvez, uns dois meses, a gente tenha menos ressalvas com relação a interpretação de dados, com a velocidade que tudo evolui, mas a gente começa a ter esses agentes se conversando entre eles e proporcionando pra gente uma entrega de várias coisas que antes demoravam muito tempo para serem entregues, de um jeito muito mais eficiente.

E a gente, percebendo isso, tem que ser capaz de orquestrar esses agentes ou essas inteligências pra usar a nosso favor, pra gente fazer entrega que, daí sim, só a gente sabe fazer com a nossa personalidade, com a nossa visão, com a nossa intenção. Então só pra esquentar aí um pouquinho esse assunto pro Mau.

Mauricio Matsuda

Acho que como a Mari comentou no começo, a IA já é o presente. A gente falava muito da IA do futuro, agora a gente tá vivendo a IA no presente. E eu acho que o profissional ou as empresas que não entenderam isso ainda, elas tem que correr atrás e se preocupar e olhar pra isso já, desde já. Porque é uma realidade que não tem mais volta.

A gente não tá vivendo uma onda passageira que, ah é o boom das IAs agora, mas daqui um ano, daqui meio ano não vai ter mais esse negócio, vai ser, vai voltar tudo o que era antes. A gente entende que não é isso que tá acontecendo. É realmente uma mudança muito grande que tá acontecendo que não tem volta. Muita gente já até comentou que é semelhante a chegada da internet, então não é, não, não será algo passageiro que vai acabar daqui um tempo.

E aí o que o Floz comentou, desses agentes, da gente conseguir orquestrar, automatizar processos e tudo mais, é que, ainda assim hoje a IA precisa que a gente defina pra ela, explique pra ela, mostre pra ela o que que precisa ser feito, como que funciona, pra que ela consiga desempenhar um papel lá de execução, de atividades, de processos.

E aí um outro ponto que é muito importante, é que quando a gente fala de uso da IA na rotina, no dia a dia, a gente não tá falando somente dos profissionais de TI, dos programadores, a gente tá falando de todos os indivíduos de uma organização. E a utilização, adoção de IA não é exclusivamente do desenvolvedor, do programador, do profissional de TI. E muitas vezes não depende dele também pra que a IA seja implantada, para que um time de sei lá marketing comece a usar a IA, dependa de um desenvolvedor fazer a configuração, fazer o setup, fazer qualquer coisa do tipo.

A evolução que a gente tem hoje permite que um profissional que não seja da área técnica consiga criar esses agentes, consiga criar automações, automatizar processos sem ter esse conhecimento técnico em programação. Então existe também esse esse receio, essa barreira, dessas pessoas que não são da área técnica de, ah não mas IA não é pra mim, eu só sei entrar lá no Chat GPT e conversar com ele, pedir ajuda pra refazer revisão de texto para definir uma pauta, para tirar dúvidas sobre alguma coisa, mas eu não consigo automatizar nada, não consigo sei lá, fazer, gerar relatório como o Floz comentou.

Mas a ideia é que que a gente quer passar é que é possível pessoas que não são da área técnica também se envolverem nesse assunto, também conseguirem entregar coisas e automatizar processos, definir coisas com a IA sem a ajuda de um programador do lado pra fazer todo esse processo. Então é uma mudança geral para todo mundo da empresa.

Isso é uma coisa que vai mudar muito o jeito de trabalhar, o jeito que a gente vai chegar no trabalho e falar, vou chegar no trabalho e vou fazer minhas atividades operacionais. Muitas vezes a gente agora não vai precisar fazer essas atividades operacionais. A gente vai chegar e ver o que que a IA produziu, com as atividades operacionais que a gente automatizou. E aí a gente vai ter muito mais um perfil de análise, de gestão, de entender esse cenário, do que realmente de pôr a mão na massa pra fazer as coisas.

Flavio Logullo

E gente falou, no episódio anterior sobre o perfil desse trabalhador do conhecimento de pensar mais na solução e cada vez mais a gente vai ter esse tipo de profissional, e cada vez menos a gente vai ter o tipo de profissional operacional, que passava a grande parte do seu dia ali fazendo essas tarefas operacionais do dia a dia.

Então uma coisa que quando a gente fala assim, a realidade já tá acontecendo, existem algumas empresas vanguardistas aqui no Brasil. E que é curioso, tudo tá numa velocidade bizarra assim, tá muito, tudo muito rápido.

E eu tive contato com o case do iFood há sei lá dois, três meses atrás, assim que eu entendi que eles estão levando muito a sério essa questão de IA e nesse evento, como o Mau falou, não é só o pessoal de de TI ou de programação ou técnico que tem que aprender a lidar com IA.

E um case muito interessante, um pensamento, uma reflexão interessante que o Diego, o CEO do iFood trouxe pra gente lá, é que dentro do iFood agora, aprender SQL, que é o como você faz, o como você consulta o banco de dados tecnicamente, é mandatório no iFood, porque para criar os agentes você precisa ter uma certa expertise técnica.

E ele fez um paralelo que faz muito sentido que nos tempos anteriores você tinha que aprender o pacote office, Word, Excel, PowerPoint, você tinha que aprender. Então quem tinha isso no currículo, depois de um curto período, era o básico. Então se você não sabe mexer no Word, no Excel, você está fora do mercado de trabalho.

Hoje lá pro iFood é assim, se você não sabe SQL, você vai precisar se informar pra você poder criar os seus próprios agentes. E ele, o case, vale a pena procurar aí na internet, porque o case deles é muito legal, assim eles estão com, as pessoas criaram já mais de novecentos agentes, então na empresa inteira, na empresa inteira, então, vale a pena vocês entenderem o que que é que tá acontecendo.

E esses agentes, eles basicamente, estão substituindo todo esse trabalho operacional, grande parte do trabalho operacional. E não tem o que chorar, não tem pra onde correr.

A tecnologia ela tá aí pra, de fato, acabar com o trabalho repetitivo que não merece estar na mão de um humano, que tem uma capacidade cognitiva muito grande.

Só que eu queria fazer uma outra reflexão, que é sobre e a gente teve, teve a oportunidade de conversar com o Diego lá no evento, eu e o Maurício, e ele trouxe pra gente que é muito importante que as pessoas entendam sobre o trabalho que elas estão executando.

Então aquele filme do Chaplin, que ele aperta o parafuso ali, trabalho operacional repetitivo, esquece que não existe mais.

Então você como indivíduo dentro de uma organização, dentro de uma empresa, dentro de uma cadeia de produção de valor, você mais do que nunca vai precisar entender e fazer o que eu, essa movimentação lateral, que eu gosto de falar do profissional tipo T, de entender como é que seu trabalho é feito, como as conexões do seu trabalho são feitas, entre as pessoas e entre os diferentes processos.

Então dentro da sua empresa e dentro da sua posição hoje, fica a dica pra o hoje, entenda, em que parte do processo você está inserido e qual é o processo inteiro? Porque é só assim que a gente consegue criar e usar esses agentes pra melhorar o nosso trabalho.

Então o profissional do futuro, do presente, do futuro não, o profissional que vai estar bem colocado hoje, não vai ser mais aquele que faz planilha, responder mensagem, é aquele que consegue conectar todos os processos e imaginar soluções possíveis com agentes criados tecnicamente por você.

Nossa, meu Deus, eu tenho muita coisa pra aprender, tem bastante coisa pra aprender, mas não é difícil e todo mundo consegue.

E o lado bom é que é um movimento único, não há saída. Todos vão precisar ir pra esse lugar de pacote office do novo futuro aí, que é conhecer um pouco mais sobre lógica de programação, como as coisas se conectam na lógica mesmo, assim, se eu fizer isso, então aquilo vai acontecer. Porque todas as plataformas para criação do seu trabalho do futuro são baseadas nisso, em criações de lógica.

E é interessante porque eu tenho dois filhos também, agora eles já estão bem grandinhos, mas há dez anos atrás eles já estavam aprendendo isso na escola. Mexendo o robozinho com setinha, anda duas vezes pra frente, se ele bater numa pedrinha vai pra trás, e por aí vai.

Assim, o profissional do presente vai ter que aprender esse tipo de lógica para se manter no mercado de trabalho.

Mauricio Matsuda

Eu acho que é o que o Floz comentou, Mais do que a gente continuar fazendo os processos operacionais, a gente tem que ter a cabeça aberta pra entender esse movimento, entender o que tá acontecendo, pensar melhor como que as coisas funcionam, mapear, desenhar e começar a testar a IA, ver quais são os ganhos dela, o que que ela pode entregar.

E até mesmo, uma dica, é usar a própria IA para aprender. Acho que, eu vejo que mesmo na programação, quando hoje em dia eu uso a IA pra ajudar a escrever código, até hoje, por mais que eu já tenha bastante tempo, trabalhando com a mesma tecnologia, até hoje eu aprendo coisas com a IA que eu não sabia que tinha na tecnologia que eu uso.

Então a IA tá aí pra ajudar a gente também, até pra entender esse processo de mudança, como que a IA funciona, como funciona os agentes e tudo mais, usar a própria IA, ir aprendendo, conversar com o Chat GPT também vai ajudar bastante.

Falar com o Chat GPT, do tipo, ah meu processo é assim, o que que você acha, como que a gente pode automatizar, quais os agentes, como eu crio um agente, como que funciona um agente. Tudo isso a gente consegue também usar a própria IA para nos auxiliar.

Porque ela é hoje, a gente tem uma definição assim de que todo conhecimento técnico de como as coisas funcionam, como fazer alguma coisa, a IA tirar de letra, ela tem essa, esse conhecimento muito muito claro e muito certeiro.

Então ela contribui muito nesse aprendizado de uma coisa nova, que a gente não sabe nem como começar. Então a IA vem vem muito para contribuir em todos os pontos.

E aí é não ter medo, porque por mais que a gente fez aquela provocação no começo, do tipo, a IA vai substituir as pessoas, não, vai substituir quem não sabe usar IA, então a ideia não é colocar medo, mas é ter um dar um alerta pra todo mundo de que é importante ter essa visão de que a IA tá aí e aí sim a gente precisa se envolver, precisa correr atrás porque esse trem tá passando e a gente não pode perder ele pra conseguir se manter no mercado de trabalho, conseguir se manter competitivo.

Porque é o que a gente comentou, entre um profissional que sabe office e o outro que não sabe, a gente vai querer o que sabe office.

É o que a gente, o mercado, pediu há muito tempo, agora um profissional que sabe usar IA no dia a dia e um outro profissional que não sabe usar IA no dia a dia, com certeza as empresas vão começar a preferir os profissionais que sabem IA.

Se a IA vai, sei lá, vai aumentar duas vezes a sua produtividade, já é muita coisa, comparado a uma pessoa que não consegue colocar IA no dia a dia. Então a diferença vai ser muito grande. E aí a gente tem que tá ligado nisso.

Mariana Prado

Enquanto vocês falavam, eu tava aqui pensando sobre a curva de aprendizado, porque às vezes a gente deixa de aprender alguma coisa, porque aprender vai demandar um esforço, e aí a gente então deixa de aprender sobre inteligência artificial, ou deixa de estudar a SQL, porque eu sei fazer aquilo no Excel, eu rapidinho eu faço isso, e o esforço que a gente vai ter pra aprender a trabalhar com inteligência artificial, num primeiro momento, ele vai ser grande, mas a gente tem que pensar no benefício que isso vai gerar no médio e longo prazo.

E nem tão médio e longo prazo assim, no curto prazo. Porque são coisas que nem vão ser tão difíceis assim de serem aprendidas e que vão gerar um valor muito grande dentro do mercado.

Então se alguém tá ouvindo esse episódio e sair daqui sem procurar sobre como trabalhar com inteligência artificial, acho que essa pessoa tá fazendo alguma coisa errada.

Então gente, ao desligar aqui vamos todo mundo aprender a trabalhar com inteligência artificial, que eu acho que essa é a grande missão assim que a gente deixa.

E principalmente, desenvolver também esse olhar crítico de entender que a inteligência artificial ela não vai fazer o trabalho sozinha, ela vai precisar que você analise um contexto, ela vai precisar que você analise criticamente o que ela te respondeu ou o que ela te deu.

Então ela não vai substituir a sua bagagem, o seu conhecimento, ela vai complementar, e ela vai ser sua parceira ali nessa troca e nessa construção.

Se as pessoas que estão ao seu redor acreditam que a inteligência artificial é uma ameaça, compartilhe esse episódio com elas e vamos conversar.

Esse foi mais um Código Granatum. Obrigada por ouvir e até o próximo episódio.