GranatumCast | Temporada 2

Código Granatum | Temporada 1

Código Granatum | Temporada 1

#21

Quando alguém se ausenta, o time cresce

Quando alguém se ausenta, o time cresce

Quando alguém se ausenta, o time cresce
Quando alguém se ausenta, o time cresce
Quando alguém se ausenta, o time cresce

Temas Relacionados ao Episódio

Temas Relacionados ao Episódio

  • Ausência como teste de verdade

    Quando alguém sai, não é só falta: é o momento em que a empresa descobre se os processos “param de pé” mesmo.

  • O risco do conhecimento concentrado

    Como referências técnicas e operacionais viram um “ponto único” — e por que isso dá segurança e medo ao mesmo tempo.

  • Documentar, passar contexto e criar previsibilidade

    O que muda quando a licença é planejada: intensivo, organização do conhecimento e foco nas partes mais complexas.

  • Protagonismo e liderança situacional

    Por que, em times enxutos, chega uma hora em que alguém precisa assumir a ponta — e isso acelera o desenvolvimento.

  • O ganho que vem junto com o caos

    A ideia de que o começo pode ser caótico, mas a maturidade vem quando o time aprende a sustentar o fluxo sem depender de uma pessoa.


  • “Caverninhas” do sistema e coragem de entrar nelas

    Como áreas complexas (tipo emissão de nota fiscal) deixam de ser “território exclusivo” quando a ausência obriga todo mundo a entender.

  • Redundância humana e troca entre áreas

    Como ter pelo menos alguém que consegue cobrir o outro vira estratégia de continuidade — inclusive para dias comuns de saúde e imprevistos.

  • Remoto, assíncrono e tudo escrito

    A provocação de que o que não está documentado vira “hiato”, e como isso evidencia falhas de comunicação e de processo.

Transcrição do Episódio

Mariana Prado​​

Você está ouvindo Código Granatum. Conversas diretas sobre tecnologia, cultura e um caixa saudável,

Oi, eu sou a Mari Prado, do time de sucesso do cliente aqui no Granatum, e hoje estão aqui comigo o Flávio Logullo, um dos cofundadores e o Maurício Matsuda, nosso CTO.

Aqui no Código Granatum a gente já falou bastante sobre controle de horas, autonomia pra organizar o tempo e até licença paternidade, mas sempre que a gente fala sobre dar mais liberdade pra quem trabalha, fica no ar uma pergunta: como que a empresa continua funcionando quando alguém precisa se ausentar?

Eu vou pegar aqui o exemplo da licença paternidade. Pra quem não ouviu, no episódio dezessete, a gente contou que a licença paternidade aqui no Granatum ela é de três meses. E que em 2019, quando Maurício, nosso CTO e o Diego, que na época tava no time comercial, tiraram as suas licenças, pra surpresa de zero pessoas a operação continuou de pé, os bugs foram resolvidos, as melhorias saíram do forno, novos clientes chegaram, a roda ela continuou girando.

Então Floz e Mau, eu quero ouvir de vocês, como foi viver esse momento pela perspectiva da empresa? O que que aconteceu nos bastidores, quando alguém precisa ficar fora, seja por uma tarde, uma semana ou três meses? Como que o Granatum se organiza?

Flávio Logullo

Muito bom. Aconteceram várias coisas. E todas são positivas demais. Eu acho que tem muito a ver com o próprio propósito da estrutura, do jeito que a gente escolheu fazer um negócio, fazer uma empresa. A gente sempre tratou todas as pessoas e tudo que acontece aqui dentro como sendo uma fonte de sabedoria e conhecimento.

E, basicamente, o que acontece quando uma pessoa se ausenta é você colocar a prova tudo que tá construído. E entender, o que é uma empresa parar de pé? Uma empresa parar de pé, é você garantir que os seus processos, que o encadeamento da conexão entre as pessoas esteja de fato funcionando.

E o que acontece quando uma pessoa sai é que isso bagunça e é o caos. Porque uma empresa é isso, são seres humanos ali agindo juntos. E a gente tem essa falsa sensação de que tudo está organizado se a gente tiver um processo rolando. E aí você coloca a prova os seus processos quando essas pessoas saem ou quando você mexe nesses agentes que fazem parte de um processo.

Então, eu acho que tem 2 visões que são muito legais, assim, que eu observei, principalmente porque, importante dizer, eu vou falar, vou pegar o exemplo específico do Maurício, porque quando ele tirou a licença paternidade ele acumulava uma quantidade absurda de dias sem tirar férias. Assim, Maurício é essa pessoa que não gosta de tirar férias, muito embora a gente estimule demais e fique pressionando ele pra tirar férias, mas a gente já meio que tava acostumado com a presença do Maurício ali.

E o Maurício ele é o CTO do Granatum, e ele tá desde o dia zero quase da WebGoal, a empresa como um todo. Aqui o Maurício entrou na empresa tinha acho que seis meses e ele viveu a empresa junto, porque o Maurício trabalhava junto com a gente na empresa que deu origem, a WebGoal, onde a gente trabalhava lá.

E quando ele saiu, ele tinha muito conhecimento de todos os detalhes da operação. E o Maurício tem exatamente a forma de profissional que a gente idealmente tem que ter no no Granatum. O Maurício compartilha demais, o Maurício tenta trazer todo mundo pra entender partes, etapas do processo. O Maurício provoca outras pessoas para virem conhecer o que está acontecendo, não só no desenvolvimento, assim como em todas as áreas. Ele sempre tá transitando pelo atendimento, por vendas, pelo administrativo, pelo produto.

Então essas andanças do Maurício faz com que ele tenha essa visão mais holística da coisa e de entender que, se você não entender sobre determinada parte do produto, você não vai conseguir fazer um bom atendimento, você não vai conseguir melhorar o produto, você não vai conseguir fazer um bom código, que esse é o normal.

E quando ele sai, essa referência, essa tranquilizada que dá no time, coloca esse, de fato, esses processos à prova.

Então tem 2 coisas importantes que acontecem. Primeiro os indivíduos se desenvolveram, eles tem que se desenvolver. Então o Granatum tem uma estrutura muito enxuta, sempre teve e esse é o objetivo. Inclusive nós queremos ter a maior parte dos nossos processos acontecendo de forma que seja eficiente.

A gente costuma dizer que já falei isso várias vezes aqui durante o podcast, mas que a gente tem que fazer o pouco de coisa certa, que de fato se aproveita no final do dia dentro de um negócio. Aqui no nosso caso, a gente já citou o que os reports, que é aquele relatório que demonstrava pra gente que a gente precisava só escrever quatro linhas certas pra fazer um trabalho bem feito. Então aqui isso funciona pra tudo.

Então a gente tem esse lugar de você precisa se desenvolver a ponto de ter tranquilidade de criar parte do processo, contribuir com o processo para que ele flua, inclusive sem a sua presença. Para que você conecte as coisas, conecte os processos, os acontecimentos dentro do Granatum, pra que aconteça sem a sua presença. É assim que você consegue viver bem, é assim que você consegue tirar férias.

No caso específico do Maurício, a gente viu o Matheus aparecendo muito, ele se apropriou desse lugar. E porque não tinha escolha, porque o processo estava ali, ele precisava funcionar.

E uma coisa que eu gosto de dizer aqui no Granatum, é que é muito difícil você se esconder por muito tempo sem ser protagonista. A gente, você não precisa ser protagonista o tempo inteiro, mas o protagonismo, a liderança situacional que a gente gosta de dizer aqui, ela tem que aparecer. Porque cada indivíduo que compõe o quadro inteiro aqui do Granatum tem um super poder e contribuiu pra gente chegar aqui nesse lugar que a gente tá. Então você precisa protagonizar.

E no caso do Maurício foi o Matheus. E no caso do negócio, é o processo.

A gente viu que tinham falhas no processo, a gente teve que desenvolver o processo. Então eu vi que só aconteceram ganhos. Foi um pouco caótico no começo, porque é isso, somos humanos, mas no fim tudo funciona.

Maurício Matsuda

Como o Floz comentou, eu ainda tenho bastante dificuldade de tirar férias, mas naquele momento a gente estava numa formação de time. Então a minha filha nasceu em agosto de 2019, no final de 2018, mais ou menos, a gente estava começando a formar o time de desenvolvimento. Até então eu estava trabalhando sozinho na parte de desenvolvimento. E aí era um cenário que praticamente tudo de tecnologia dependia de mim. Por mais que o Floz seja de tecnologia, tem bastante conhecimento, era tudo centralizado em mim nessa parte de cuidar dos servidores, cuidar do sistema e tudo mais.

Mas então quando eu saí de licença, o Matheus, por exemplo, que que o Floz citou, ele tava seis meses na empresa. E aí 6 meses é um tempo razoável para entender como que as coisas funcionam, assim, uma visão geral de tudo, de um sistema que, na época tava acho que com uns 10 anos de sistema desenvolvido, então já tinha bastante coisa, bastante complexidade.

E como era uma licença paternidade, também era algo previsível. A gente fez um plano de estruturar melhor o conteúdo, sobre informações de como que cada parte do sistema funcionava, principalmente as partes mais complexas. E nas últimas semanas antes da licença eu fiz meio que um intensivo com o time de dev que tava trabalhando na época, passando tudo.

E aí o curioso também é que a minha filha resolveu nascer uma semana antes do planejado. Então ainda tinha mais uma semana de, entre aspas, um intensivão sobre o sistema e aí eu tive que sair, mas sair antes da licença, porque a minha filha tinha nascido.

Mas foi tranquilo assim, pra mim, não tive que atender a ligação durante a licença deles pedindo socorro, nada do tipo. Fiquei bem bem de boa assim, consegui aproveitar muito esse momento.

Acho que pro time de dev que ficou não foi tão tranquilo assim. Uma mudança bem impactante, algo novo que eles nunca tinham experimentado. E também era um time recém formado, então não tinha ninguém de tecnologia com muita experiência sobre o sistema, sobre os servidores e tudo mais.

Mas como o Floz comentou, o Matheus ele assumiu assim a liderança de tudo. Correu atrás, foi entender as principais partes do sistema, as coisas que estavam dando problema pra arrumar, pra melhorar e tudo.

Ainda era num cenário que a gente não tinha nem a IA pra ajudar pra ajudar no entendimento de falar pra IA, ó, lê esse código aqui, explica pra mim, tenta entender junto comigo o que que tá acontecendo, como que é esse código? Foi na unha mesmo que ele conseguiu abraçar isso daí e tocar muito bem tudo.

Até assim, uma percepção que eu tive depois que eu voltei da licença assim é a curva de evolução gigantesca que ele teve. Assim que eu senti a falta antes quando eu era sozinho, era de ter mais algum dev que tivesse mais conhecimento sobre a ferramenta pra gente conseguir discutir mais a fundo conteúdos técnicos.

E aí quando eu voltei de licença, eu vi uma curva de aprendizado muito grande. Do tipo, eu consegui discutir tecnicamente várias situações do que aconteceram e tal. E acho que isso foi muito benéfico pra todo mundo.

Foi estressante para ele? Foi. Foi puxado? Foi. Mas por outro lado ele conseguiu evoluir muito em pouco tempo, isso foi bem legal de ver.

Flávio Logullo

E ele mesmo disse, que ele falou assim, nossa aprendi nessa primeira semana que o Maurício ficou fora, que eu aprendi mais coisa do que os seis meses que eu tava aqui. Eu acho que existem formas e formas de você aprender.

Mas é natural que a gente, e principalmente em empresas mais tradicionais, a gente se acomode naquela posição ali, não consiga muito contribuir ou fazer essa movimentação lateral que eu falo muito aqui, que esse tipo de profissional que se apropria dos espaços que ele está vendo ao redor.

O que é se apropriar dos espaços? Aqui no Granatum você tem liberdade para ir para qualquer lugar. Você tem acesso a todos os dados, inclusive financeiros. Você tem acesso ao código, se você quiser. Você tem acesso basicamente a todos os lugares.

Então essa movimentação, ela é fundamental e faz com que a gente se coloque à prova e quem se apropria dessa liberdade se desenvolve muito. Então você sai, você se cria um profissional muito mais completo. Eu acho que esse foi o caso do Matheus.

Existiam os lugarzinhos mais, mais Maurício assim, então caía alguma coisa pra ver sobre sei lá, nota fiscal, emissão de nota fiscal. Emissão de nota fiscal é uma coisa que parece simples, no Granatum você vai lá, clica é em um botãozinho, verifica os dados da nota e emite. Por trás, quem já emitiu nota, é um processo super complexo.

Então essa parte super complexa, tornar isso simples, o todo o trabalho que o Granatum tem aqui, esse era um espacinho que era quase que exclusivo do Maurício. E quando ele sai, todo mundo tem que entrar nessa caverninha ali e entender.

Nossa, eu tinha medo de ver isso aqui e na verdade não precisa. Então eu acho que são muitos ganhos.

Claro que existem negócios que, pegando uma cozinha, por exemplo, eu vejo, eu gosto muito de assistir esses programas de culinária, tipo Pesadelo na Cozinha, Hells Kitchen, essas coisas assim, e eu entendo que existe quase que um consenso, seja lá fora do Brasil, aqui no Brasil, que é a dependência do indivíduo pra execução de tarefas dentro de uma empresa, que é coletiva.

Então se você precisa primeiro desbloquear essa visão. E a gente já tinha isso graças a Deus, desbloqueado, aqui dentro, de que todo mundo é muito importante dentro do Granatum. Então a gente nunca assumiu muito um desperdício humano.

E o que que é o desperdício humano? É você não usar todas as habilidades e as capacidades que você tem aqui dentro. E quando a gente tá num grupo igual esse grupo que a gente trabalha hoje, nesse time do Granatum, aqui é um grupo que já está há bastante tempo junto.

Então quase que a gente se acostuma quando um assunto aparece, a gente já olha pra determinada pessoa pra resolver isso. Isso é bom, mas isso é ruim. A gente cria uma referência dentro do time, mas ao mesmo tempo a gente evita que as pessoas, novas pessoas se desenvolvam naquele lugar, ou próximo daquele lugar.

E esse foi o fenômeno que aconteceu, eu achei muito interessante, esse ano inclusive, quando a gente passa a ser assumidamente uma operação remota, assíncrona, porque tudo é escrito, tudo é de certa forma documentado. E o que não tá no Basecamp é um grande hiato. Isso fica evidente.

Existe uma falha de comunicação, existe uma falha de processo. Porque o exemplo que eu ia dar ali da cozinha, é que nossa, o meu cozinheiro, meu chefe vai sair, que que eu faço? Essa é a dúvida ali dos negócios.

Então se você não tem as suas receitas, se você não tem os seus processos dentro da cozinha, realmente fica muito difícil, caótico, que você vai precisar desenhar. Em qualquer empresa é a mesma coisa.

Então a gente coloca muito em cheque quando as pessoas se movimentam aqui dentro do Granatum, nesse lugar de processo. Então será que a gente não tá faltando a gente melhorar um processo?

Será que a gente tem um processo que até hoje, a Mari cobra muito da gente falar também as coisas que não são bonitas. O Granatum não funciona de forma totalmente suave. Quando eu vou pra rua e faço o benchmark com os meus próprios amigos, eu vejo que a operação do Granatum ela é muito boa, mas tem muita coisa pra melhorar também.

Então existem lugares, existem processos que que já tão velhos, tão datados. Existem processos, não existe processo em alguns lugares. E a gente tem que ficar atento a todo esse momento.

E a ausência das pessoas, seja por férias, seja por licença paternidade nunca foi uma questão de me deixar assustado, porque licença paternidade, a gente esqueceu até de falar isso no no episódio da licença paternidade, as pessoas estão tendo menos filhos, em média, então você tem uma licença paternidade, uma licença maternidade uma vez na vida daquele profissional, então pô, a gente não ia ter o Maurício por seis meses ali durante uma vez.

Só isso não me assustava muito, então ter essa tranquilidade e ter essa consciência de que coisas vão acontecer dentro do seu negócio. Vou falar, coisas ruins, coisas diferentes vão acontecer e você precisar se movimentar.

Eu acho que é o grande ganho quando a gente tem essa mudança das pessoas, ou tem essa ausência de pessoas, ou tem essa mudança de posição das pessoas dentro da empresa. Tudo melhora.

Maurício Matsuda

Como a gente já comentou algumas vezes, nem tudo são flores. Até um caso também na parte da tecnologia que nesse período, antes dessa formação desse time de desenvolvimento, acho que eu fiquei uns três anos mais ou menos sozinho na parte de tecnologia, então eu cuidava dos servidores pra manter eles de pé, funcionando, cuidava de melhorar o sistema, correção de bugs, ajudar o suporte.

E aí naquela época eu ainda tinha mais dificuldade de sair de férias, porque tudo dependia de mim pra funcionar tecnicamente. E aí até teve uma vez que eu fui tirar umas férias maiores, porque quando eu tirava, daí eu tirava sei lá, no máximo quinze dias, mas era muito.

Mas geralmente era uma semana, aproveitava algum feriado e aumentava alguns dias a mais e ia fazendo assim. E aí teve um dia que eu planejei tirar umas férias maiores. E aí todo mundo com medo, e agora? Como que a gente vai passar esse período de férias sem o Maurício aqui? Isso dá problema, isso acontecer não sei o quê, e aí até eu criei um botãozinho lá pro pessoal dentro do nosso sistema interno, que se o servidor travasse eles clicavam naquele botãozinho.

Aí, graças a Deus, não precisou usar o botãozinho nas minhas férias, mas era pra tentar dar um pouquinho mais de segurança do que poderia acontecer e como eles poderiam resolver sem a minha presença.

Mas aí também isso puxou muitas outras coisas de melhoria, de entender a criticidade de alguns processos e fazer com que a gente repensasse e buscasse outras melhorias. Até a questão de formação de time, pra não ter a dependência de uma única pessoa em uma área.

Então a gente também procura que, ainda existem muitas áreas dentro do Granatum que só tem uma pessoa, mas a ideia é que mesmo tendo hoje em dia, mesmo tendo uma única pessoa naquela área, existe uma outra pessoa que consegue assumir a posição daquela pessoa.

Então a gente tem uma troca de conhecimento entre áreas também que facilita e ajuda nesse suporte, pra um cobrir o tempo do outro.

Que até mesmo, um outro ponto, além das férias e da licença, são dias normais que acontece do tipo, a pessoa não acordar bem, a pessoa pegar algum resfriado, alguma coisa assim, uma virose e ficar um dois dias fora.

Também a gente sempre fala assim, a saúde em primeiro lugar. Não adianta a gente tá doente e a gente querer trabalhar doente ou a gente ter que trabalhar doente e não conseguir trabalhar bem, não conseguir fazer bem o nosso serviço.

Então é melhor que a pessoa consiga descansar, consiga descansar tranquila pra se recuperar melhor e aí sim tá bem fisicamente para poder trabalhar.

E aí isso também funciona assim bem tranquilo e bem suave pra todo mundo, sem sobrecarregar ninguém. E aí a gente consegue compartilhar e que todo mundo consiga tirar os seus dias de descanso, na paz sem se preocupar também.

Mariana Prado​​

Eu adoro essa história que o Maurício contou do botão de formatar ali, de resetar o sistema, de colocar o sistema de novo no ar. Eu tava aqui, eu vivi essa época, eu vivi essas férias do Maurício com muita atenção, porque eu sou do time de atendimento, relacionamento com cliente, não entendo nada de tecnologia.

E o Mau criou ali um botãozinho pra tudo desse errado, era pra clicar naquele botão e as coisas iam voltar a funcionar. E a gente ficava, meu Deus, que nada dê errado.

E sobre essa coisa dos times, hoje a gente tem um time de desenvolvimento mais robusto, o time comercial, o time de atendimento, o time de sucesso do cliente, o time de marketing, eles são times ali com uma pessoa ou duas pessoas no máximo, mas são todos times de relacionamento com cliente, de interface de relacionamento.

Então a gente consegue se mobilizar ali muito bem. Então quando o comercial sai de férias, CS fica entre CS e comercial, e assim por diante. A gente vai também criando essa dinâmica.

Para empresas que já tem processos organizados, então que consegue documentar muito bem os seus processos, que consegue ter essa organização quando alguém sai, vai ser muito mais fácil, mas para aquelas empresas que ainda não tem essas coisas organizadas, tá aí uma oportunidade, quando alguém sai, existe essa oportunidade de aprender aquele movimento, então, de você aprender a documentar, de você documentar antes ou de você vivenciar na prática e precisa desse olhar curioso, desse olhar de explorador para conseguir manter as coisas ali funcionando.

Então, sim, tem um mini pânico dentro dos lugares, aqui no Granatum não é diferente. A gente fala, meu Deus, o que vai acontecer agora?

Mas ao mesmo tempo, a gente tem essa capacidade de se reinventar e de se reorganizar pra que as coisas continuem dando certo, para que as coisas continuem acontecendo.

Se alguém do seu time vai sair de licença de férias ou vai precisar se ausentar por um tempo, respira, aproveita o momento, então, como uma oportunidade pro seu time crescer, aprender coisas novas, descobrir novas formas de colaborar.

Se você já passou por isso ou está prestes a passar, compartilhe esse episódio com seu time e bora viver esse momento com mais leveza.

Esse foi mais um Código Granatum. Obrigada por ouvir e até o próximo episódio.

Mariana Prado​​

Você está ouvindo Código Granatum. Conversas diretas sobre tecnologia, cultura e um caixa saudável,

Oi, eu sou a Mari Prado, do time de sucesso do cliente aqui no Granatum, e hoje estão aqui comigo o Flávio Logullo, um dos cofundadores e o Maurício Matsuda, nosso CTO.

Aqui no Código Granatum a gente já falou bastante sobre controle de horas, autonomia pra organizar o tempo e até licença paternidade, mas sempre que a gente fala sobre dar mais liberdade pra quem trabalha, fica no ar uma pergunta: como que a empresa continua funcionando quando alguém precisa se ausentar?

Eu vou pegar aqui o exemplo da licença paternidade. Pra quem não ouviu, no episódio dezessete, a gente contou que a licença paternidade aqui no Granatum ela é de três meses. E que em 2019, quando Maurício, nosso CTO e o Diego, que na época tava no time comercial, tiraram as suas licenças, pra surpresa de zero pessoas a operação continuou de pé, os bugs foram resolvidos, as melhorias saíram do forno, novos clientes chegaram, a roda ela continuou girando.

Então Floz e Mau, eu quero ouvir de vocês, como foi viver esse momento pela perspectiva da empresa? O que que aconteceu nos bastidores, quando alguém precisa ficar fora, seja por uma tarde, uma semana ou três meses? Como que o Granatum se organiza?

Flávio Logullo

Muito bom. Aconteceram várias coisas. E todas são positivas demais. Eu acho que tem muito a ver com o próprio propósito da estrutura, do jeito que a gente escolheu fazer um negócio, fazer uma empresa. A gente sempre tratou todas as pessoas e tudo que acontece aqui dentro como sendo uma fonte de sabedoria e conhecimento.

E, basicamente, o que acontece quando uma pessoa se ausenta é você colocar a prova tudo que tá construído. E entender, o que é uma empresa parar de pé? Uma empresa parar de pé, é você garantir que os seus processos, que o encadeamento da conexão entre as pessoas esteja de fato funcionando.

E o que acontece quando uma pessoa sai é que isso bagunça e é o caos. Porque uma empresa é isso, são seres humanos ali agindo juntos. E a gente tem essa falsa sensação de que tudo está organizado se a gente tiver um processo rolando. E aí você coloca a prova os seus processos quando essas pessoas saem ou quando você mexe nesses agentes que fazem parte de um processo.

Então, eu acho que tem 2 visões que são muito legais, assim, que eu observei, principalmente porque, importante dizer, eu vou falar, vou pegar o exemplo específico do Maurício, porque quando ele tirou a licença paternidade ele acumulava uma quantidade absurda de dias sem tirar férias. Assim, Maurício é essa pessoa que não gosta de tirar férias, muito embora a gente estimule demais e fique pressionando ele pra tirar férias, mas a gente já meio que tava acostumado com a presença do Maurício ali.

E o Maurício ele é o CTO do Granatum, e ele tá desde o dia zero quase da WebGoal, a empresa como um todo. Aqui o Maurício entrou na empresa tinha acho que seis meses e ele viveu a empresa junto, porque o Maurício trabalhava junto com a gente na empresa que deu origem, a WebGoal, onde a gente trabalhava lá.

E quando ele saiu, ele tinha muito conhecimento de todos os detalhes da operação. E o Maurício tem exatamente a forma de profissional que a gente idealmente tem que ter no no Granatum. O Maurício compartilha demais, o Maurício tenta trazer todo mundo pra entender partes, etapas do processo. O Maurício provoca outras pessoas para virem conhecer o que está acontecendo, não só no desenvolvimento, assim como em todas as áreas. Ele sempre tá transitando pelo atendimento, por vendas, pelo administrativo, pelo produto.

Então essas andanças do Maurício faz com que ele tenha essa visão mais holística da coisa e de entender que, se você não entender sobre determinada parte do produto, você não vai conseguir fazer um bom atendimento, você não vai conseguir melhorar o produto, você não vai conseguir fazer um bom código, que esse é o normal.

E quando ele sai, essa referência, essa tranquilizada que dá no time, coloca esse, de fato, esses processos à prova.

Então tem 2 coisas importantes que acontecem. Primeiro os indivíduos se desenvolveram, eles tem que se desenvolver. Então o Granatum tem uma estrutura muito enxuta, sempre teve e esse é o objetivo. Inclusive nós queremos ter a maior parte dos nossos processos acontecendo de forma que seja eficiente.

A gente costuma dizer que já falei isso várias vezes aqui durante o podcast, mas que a gente tem que fazer o pouco de coisa certa, que de fato se aproveita no final do dia dentro de um negócio. Aqui no nosso caso, a gente já citou o que os reports, que é aquele relatório que demonstrava pra gente que a gente precisava só escrever quatro linhas certas pra fazer um trabalho bem feito. Então aqui isso funciona pra tudo.

Então a gente tem esse lugar de você precisa se desenvolver a ponto de ter tranquilidade de criar parte do processo, contribuir com o processo para que ele flua, inclusive sem a sua presença. Para que você conecte as coisas, conecte os processos, os acontecimentos dentro do Granatum, pra que aconteça sem a sua presença. É assim que você consegue viver bem, é assim que você consegue tirar férias.

No caso específico do Maurício, a gente viu o Matheus aparecendo muito, ele se apropriou desse lugar. E porque não tinha escolha, porque o processo estava ali, ele precisava funcionar.

E uma coisa que eu gosto de dizer aqui no Granatum, é que é muito difícil você se esconder por muito tempo sem ser protagonista. A gente, você não precisa ser protagonista o tempo inteiro, mas o protagonismo, a liderança situacional que a gente gosta de dizer aqui, ela tem que aparecer. Porque cada indivíduo que compõe o quadro inteiro aqui do Granatum tem um super poder e contribuiu pra gente chegar aqui nesse lugar que a gente tá. Então você precisa protagonizar.

E no caso do Maurício foi o Matheus. E no caso do negócio, é o processo.

A gente viu que tinham falhas no processo, a gente teve que desenvolver o processo. Então eu vi que só aconteceram ganhos. Foi um pouco caótico no começo, porque é isso, somos humanos, mas no fim tudo funciona.

Maurício Matsuda

Como o Floz comentou, eu ainda tenho bastante dificuldade de tirar férias, mas naquele momento a gente estava numa formação de time. Então a minha filha nasceu em agosto de 2019, no final de 2018, mais ou menos, a gente estava começando a formar o time de desenvolvimento. Até então eu estava trabalhando sozinho na parte de desenvolvimento. E aí era um cenário que praticamente tudo de tecnologia dependia de mim. Por mais que o Floz seja de tecnologia, tem bastante conhecimento, era tudo centralizado em mim nessa parte de cuidar dos servidores, cuidar do sistema e tudo mais.

Mas então quando eu saí de licença, o Matheus, por exemplo, que que o Floz citou, ele tava seis meses na empresa. E aí 6 meses é um tempo razoável para entender como que as coisas funcionam, assim, uma visão geral de tudo, de um sistema que, na época tava acho que com uns 10 anos de sistema desenvolvido, então já tinha bastante coisa, bastante complexidade.

E como era uma licença paternidade, também era algo previsível. A gente fez um plano de estruturar melhor o conteúdo, sobre informações de como que cada parte do sistema funcionava, principalmente as partes mais complexas. E nas últimas semanas antes da licença eu fiz meio que um intensivo com o time de dev que tava trabalhando na época, passando tudo.

E aí o curioso também é que a minha filha resolveu nascer uma semana antes do planejado. Então ainda tinha mais uma semana de, entre aspas, um intensivão sobre o sistema e aí eu tive que sair, mas sair antes da licença, porque a minha filha tinha nascido.

Mas foi tranquilo assim, pra mim, não tive que atender a ligação durante a licença deles pedindo socorro, nada do tipo. Fiquei bem bem de boa assim, consegui aproveitar muito esse momento.

Acho que pro time de dev que ficou não foi tão tranquilo assim. Uma mudança bem impactante, algo novo que eles nunca tinham experimentado. E também era um time recém formado, então não tinha ninguém de tecnologia com muita experiência sobre o sistema, sobre os servidores e tudo mais.

Mas como o Floz comentou, o Matheus ele assumiu assim a liderança de tudo. Correu atrás, foi entender as principais partes do sistema, as coisas que estavam dando problema pra arrumar, pra melhorar e tudo.

Ainda era num cenário que a gente não tinha nem a IA pra ajudar pra ajudar no entendimento de falar pra IA, ó, lê esse código aqui, explica pra mim, tenta entender junto comigo o que que tá acontecendo, como que é esse código? Foi na unha mesmo que ele conseguiu abraçar isso daí e tocar muito bem tudo.

Até assim, uma percepção que eu tive depois que eu voltei da licença assim é a curva de evolução gigantesca que ele teve. Assim que eu senti a falta antes quando eu era sozinho, era de ter mais algum dev que tivesse mais conhecimento sobre a ferramenta pra gente conseguir discutir mais a fundo conteúdos técnicos.

E aí quando eu voltei de licença, eu vi uma curva de aprendizado muito grande. Do tipo, eu consegui discutir tecnicamente várias situações do que aconteceram e tal. E acho que isso foi muito benéfico pra todo mundo.

Foi estressante para ele? Foi. Foi puxado? Foi. Mas por outro lado ele conseguiu evoluir muito em pouco tempo, isso foi bem legal de ver.

Flávio Logullo

E ele mesmo disse, que ele falou assim, nossa aprendi nessa primeira semana que o Maurício ficou fora, que eu aprendi mais coisa do que os seis meses que eu tava aqui. Eu acho que existem formas e formas de você aprender.

Mas é natural que a gente, e principalmente em empresas mais tradicionais, a gente se acomode naquela posição ali, não consiga muito contribuir ou fazer essa movimentação lateral que eu falo muito aqui, que esse tipo de profissional que se apropria dos espaços que ele está vendo ao redor.

O que é se apropriar dos espaços? Aqui no Granatum você tem liberdade para ir para qualquer lugar. Você tem acesso a todos os dados, inclusive financeiros. Você tem acesso ao código, se você quiser. Você tem acesso basicamente a todos os lugares.

Então essa movimentação, ela é fundamental e faz com que a gente se coloque à prova e quem se apropria dessa liberdade se desenvolve muito. Então você sai, você se cria um profissional muito mais completo. Eu acho que esse foi o caso do Matheus.

Existiam os lugarzinhos mais, mais Maurício assim, então caía alguma coisa pra ver sobre sei lá, nota fiscal, emissão de nota fiscal. Emissão de nota fiscal é uma coisa que parece simples, no Granatum você vai lá, clica é em um botãozinho, verifica os dados da nota e emite. Por trás, quem já emitiu nota, é um processo super complexo.

Então essa parte super complexa, tornar isso simples, o todo o trabalho que o Granatum tem aqui, esse era um espacinho que era quase que exclusivo do Maurício. E quando ele sai, todo mundo tem que entrar nessa caverninha ali e entender.

Nossa, eu tinha medo de ver isso aqui e na verdade não precisa. Então eu acho que são muitos ganhos.

Claro que existem negócios que, pegando uma cozinha, por exemplo, eu vejo, eu gosto muito de assistir esses programas de culinária, tipo Pesadelo na Cozinha, Hells Kitchen, essas coisas assim, e eu entendo que existe quase que um consenso, seja lá fora do Brasil, aqui no Brasil, que é a dependência do indivíduo pra execução de tarefas dentro de uma empresa, que é coletiva.

Então se você precisa primeiro desbloquear essa visão. E a gente já tinha isso graças a Deus, desbloqueado, aqui dentro, de que todo mundo é muito importante dentro do Granatum. Então a gente nunca assumiu muito um desperdício humano.

E o que que é o desperdício humano? É você não usar todas as habilidades e as capacidades que você tem aqui dentro. E quando a gente tá num grupo igual esse grupo que a gente trabalha hoje, nesse time do Granatum, aqui é um grupo que já está há bastante tempo junto.

Então quase que a gente se acostuma quando um assunto aparece, a gente já olha pra determinada pessoa pra resolver isso. Isso é bom, mas isso é ruim. A gente cria uma referência dentro do time, mas ao mesmo tempo a gente evita que as pessoas, novas pessoas se desenvolvam naquele lugar, ou próximo daquele lugar.

E esse foi o fenômeno que aconteceu, eu achei muito interessante, esse ano inclusive, quando a gente passa a ser assumidamente uma operação remota, assíncrona, porque tudo é escrito, tudo é de certa forma documentado. E o que não tá no Basecamp é um grande hiato. Isso fica evidente.

Existe uma falha de comunicação, existe uma falha de processo. Porque o exemplo que eu ia dar ali da cozinha, é que nossa, o meu cozinheiro, meu chefe vai sair, que que eu faço? Essa é a dúvida ali dos negócios.

Então se você não tem as suas receitas, se você não tem os seus processos dentro da cozinha, realmente fica muito difícil, caótico, que você vai precisar desenhar. Em qualquer empresa é a mesma coisa.

Então a gente coloca muito em cheque quando as pessoas se movimentam aqui dentro do Granatum, nesse lugar de processo. Então será que a gente não tá faltando a gente melhorar um processo?

Será que a gente tem um processo que até hoje, a Mari cobra muito da gente falar também as coisas que não são bonitas. O Granatum não funciona de forma totalmente suave. Quando eu vou pra rua e faço o benchmark com os meus próprios amigos, eu vejo que a operação do Granatum ela é muito boa, mas tem muita coisa pra melhorar também.

Então existem lugares, existem processos que que já tão velhos, tão datados. Existem processos, não existe processo em alguns lugares. E a gente tem que ficar atento a todo esse momento.

E a ausência das pessoas, seja por férias, seja por licença paternidade nunca foi uma questão de me deixar assustado, porque licença paternidade, a gente esqueceu até de falar isso no no episódio da licença paternidade, as pessoas estão tendo menos filhos, em média, então você tem uma licença paternidade, uma licença maternidade uma vez na vida daquele profissional, então pô, a gente não ia ter o Maurício por seis meses ali durante uma vez.

Só isso não me assustava muito, então ter essa tranquilidade e ter essa consciência de que coisas vão acontecer dentro do seu negócio. Vou falar, coisas ruins, coisas diferentes vão acontecer e você precisar se movimentar.

Eu acho que é o grande ganho quando a gente tem essa mudança das pessoas, ou tem essa ausência de pessoas, ou tem essa mudança de posição das pessoas dentro da empresa. Tudo melhora.

Maurício Matsuda

Como a gente já comentou algumas vezes, nem tudo são flores. Até um caso também na parte da tecnologia que nesse período, antes dessa formação desse time de desenvolvimento, acho que eu fiquei uns três anos mais ou menos sozinho na parte de tecnologia, então eu cuidava dos servidores pra manter eles de pé, funcionando, cuidava de melhorar o sistema, correção de bugs, ajudar o suporte.

E aí naquela época eu ainda tinha mais dificuldade de sair de férias, porque tudo dependia de mim pra funcionar tecnicamente. E aí até teve uma vez que eu fui tirar umas férias maiores, porque quando eu tirava, daí eu tirava sei lá, no máximo quinze dias, mas era muito.

Mas geralmente era uma semana, aproveitava algum feriado e aumentava alguns dias a mais e ia fazendo assim. E aí teve um dia que eu planejei tirar umas férias maiores. E aí todo mundo com medo, e agora? Como que a gente vai passar esse período de férias sem o Maurício aqui? Isso dá problema, isso acontecer não sei o quê, e aí até eu criei um botãozinho lá pro pessoal dentro do nosso sistema interno, que se o servidor travasse eles clicavam naquele botãozinho.

Aí, graças a Deus, não precisou usar o botãozinho nas minhas férias, mas era pra tentar dar um pouquinho mais de segurança do que poderia acontecer e como eles poderiam resolver sem a minha presença.

Mas aí também isso puxou muitas outras coisas de melhoria, de entender a criticidade de alguns processos e fazer com que a gente repensasse e buscasse outras melhorias. Até a questão de formação de time, pra não ter a dependência de uma única pessoa em uma área.

Então a gente também procura que, ainda existem muitas áreas dentro do Granatum que só tem uma pessoa, mas a ideia é que mesmo tendo hoje em dia, mesmo tendo uma única pessoa naquela área, existe uma outra pessoa que consegue assumir a posição daquela pessoa.

Então a gente tem uma troca de conhecimento entre áreas também que facilita e ajuda nesse suporte, pra um cobrir o tempo do outro.

Que até mesmo, um outro ponto, além das férias e da licença, são dias normais que acontece do tipo, a pessoa não acordar bem, a pessoa pegar algum resfriado, alguma coisa assim, uma virose e ficar um dois dias fora.

Também a gente sempre fala assim, a saúde em primeiro lugar. Não adianta a gente tá doente e a gente querer trabalhar doente ou a gente ter que trabalhar doente e não conseguir trabalhar bem, não conseguir fazer bem o nosso serviço.

Então é melhor que a pessoa consiga descansar, consiga descansar tranquila pra se recuperar melhor e aí sim tá bem fisicamente para poder trabalhar.

E aí isso também funciona assim bem tranquilo e bem suave pra todo mundo, sem sobrecarregar ninguém. E aí a gente consegue compartilhar e que todo mundo consiga tirar os seus dias de descanso, na paz sem se preocupar também.

Mariana Prado​​

Eu adoro essa história que o Maurício contou do botão de formatar ali, de resetar o sistema, de colocar o sistema de novo no ar. Eu tava aqui, eu vivi essa época, eu vivi essas férias do Maurício com muita atenção, porque eu sou do time de atendimento, relacionamento com cliente, não entendo nada de tecnologia.

E o Mau criou ali um botãozinho pra tudo desse errado, era pra clicar naquele botão e as coisas iam voltar a funcionar. E a gente ficava, meu Deus, que nada dê errado.

E sobre essa coisa dos times, hoje a gente tem um time de desenvolvimento mais robusto, o time comercial, o time de atendimento, o time de sucesso do cliente, o time de marketing, eles são times ali com uma pessoa ou duas pessoas no máximo, mas são todos times de relacionamento com cliente, de interface de relacionamento.

Então a gente consegue se mobilizar ali muito bem. Então quando o comercial sai de férias, CS fica entre CS e comercial, e assim por diante. A gente vai também criando essa dinâmica.

Para empresas que já tem processos organizados, então que consegue documentar muito bem os seus processos, que consegue ter essa organização quando alguém sai, vai ser muito mais fácil, mas para aquelas empresas que ainda não tem essas coisas organizadas, tá aí uma oportunidade, quando alguém sai, existe essa oportunidade de aprender aquele movimento, então, de você aprender a documentar, de você documentar antes ou de você vivenciar na prática e precisa desse olhar curioso, desse olhar de explorador para conseguir manter as coisas ali funcionando.

Então, sim, tem um mini pânico dentro dos lugares, aqui no Granatum não é diferente. A gente fala, meu Deus, o que vai acontecer agora?

Mas ao mesmo tempo, a gente tem essa capacidade de se reinventar e de se reorganizar pra que as coisas continuem dando certo, para que as coisas continuem acontecendo.

Se alguém do seu time vai sair de licença de férias ou vai precisar se ausentar por um tempo, respira, aproveita o momento, então, como uma oportunidade pro seu time crescer, aprender coisas novas, descobrir novas formas de colaborar.

Se você já passou por isso ou está prestes a passar, compartilhe esse episódio com seu time e bora viver esse momento com mais leveza.

Esse foi mais um Código Granatum. Obrigada por ouvir e até o próximo episódio.

Mariana Prado​​

Você está ouvindo Código Granatum. Conversas diretas sobre tecnologia, cultura e um caixa saudável,

Oi, eu sou a Mari Prado, do time de sucesso do cliente aqui no Granatum, e hoje estão aqui comigo o Flávio Logullo, um dos cofundadores e o Maurício Matsuda, nosso CTO.

Aqui no Código Granatum a gente já falou bastante sobre controle de horas, autonomia pra organizar o tempo e até licença paternidade, mas sempre que a gente fala sobre dar mais liberdade pra quem trabalha, fica no ar uma pergunta: como que a empresa continua funcionando quando alguém precisa se ausentar?

Eu vou pegar aqui o exemplo da licença paternidade. Pra quem não ouviu, no episódio dezessete, a gente contou que a licença paternidade aqui no Granatum ela é de três meses. E que em 2019, quando Maurício, nosso CTO e o Diego, que na época tava no time comercial, tiraram as suas licenças, pra surpresa de zero pessoas a operação continuou de pé, os bugs foram resolvidos, as melhorias saíram do forno, novos clientes chegaram, a roda ela continuou girando.

Então Floz e Mau, eu quero ouvir de vocês, como foi viver esse momento pela perspectiva da empresa? O que que aconteceu nos bastidores, quando alguém precisa ficar fora, seja por uma tarde, uma semana ou três meses? Como que o Granatum se organiza?

Flávio Logullo

Muito bom. Aconteceram várias coisas. E todas são positivas demais. Eu acho que tem muito a ver com o próprio propósito da estrutura, do jeito que a gente escolheu fazer um negócio, fazer uma empresa. A gente sempre tratou todas as pessoas e tudo que acontece aqui dentro como sendo uma fonte de sabedoria e conhecimento.

E, basicamente, o que acontece quando uma pessoa se ausenta é você colocar a prova tudo que tá construído. E entender, o que é uma empresa parar de pé? Uma empresa parar de pé, é você garantir que os seus processos, que o encadeamento da conexão entre as pessoas esteja de fato funcionando.

E o que acontece quando uma pessoa sai é que isso bagunça e é o caos. Porque uma empresa é isso, são seres humanos ali agindo juntos. E a gente tem essa falsa sensação de que tudo está organizado se a gente tiver um processo rolando. E aí você coloca a prova os seus processos quando essas pessoas saem ou quando você mexe nesses agentes que fazem parte de um processo.

Então, eu acho que tem 2 visões que são muito legais, assim, que eu observei, principalmente porque, importante dizer, eu vou falar, vou pegar o exemplo específico do Maurício, porque quando ele tirou a licença paternidade ele acumulava uma quantidade absurda de dias sem tirar férias. Assim, Maurício é essa pessoa que não gosta de tirar férias, muito embora a gente estimule demais e fique pressionando ele pra tirar férias, mas a gente já meio que tava acostumado com a presença do Maurício ali.

E o Maurício ele é o CTO do Granatum, e ele tá desde o dia zero quase da WebGoal, a empresa como um todo. Aqui o Maurício entrou na empresa tinha acho que seis meses e ele viveu a empresa junto, porque o Maurício trabalhava junto com a gente na empresa que deu origem, a WebGoal, onde a gente trabalhava lá.

E quando ele saiu, ele tinha muito conhecimento de todos os detalhes da operação. E o Maurício tem exatamente a forma de profissional que a gente idealmente tem que ter no no Granatum. O Maurício compartilha demais, o Maurício tenta trazer todo mundo pra entender partes, etapas do processo. O Maurício provoca outras pessoas para virem conhecer o que está acontecendo, não só no desenvolvimento, assim como em todas as áreas. Ele sempre tá transitando pelo atendimento, por vendas, pelo administrativo, pelo produto.

Então essas andanças do Maurício faz com que ele tenha essa visão mais holística da coisa e de entender que, se você não entender sobre determinada parte do produto, você não vai conseguir fazer um bom atendimento, você não vai conseguir melhorar o produto, você não vai conseguir fazer um bom código, que esse é o normal.

E quando ele sai, essa referência, essa tranquilizada que dá no time, coloca esse, de fato, esses processos à prova.

Então tem 2 coisas importantes que acontecem. Primeiro os indivíduos se desenvolveram, eles tem que se desenvolver. Então o Granatum tem uma estrutura muito enxuta, sempre teve e esse é o objetivo. Inclusive nós queremos ter a maior parte dos nossos processos acontecendo de forma que seja eficiente.

A gente costuma dizer que já falei isso várias vezes aqui durante o podcast, mas que a gente tem que fazer o pouco de coisa certa, que de fato se aproveita no final do dia dentro de um negócio. Aqui no nosso caso, a gente já citou o que os reports, que é aquele relatório que demonstrava pra gente que a gente precisava só escrever quatro linhas certas pra fazer um trabalho bem feito. Então aqui isso funciona pra tudo.

Então a gente tem esse lugar de você precisa se desenvolver a ponto de ter tranquilidade de criar parte do processo, contribuir com o processo para que ele flua, inclusive sem a sua presença. Para que você conecte as coisas, conecte os processos, os acontecimentos dentro do Granatum, pra que aconteça sem a sua presença. É assim que você consegue viver bem, é assim que você consegue tirar férias.

No caso específico do Maurício, a gente viu o Matheus aparecendo muito, ele se apropriou desse lugar. E porque não tinha escolha, porque o processo estava ali, ele precisava funcionar.

E uma coisa que eu gosto de dizer aqui no Granatum, é que é muito difícil você se esconder por muito tempo sem ser protagonista. A gente, você não precisa ser protagonista o tempo inteiro, mas o protagonismo, a liderança situacional que a gente gosta de dizer aqui, ela tem que aparecer. Porque cada indivíduo que compõe o quadro inteiro aqui do Granatum tem um super poder e contribuiu pra gente chegar aqui nesse lugar que a gente tá. Então você precisa protagonizar.

E no caso do Maurício foi o Matheus. E no caso do negócio, é o processo.

A gente viu que tinham falhas no processo, a gente teve que desenvolver o processo. Então eu vi que só aconteceram ganhos. Foi um pouco caótico no começo, porque é isso, somos humanos, mas no fim tudo funciona.

Maurício Matsuda

Como o Floz comentou, eu ainda tenho bastante dificuldade de tirar férias, mas naquele momento a gente estava numa formação de time. Então a minha filha nasceu em agosto de 2019, no final de 2018, mais ou menos, a gente estava começando a formar o time de desenvolvimento. Até então eu estava trabalhando sozinho na parte de desenvolvimento. E aí era um cenário que praticamente tudo de tecnologia dependia de mim. Por mais que o Floz seja de tecnologia, tem bastante conhecimento, era tudo centralizado em mim nessa parte de cuidar dos servidores, cuidar do sistema e tudo mais.

Mas então quando eu saí de licença, o Matheus, por exemplo, que que o Floz citou, ele tava seis meses na empresa. E aí 6 meses é um tempo razoável para entender como que as coisas funcionam, assim, uma visão geral de tudo, de um sistema que, na época tava acho que com uns 10 anos de sistema desenvolvido, então já tinha bastante coisa, bastante complexidade.

E como era uma licença paternidade, também era algo previsível. A gente fez um plano de estruturar melhor o conteúdo, sobre informações de como que cada parte do sistema funcionava, principalmente as partes mais complexas. E nas últimas semanas antes da licença eu fiz meio que um intensivo com o time de dev que tava trabalhando na época, passando tudo.

E aí o curioso também é que a minha filha resolveu nascer uma semana antes do planejado. Então ainda tinha mais uma semana de, entre aspas, um intensivão sobre o sistema e aí eu tive que sair, mas sair antes da licença, porque a minha filha tinha nascido.

Mas foi tranquilo assim, pra mim, não tive que atender a ligação durante a licença deles pedindo socorro, nada do tipo. Fiquei bem bem de boa assim, consegui aproveitar muito esse momento.

Acho que pro time de dev que ficou não foi tão tranquilo assim. Uma mudança bem impactante, algo novo que eles nunca tinham experimentado. E também era um time recém formado, então não tinha ninguém de tecnologia com muita experiência sobre o sistema, sobre os servidores e tudo mais.

Mas como o Floz comentou, o Matheus ele assumiu assim a liderança de tudo. Correu atrás, foi entender as principais partes do sistema, as coisas que estavam dando problema pra arrumar, pra melhorar e tudo.

Ainda era num cenário que a gente não tinha nem a IA pra ajudar pra ajudar no entendimento de falar pra IA, ó, lê esse código aqui, explica pra mim, tenta entender junto comigo o que que tá acontecendo, como que é esse código? Foi na unha mesmo que ele conseguiu abraçar isso daí e tocar muito bem tudo.

Até assim, uma percepção que eu tive depois que eu voltei da licença assim é a curva de evolução gigantesca que ele teve. Assim que eu senti a falta antes quando eu era sozinho, era de ter mais algum dev que tivesse mais conhecimento sobre a ferramenta pra gente conseguir discutir mais a fundo conteúdos técnicos.

E aí quando eu voltei de licença, eu vi uma curva de aprendizado muito grande. Do tipo, eu consegui discutir tecnicamente várias situações do que aconteceram e tal. E acho que isso foi muito benéfico pra todo mundo.

Foi estressante para ele? Foi. Foi puxado? Foi. Mas por outro lado ele conseguiu evoluir muito em pouco tempo, isso foi bem legal de ver.

Flávio Logullo

E ele mesmo disse, que ele falou assim, nossa aprendi nessa primeira semana que o Maurício ficou fora, que eu aprendi mais coisa do que os seis meses que eu tava aqui. Eu acho que existem formas e formas de você aprender.

Mas é natural que a gente, e principalmente em empresas mais tradicionais, a gente se acomode naquela posição ali, não consiga muito contribuir ou fazer essa movimentação lateral que eu falo muito aqui, que esse tipo de profissional que se apropria dos espaços que ele está vendo ao redor.

O que é se apropriar dos espaços? Aqui no Granatum você tem liberdade para ir para qualquer lugar. Você tem acesso a todos os dados, inclusive financeiros. Você tem acesso ao código, se você quiser. Você tem acesso basicamente a todos os lugares.

Então essa movimentação, ela é fundamental e faz com que a gente se coloque à prova e quem se apropria dessa liberdade se desenvolve muito. Então você sai, você se cria um profissional muito mais completo. Eu acho que esse foi o caso do Matheus.

Existiam os lugarzinhos mais, mais Maurício assim, então caía alguma coisa pra ver sobre sei lá, nota fiscal, emissão de nota fiscal. Emissão de nota fiscal é uma coisa que parece simples, no Granatum você vai lá, clica é em um botãozinho, verifica os dados da nota e emite. Por trás, quem já emitiu nota, é um processo super complexo.

Então essa parte super complexa, tornar isso simples, o todo o trabalho que o Granatum tem aqui, esse era um espacinho que era quase que exclusivo do Maurício. E quando ele sai, todo mundo tem que entrar nessa caverninha ali e entender.

Nossa, eu tinha medo de ver isso aqui e na verdade não precisa. Então eu acho que são muitos ganhos.

Claro que existem negócios que, pegando uma cozinha, por exemplo, eu vejo, eu gosto muito de assistir esses programas de culinária, tipo Pesadelo na Cozinha, Hells Kitchen, essas coisas assim, e eu entendo que existe quase que um consenso, seja lá fora do Brasil, aqui no Brasil, que é a dependência do indivíduo pra execução de tarefas dentro de uma empresa, que é coletiva.

Então se você precisa primeiro desbloquear essa visão. E a gente já tinha isso graças a Deus, desbloqueado, aqui dentro, de que todo mundo é muito importante dentro do Granatum. Então a gente nunca assumiu muito um desperdício humano.

E o que que é o desperdício humano? É você não usar todas as habilidades e as capacidades que você tem aqui dentro. E quando a gente tá num grupo igual esse grupo que a gente trabalha hoje, nesse time do Granatum, aqui é um grupo que já está há bastante tempo junto.

Então quase que a gente se acostuma quando um assunto aparece, a gente já olha pra determinada pessoa pra resolver isso. Isso é bom, mas isso é ruim. A gente cria uma referência dentro do time, mas ao mesmo tempo a gente evita que as pessoas, novas pessoas se desenvolvam naquele lugar, ou próximo daquele lugar.

E esse foi o fenômeno que aconteceu, eu achei muito interessante, esse ano inclusive, quando a gente passa a ser assumidamente uma operação remota, assíncrona, porque tudo é escrito, tudo é de certa forma documentado. E o que não tá no Basecamp é um grande hiato. Isso fica evidente.

Existe uma falha de comunicação, existe uma falha de processo. Porque o exemplo que eu ia dar ali da cozinha, é que nossa, o meu cozinheiro, meu chefe vai sair, que que eu faço? Essa é a dúvida ali dos negócios.

Então se você não tem as suas receitas, se você não tem os seus processos dentro da cozinha, realmente fica muito difícil, caótico, que você vai precisar desenhar. Em qualquer empresa é a mesma coisa.

Então a gente coloca muito em cheque quando as pessoas se movimentam aqui dentro do Granatum, nesse lugar de processo. Então será que a gente não tá faltando a gente melhorar um processo?

Será que a gente tem um processo que até hoje, a Mari cobra muito da gente falar também as coisas que não são bonitas. O Granatum não funciona de forma totalmente suave. Quando eu vou pra rua e faço o benchmark com os meus próprios amigos, eu vejo que a operação do Granatum ela é muito boa, mas tem muita coisa pra melhorar também.

Então existem lugares, existem processos que que já tão velhos, tão datados. Existem processos, não existe processo em alguns lugares. E a gente tem que ficar atento a todo esse momento.

E a ausência das pessoas, seja por férias, seja por licença paternidade nunca foi uma questão de me deixar assustado, porque licença paternidade, a gente esqueceu até de falar isso no no episódio da licença paternidade, as pessoas estão tendo menos filhos, em média, então você tem uma licença paternidade, uma licença maternidade uma vez na vida daquele profissional, então pô, a gente não ia ter o Maurício por seis meses ali durante uma vez.

Só isso não me assustava muito, então ter essa tranquilidade e ter essa consciência de que coisas vão acontecer dentro do seu negócio. Vou falar, coisas ruins, coisas diferentes vão acontecer e você precisar se movimentar.

Eu acho que é o grande ganho quando a gente tem essa mudança das pessoas, ou tem essa ausência de pessoas, ou tem essa mudança de posição das pessoas dentro da empresa. Tudo melhora.

Maurício Matsuda

Como a gente já comentou algumas vezes, nem tudo são flores. Até um caso também na parte da tecnologia que nesse período, antes dessa formação desse time de desenvolvimento, acho que eu fiquei uns três anos mais ou menos sozinho na parte de tecnologia, então eu cuidava dos servidores pra manter eles de pé, funcionando, cuidava de melhorar o sistema, correção de bugs, ajudar o suporte.

E aí naquela época eu ainda tinha mais dificuldade de sair de férias, porque tudo dependia de mim pra funcionar tecnicamente. E aí até teve uma vez que eu fui tirar umas férias maiores, porque quando eu tirava, daí eu tirava sei lá, no máximo quinze dias, mas era muito.

Mas geralmente era uma semana, aproveitava algum feriado e aumentava alguns dias a mais e ia fazendo assim. E aí teve um dia que eu planejei tirar umas férias maiores. E aí todo mundo com medo, e agora? Como que a gente vai passar esse período de férias sem o Maurício aqui? Isso dá problema, isso acontecer não sei o quê, e aí até eu criei um botãozinho lá pro pessoal dentro do nosso sistema interno, que se o servidor travasse eles clicavam naquele botãozinho.

Aí, graças a Deus, não precisou usar o botãozinho nas minhas férias, mas era pra tentar dar um pouquinho mais de segurança do que poderia acontecer e como eles poderiam resolver sem a minha presença.

Mas aí também isso puxou muitas outras coisas de melhoria, de entender a criticidade de alguns processos e fazer com que a gente repensasse e buscasse outras melhorias. Até a questão de formação de time, pra não ter a dependência de uma única pessoa em uma área.

Então a gente também procura que, ainda existem muitas áreas dentro do Granatum que só tem uma pessoa, mas a ideia é que mesmo tendo hoje em dia, mesmo tendo uma única pessoa naquela área, existe uma outra pessoa que consegue assumir a posição daquela pessoa.

Então a gente tem uma troca de conhecimento entre áreas também que facilita e ajuda nesse suporte, pra um cobrir o tempo do outro.

Que até mesmo, um outro ponto, além das férias e da licença, são dias normais que acontece do tipo, a pessoa não acordar bem, a pessoa pegar algum resfriado, alguma coisa assim, uma virose e ficar um dois dias fora.

Também a gente sempre fala assim, a saúde em primeiro lugar. Não adianta a gente tá doente e a gente querer trabalhar doente ou a gente ter que trabalhar doente e não conseguir trabalhar bem, não conseguir fazer bem o nosso serviço.

Então é melhor que a pessoa consiga descansar, consiga descansar tranquila pra se recuperar melhor e aí sim tá bem fisicamente para poder trabalhar.

E aí isso também funciona assim bem tranquilo e bem suave pra todo mundo, sem sobrecarregar ninguém. E aí a gente consegue compartilhar e que todo mundo consiga tirar os seus dias de descanso, na paz sem se preocupar também.

Mariana Prado​​

Eu adoro essa história que o Maurício contou do botão de formatar ali, de resetar o sistema, de colocar o sistema de novo no ar. Eu tava aqui, eu vivi essa época, eu vivi essas férias do Maurício com muita atenção, porque eu sou do time de atendimento, relacionamento com cliente, não entendo nada de tecnologia.

E o Mau criou ali um botãozinho pra tudo desse errado, era pra clicar naquele botão e as coisas iam voltar a funcionar. E a gente ficava, meu Deus, que nada dê errado.

E sobre essa coisa dos times, hoje a gente tem um time de desenvolvimento mais robusto, o time comercial, o time de atendimento, o time de sucesso do cliente, o time de marketing, eles são times ali com uma pessoa ou duas pessoas no máximo, mas são todos times de relacionamento com cliente, de interface de relacionamento.

Então a gente consegue se mobilizar ali muito bem. Então quando o comercial sai de férias, CS fica entre CS e comercial, e assim por diante. A gente vai também criando essa dinâmica.

Para empresas que já tem processos organizados, então que consegue documentar muito bem os seus processos, que consegue ter essa organização quando alguém sai, vai ser muito mais fácil, mas para aquelas empresas que ainda não tem essas coisas organizadas, tá aí uma oportunidade, quando alguém sai, existe essa oportunidade de aprender aquele movimento, então, de você aprender a documentar, de você documentar antes ou de você vivenciar na prática e precisa desse olhar curioso, desse olhar de explorador para conseguir manter as coisas ali funcionando.

Então, sim, tem um mini pânico dentro dos lugares, aqui no Granatum não é diferente. A gente fala, meu Deus, o que vai acontecer agora?

Mas ao mesmo tempo, a gente tem essa capacidade de se reinventar e de se reorganizar pra que as coisas continuem dando certo, para que as coisas continuem acontecendo.

Se alguém do seu time vai sair de licença de férias ou vai precisar se ausentar por um tempo, respira, aproveita o momento, então, como uma oportunidade pro seu time crescer, aprender coisas novas, descobrir novas formas de colaborar.

Se você já passou por isso ou está prestes a passar, compartilhe esse episódio com seu time e bora viver esse momento com mais leveza.

Esse foi mais um Código Granatum. Obrigada por ouvir e até o próximo episódio.