GranatumCast | Temporada 2
Código Granatum | Temporada 1
Código Granatum | Temporada 1
#13
A rotina financeira que sustenta decisões
A rotina financeira que sustenta decisões
Temas Relacionados ao Episódio
Temas Relacionados ao Episódio
Rotina que vira cultura
Acompanhamento frequente (semanal e até mais) de DRE e fluxo de caixa como hábito que guia decisões — não um evento esporádico.
Da planilha ao sistema
O caos de várias pessoas “quebrando” a planilha no início e a evolução para o Granatum como fonte de verdade única.
Disciplina gera visão
Registrar e revisar com método cria percepção real do fluxo financeiro (o que entra, o que sai, o que reinvestir).
Contábil x Gerencial (visões complementares)
Contabilidade atende à conformidade; gestão financeira interna atende à decisão do dia a dia. Juntas, evitam erros graves.
Caso real: quase deu ruim
Divisão de lucros acima do devido foi detectada a tempo porque o financeiro gerencial apontou divergências — salvou o negócio.
Pessoas certas no lugar certo
Papéis claros (quem lança, quem confere, quem consolida) e rituais de alinhamento entre áreas/sócios sustentam a governança.
Transparência que fortalece
Finanças abertas ao time aumentam a qualidade das decisões e a chance de detectar desvios rapidamente.
Serve para pequeno também
“Sou muito pequeno para ter ferramenta” é mito. Quanto menor o caixa, maior a necessidade de controle e previsibilidade.
Granatum como painel do board
Relatórios (DRE, fluxo de caixa) centralizados orientam ciclos de revisão de investimento, despesas e eficiência.
Coragem para encarar os números
Não é tabu: é realidade para escolher melhor. Os dados contam a história; a disciplina permite agir.
Transcrição do Episódio
Mariana Prado
Você está ouvindo Código Granatum. Conversas diretas sobre tecnologia, cultura e um caixa saudável. Eu sou a Mari Prado do time de sucesso do cliente e aqui comigo estão o Flávio Logullo e o Matheus Haddad, dois dos cofundadores do Granatum. No episódio passado, a gente falou sobre como dados bem organizados são essenciais para tirar bom proveito da inteligência artificial, mas entre a organização das informações e os insights que a IA pode trazer, tem um passo fundamental que é acompanhar de perto os números da empresa.
Aqui no Granatum a gente vive isso na prática. A gente usa o próprio Granatum Financeiro pra cuidar das finanças do grupo WebGoal, e esse acompanhamento já influenciou decisões importantes que a gente já comentou aqui. Como separar as unidades de negócio e manter o time do Granatum enxuto? Então eu queria pedir pro Floz e pro Matheus contarem pra gente, como é a rotina deles de acompanhar as finanças das empresas do grupo.
Tem algum momento que vocês fazem isso juntos? E aí, quais são as informações que nunca saem do radar?
Flávio Logullo
Muito bom. Acho que vale dizer, Mari, que porque que o Granatum nasce. Culturalmente a WebGoal, nasceu muito desse lugar. Citando o episódio dos sócios, eu não tinha esse, apesar de já ter empreendido antes, eu não tinha essa prática de ficar acompanhando as finanças ou ter um controle muito afinado. Isso vem muito do Matheus, vem muito do Altieres, que eram pessoas super disciplinadas com as finanças. E isso vem se desenvolvendo desde antes da gente consolidar uma empresa, um negócio.
Então o Granatum, nasce muito desse lugar. Desde o dia zero, quando a gente tava fazendo ainda os planos de negócio, entendendo como é que o negócio ia acontecer, a gente já tinha uma planilha. A gente já tinha uma planilha para simular o que que é que viria a ser o nosso negócio. E todas as decisões antes da gente existir elas eram bastante pautadas também na análise desses números. Então o Granatum nasce desse lugar.
A gente tinha, sempre teve essa preocupação com o controle das finanças, porém ninguém queria de fato ficar focado nesse lugar ali então, no comecinho, quando éramos só nós cinco sócios, lá no começo, a gente alternava essa responsabilidade de manter a planilha atualizada e fazer ali o controle de tudo que entrava e saía por vários motivos.
Primeiro porque nós somos bootstrappers. Basicamente a gente não pegou dinheiro de fora, a gente não pegou empréstimo, não tem dinheiro que veio de fora pra gente administrar e crescer o nosso negócio. Tudo que a gente tem é o dinheiro que a gente colocou e o que a gente gerou de riqueza aqui dentro mesmo. Então todos os controles financeiros tinham que ser muito bem afinados. E tudo tinha que tá registrado pra gente entender quanto que a gente investiu ali no começo em infraestrutura, quanto que a gente tinha que investir em serviços.
E é, a gente tinha a famosa planilha. E essa planilha ela rodava na mão de cada um dos sócios, de tempos em tempos. Eu não lembro se era de mês em mês, de semana em semana, mas ela rodava E o Granatum nasce nesse lugar aí.
Porque quando você tem uma pessoa mexendo numa planilha já é difícil. Você, essa pessoa, quebra a planilha o tempo inteiro e quando a gente tinha cinco pessoas trabalhando nessa planilha era um desespero. A gente quebrava a fórmula e aí não sabia o que que tava certo, o que tava errado, então rapidamente a gente construiu o que viria a ser o Granatum no futuro.
Mas por que? Porque agora a gente tem, a gente dividiu pra conquistar. Então a gente tem as operações elas são tocadas por cada um de nós ali. Então no dia a dia, na rotina, a gente confia muito que cada um de nós tá olhando para o nosso Granatum. Então a escola, o Ateliê de Software, o robô, o Granatum, é observado. E aí eu tenho a minha rotina e eles têm as deles observado diariamente, ou semanalmente, ou de tempos em tempos ali, pra entender o que que tá acontecendo.
Mas absolutamente todas as decisões são tomadas a partir da análise e da observação dos nossos Granatuns. Nada a gente dá um salto no escuro. É sempre muito bem amparado pelos dados que a gente tem mantido ali. E a gente se encontra semanalmente. Não pra falar sobre finanças, mas para discutir sobre os negócios. O que é pra gente fundamental, que essas conversas são muito mais produtivas, as nossas decisões são muito mais assertivas, porque a gente tá consumindo o tempo inteiro os nossos Granatuns. A gente tá olhando individualmente e, quando tá acontecendo algum tipo de problema que a gente precisa resolver, a gente traz o Granatum pra mesa do board, para discutir sobre um determinado ponto ou outro.
Até mesmo há pouco tempo atrás, a gente tem esses ciclos de revisitar os nossos negócios e entender o que que é que tá eficiente, o que não tá eficiente, a gente olha pros nossos Granatuns e a partir dele, a gente toma as decisões de mudar um tipo de investimento ou ajustar um tipo de despesa que a gente tem.
Matheus Haddad
Eu fiquei lembrando aqui das histórias do começo da WebGoal, quando a gente começou a controlar as finanças. Acho que vale a pena destacar que naquela época ainda não tinha o Google Sheets ou a planilha na nuvem. Tinha só um lugar pra pôr o arquivo no servidor, mas cada um usava ele localmente. Então não dava nem pra gente contribuir ou colaborar na mesma planilha, por isso que dava muita confusão, porque eram outras outras épocas né? Enfim.
Mas eu acho que, lembrando agora neste começo, fica fácil de perceber que a gente consegue dividir um pouco essa atuação dentro de uma empresa em duas grandes partes. A parte onde a gente tem que lidar com os recursos que a empresa tem. Então os recursos financeiros, é um tipo desses recursos, além dos materiais, do estoque, ou dos equipamentos que você tem. E tem a parte de conseguir trabalhar com as pessoas, de fazer o trabalho, ser coordenado entre as pessoas. E são duas grandes áreas do que a gente chama gestão.
Então quando eu vou fazer a gestão dos recursos, eu preciso ser extremamente disciplinado e fazer da forma mais eficiente, mais eficaz possível, porque eu não quero ter desperdício de recurso, não quero desperdiçar dinheiro, eu quero aproveitar cada centavo da melhor maneira possível para que o meu negócio possa usufruir daquilo e crescer e prosperar.
E aí, um controle rígido ou um controle disciplinado é importante por conta disso. Não só pelo controle em si, mas pela visibilidade que aquilo traz. Porque ao acompanhar de perto, ao controlar de forma disciplinada, você acaba compreendendo a dinâmica financeira do seu negócio. Eu acho que isso é o principal.
Então, lá no começo, quando a gente começou a controlar as despesas que a gente tinha, as receitas que entravam, os pagamentos que a gente tinha que fazer de salários e tudo mais, começou a criar dentro da gente uma percepção a respeito do fluxo financeiro dentro da WebGoal. Como é que o dinheiro entrava, como é que o dinheiro saía e o que ficava para poder ser reinvestido.
Essa percepção que você ganha, essa mentalidade a respeito desse fluxo financeiro, ele só aparece quando você controla de forma disciplinada as finanças, porque senão você não tem noção de como é que o dinheiro roda na sua organização. Então acho que esse é um ponto crucial.
Outro ponto muito importante que eu fiquei me lembrando aqui, Flávio, foi que a gente sempre teve pessoas dedicadas a esse papel bastante específico de controlar as finanças ou de acompanhar de perto o dinheiro. No começo da WebGoal, era eu, o Altieres, porque tínhamos essas habilidades e optamos por fazer isso. Mas com o passar dos anos e o negócio crescendo, a gente teve a sorte de contar com pessoas como o Alexandre no Granatum, a Simone no Ateliê de Software, e o Michel lá na escola Lumiar, que são pessoas que olham, trabalham com o Granatum aberto o dia todo. Então elas conseguem fazer todos os lançamentos, conseguem acompanhar os resultados financeiros semana a semana, mês a mês e conseguem nos respaldar, enquanto sócios, de como as coisas estão andando.
Então sempre que eu posso, que eu preciso, eu pergunto pra Simone. Simone, como é que tá nosso DRE? Simone, temos dinheiro para investir esse mês? Simone, como podemos pagar esse tipo de material ou fazer essa contratação? E aí a Simone, como é a pessoa envolvida hoje mais de perto nisso, ela me passa essas informações já consolidadas.
Nas reuniões com sócios, a gente combina isso tudo né. O Flávio traz o que ele consolidou com o Alexandre, e o Jefferson traz o que ele consolidou com o Michel, e eu levo o que eu consolei com a Simone. Para que a gente possa ter rapidamente uma percepção mais apurada da situação que temos e do que devemos decidir, que vai ser de impacto a nível do negócio.
Então hoje a gente tem essa estrutura, mas vale lembrar que ela nasceu lá de trás da planilha né? Então hoje eu consigo pedir pra Simone e perguntar pro Flávio, pro Flávio falar com o Alexandre, ou eu mesmo consultar o Granatum que a Simone alimenta, pra tomar uma decisão, porque eu entendo o fluxo financeiro dentro dos negócios, e aí fica melhor de conversar, de discutir e de tomar decisões.
Flávio Logullo
É importante dizer que foi desde o começo do começo. E aí eu vou falar, compartilhar aqui uma situação crítica. Porque é comum, até hoje, eu converso ali com a Thayse, até com a Mari mesmo, com as meninas do atendimento, a pessoa que faz o teste grátis, do Granatum Empresarial, apesar da gente ter um Granatum Pessoal, que é gratuito e muitas empresas usarem ele ali também pra começar, mas é comum no começo do negócio a autoavaliação do empreendedor ali, do tipo, não mas eu sou muito pequeno, tô muito no começo ainda pra ter uma ferramenta como essa.
A gente tem uma história emblemática aqui no Granatum, porque quando ali em 2008 a gente nasce, e hoje ainda é uma grande realidade, muitos empreendedores eles tem como principal suporte o contador, a contabilidade, escritório de contabilidade, o que é ótimo porque existe uma visão contábil, que é super importante, pode ser super estratégica para o seu negócio. Mas a gestão financeira do dia a dia, ela tem que ser feita a partir de uma observação interna, da rotina do dia a dia do seu caixa, do que tá girando, de como tá entrando, e o tipo de conhecimento que você gera, que a gente gera aqui dentro do nosso negócio, é totalmente diferente do tipo de conhecimento que é gerado na contabilidade.
Então, a contabilidade tem um tipo de plano de contas, que é um esquema de classificação, que é muito voltado para uma prestação de contas fiscal, legal, nesse aspecto de prestação de contas pro governo, é o melhor lugar, é a melhor classificação. Então, dependendo do regime tributário, depende como você vai se classificar, então isso pode ser bastante estratégico, mas para gestão do dia a dia, isso não é tão eficiente.
Porque existem nuances dentro do negócio que pouco importam para contabilidade e pro negócio pode ser super importante, como um tipo de despesa, um tipo de gasto que você tem para um determinado projeto, para um determinado produto. E essas visões são complementares e elas não se substituem.
E, um caso, uma história, um causo no comecinho da WebGoal, que a gente tem um modelo de gestão bastante diferente em alguns negócios, a gente faz inclusive, a divisão trimestral de lucro, em outros semestral, em outros anual, mas lá no começo, era tudo uma coisa só e a gente fazia a divisão de lucros trimestrais.
E a gente se apoiava bastante, apesar dessa visão complementar, a gente ainda não tinha muito essa clareza de que as visões se complementam e a gente confiava bastante na visão contábil para fazer, por exemplo, a divisão de lucros entre o PLR dos profissionais e a divisão de lucro dos funcionários.
E a gente cometeu, nós experientes como somos, a gente cometeu um erro clássico que se a gente não tivesse olhando com atenção para o financeiro, para o nosso Granatum que ali tava começando a existir, o nosso próprio Granatum, a gente tinha literalmente falido, quebrado.
Porque a gente, a prestação de contas que a gente passava para a contabilidade, não condizia com os gastos que de fato estavam acontecendo na nossa operação. E a gente chegou a fazer divisões de lucro maiores do que elas deveriam, porque sobre o ponto de vista da contabilidade, era esse tipo de divisão que deveria acontecer.
E a gente durante três ciclos ou quatro ciclos, a gente fez uma divisão de lucros duplicada. Então a gente dividiu mais lucro do que a gente de fato tinha, e aí num momento específico, eu me lembro até que, acho que foi o Alexandre, até o Alexandre já tava por aqui, ele olhou e falou gente tem alguma coisa errada aqui, porque o nosso Granatum está demonstrando uma coisa e a contabilidade tá passando outro número pra gente e a conta não vai fechar.
E a gente antecipou esse problema. E a gente tava muito no início do negócio. Então, pra quem diz ou pra quem pensa que não é necessário ter uma ferramenta ou acompanhamento porque é muito pequeno, muito pelo contrário gente, vocês precisam olhar igual a gente fez e com muita seriedade para o que tá acontecendo dentro do financeiro do seu negócio, para evitar problemas gravíssimos. Hoje a gente não estaria contando essa história aqui se a gente não tivesse levado tão a sério esse aspecto da gestão.
Porque é comum a gente priorizar outros aspectos da gestão, então parece que o financeiro nunca é urgente e nós somos a prova viva de que se o financeiro não fosse a nossa urgência hoje a gente não estaria aqui contando história e compartilhando esse conhecimento.
Então, o que eu gostaria de dizer é que a gente, não eu não gosto nunca de prescrever alguma coisa, então nós temos o nosso modelo de fazer análise e eu posso dizer, eu olho pra dois relatórios pelo menos duas ou três vezes semanalmente. É engraçado que eu fui conversar com um fundo de investimento esses tempos e ele começou a fazer perguntas sobre a DRE e eu tinha na cabeça, porque eu olho isso o tempo inteiro. Ele falou assim: nossa você olha a DRE assim? Eu falei sim, porque o Granatum tem a DRE e eu costumo acompanhar isso semanalmente, mais de uma vez por semana. Mas por que? Aí eu falei: porque não? Isso já tá tão instaurado dentro da nossa cultura assim, que pra mim não faz sentido nenhum. Então olhar com seriedade para buscar respostas, para fluxo de caixa e DRE, no meu entendimento é mandatório, independente se você começou o negócio hoje ou se você tem, já tem um negócio centenário.
Porque é isso que vai responder e vai tirar você desse lugar de não priorizar as finanças e entender o quão prioritário elas devem ser aí pro seu negócio.
Matheus Haddad
Você contando essa história aí, até senti a gastrite aqui, ó, daquela época. Realmente foi no último minuto que a gente descobriu isso e foi importante, senão a gente não estaria aqui com certeza ou estaríamos em uma situação muito diferente hoje.
Mas eu fiquei lembrando também que um outro aspecto que nos ajudou muito, pelo menos dentro dos nossos negócios, é que a gente tem as finanças abertas com as pessoas que trabalham com a gente. Então as pessoas dentro do Ateliê de Software, do Granatum, da escola, podem ter acesso a tudo que está acontecendo financeiramente com a empresa. Então elas têm o seu acesso ao Granatum, podem consultar, podem avaliar. No Ateliê de Software, a gente faz apresentações a respeito dos resultados financeiros que a gente tem a cada trimestre, para que todos acompanhem de perto, entendam o que que tá acontecendo financeiramente com o negócio. Isso aumenta as chances de alguém perceber algum desvio, alguma coisa que não está bem controlada ou uma maneira melhor de fazer a gestão financeira do nosso negócio.
E essa visão compartilhada traz um pouco mais de segurança pra que a gente possa evitar erros, como esse que o Flávio contou que a gente cometeu lá no início dos nossos negócios, e que agora são mais difíceis de se repetirem.
Por que além do controle melhor, tem mais gente olhando. Quando tem mais gente olhando, fica inclusive mais difícil de o erro persistir por muito tempo, porque as pessoas podem questionar números, podem questionar valores e aí isso indaga toda a equipe a buscar uma resposta, e aí a gente acaba descobrindo maneiras diferentes de se fazer a gestão financeira.
Então acho que esse aspecto, Flávio, eu queria só trazer aqui pra gente finalizar esse episódio, é muito importante no meu ponto de vista porque traz essa segurança para o negócio, ao mesmo tempo que traz a informação para as pessoas que estão executando o trabalho e que são responsáveis no dia a dia, na operação, pelo consumo desses recursos financeiros e também pela geração de novos recursos financeiros, através das receitas que a gente acaba recebendo a partir dos produtos e dos serviços que a gente tem.
Então dar essa consciência para quem executa o trabalho é fundamental para que o trabalho possa ser executado da melhor forma, sendo de maneira mais produtiva, sendo de maneira que aumente as receitas do negócio. Então acho que esse ponto também é importante. Eu queria só complementar aqui pra vocês, pra gente não perder esse ponto.
Mariana Prado
Muito bom, gente. Quando a gente fala que gestão financeira é fácil a gente pensar só em planilha, gráfico ou relatório né? Mas o que eu achei mais legal desse papo foi perceber que como acompanhar de perto o financeiro, gera um conhecimento sobre o negócio. Então a gente sempre fala como se o financeiro fosse algo à parte ali da empresa, mas que quando a gente tem esse acompanhamento próximo a gente vai aprendendo mais sobre o funcionamento do nosso negócio. E aí ter uma ferramenta que apoie e tenha pessoas que cuidam disso no processo e no dia a dia, vai ajudar a transformar esses números numa linguagem comum que todo mundo consegue entender e que ajuda todo mundo a entender onde que o negócio tá e pra onde ele tá indo né? Então gera um conhecimento coletivo também. Então não é muito sobre fazer conta, mas é sobre fazer escolhas com base em informações reais. E aí o mais legal é ter coragem de enxergar o que que tá ali posto nesses números. Então acho que você precisa ter uma dose de coragem também para conseguir acompanhar o seu financeiro e encarar a realidade que ele mostra, como vocês fizeram aí lá no comecinho, de encarar que tava fazendo um cálculo errado e uma distribuição ali equivocada naquele momento. Faz parte do jogo.
Se você também acredita que as finanças não devem ser um tabu dentro da sua empresa, compartilhe esse episódio com quem toma as decisões junto com você. Esse foi mais um Código Granatum. Obrigada por ouvir e até a próxima.
Mariana Prado
Você está ouvindo Código Granatum. Conversas diretas sobre tecnologia, cultura e um caixa saudável. Eu sou a Mari Prado do time de sucesso do cliente e aqui comigo estão o Flávio Logullo e o Matheus Haddad, dois dos cofundadores do Granatum. No episódio passado, a gente falou sobre como dados bem organizados são essenciais para tirar bom proveito da inteligência artificial, mas entre a organização das informações e os insights que a IA pode trazer, tem um passo fundamental que é acompanhar de perto os números da empresa.
Aqui no Granatum a gente vive isso na prática. A gente usa o próprio Granatum Financeiro pra cuidar das finanças do grupo WebGoal, e esse acompanhamento já influenciou decisões importantes que a gente já comentou aqui. Como separar as unidades de negócio e manter o time do Granatum enxuto? Então eu queria pedir pro Floz e pro Matheus contarem pra gente, como é a rotina deles de acompanhar as finanças das empresas do grupo.
Tem algum momento que vocês fazem isso juntos? E aí, quais são as informações que nunca saem do radar?
Flávio Logullo
Muito bom. Acho que vale dizer, Mari, que porque que o Granatum nasce. Culturalmente a WebGoal, nasceu muito desse lugar. Citando o episódio dos sócios, eu não tinha esse, apesar de já ter empreendido antes, eu não tinha essa prática de ficar acompanhando as finanças ou ter um controle muito afinado. Isso vem muito do Matheus, vem muito do Altieres, que eram pessoas super disciplinadas com as finanças. E isso vem se desenvolvendo desde antes da gente consolidar uma empresa, um negócio.
Então o Granatum, nasce muito desse lugar. Desde o dia zero, quando a gente tava fazendo ainda os planos de negócio, entendendo como é que o negócio ia acontecer, a gente já tinha uma planilha. A gente já tinha uma planilha para simular o que que é que viria a ser o nosso negócio. E todas as decisões antes da gente existir elas eram bastante pautadas também na análise desses números. Então o Granatum nasce desse lugar.
A gente tinha, sempre teve essa preocupação com o controle das finanças, porém ninguém queria de fato ficar focado nesse lugar ali então, no comecinho, quando éramos só nós cinco sócios, lá no começo, a gente alternava essa responsabilidade de manter a planilha atualizada e fazer ali o controle de tudo que entrava e saía por vários motivos.
Primeiro porque nós somos bootstrappers. Basicamente a gente não pegou dinheiro de fora, a gente não pegou empréstimo, não tem dinheiro que veio de fora pra gente administrar e crescer o nosso negócio. Tudo que a gente tem é o dinheiro que a gente colocou e o que a gente gerou de riqueza aqui dentro mesmo. Então todos os controles financeiros tinham que ser muito bem afinados. E tudo tinha que tá registrado pra gente entender quanto que a gente investiu ali no começo em infraestrutura, quanto que a gente tinha que investir em serviços.
E é, a gente tinha a famosa planilha. E essa planilha ela rodava na mão de cada um dos sócios, de tempos em tempos. Eu não lembro se era de mês em mês, de semana em semana, mas ela rodava E o Granatum nasce nesse lugar aí.
Porque quando você tem uma pessoa mexendo numa planilha já é difícil. Você, essa pessoa, quebra a planilha o tempo inteiro e quando a gente tinha cinco pessoas trabalhando nessa planilha era um desespero. A gente quebrava a fórmula e aí não sabia o que que tava certo, o que tava errado, então rapidamente a gente construiu o que viria a ser o Granatum no futuro.
Mas por que? Porque agora a gente tem, a gente dividiu pra conquistar. Então a gente tem as operações elas são tocadas por cada um de nós ali. Então no dia a dia, na rotina, a gente confia muito que cada um de nós tá olhando para o nosso Granatum. Então a escola, o Ateliê de Software, o robô, o Granatum, é observado. E aí eu tenho a minha rotina e eles têm as deles observado diariamente, ou semanalmente, ou de tempos em tempos ali, pra entender o que que tá acontecendo.
Mas absolutamente todas as decisões são tomadas a partir da análise e da observação dos nossos Granatuns. Nada a gente dá um salto no escuro. É sempre muito bem amparado pelos dados que a gente tem mantido ali. E a gente se encontra semanalmente. Não pra falar sobre finanças, mas para discutir sobre os negócios. O que é pra gente fundamental, que essas conversas são muito mais produtivas, as nossas decisões são muito mais assertivas, porque a gente tá consumindo o tempo inteiro os nossos Granatuns. A gente tá olhando individualmente e, quando tá acontecendo algum tipo de problema que a gente precisa resolver, a gente traz o Granatum pra mesa do board, para discutir sobre um determinado ponto ou outro.
Até mesmo há pouco tempo atrás, a gente tem esses ciclos de revisitar os nossos negócios e entender o que que é que tá eficiente, o que não tá eficiente, a gente olha pros nossos Granatuns e a partir dele, a gente toma as decisões de mudar um tipo de investimento ou ajustar um tipo de despesa que a gente tem.
Matheus Haddad
Eu fiquei lembrando aqui das histórias do começo da WebGoal, quando a gente começou a controlar as finanças. Acho que vale a pena destacar que naquela época ainda não tinha o Google Sheets ou a planilha na nuvem. Tinha só um lugar pra pôr o arquivo no servidor, mas cada um usava ele localmente. Então não dava nem pra gente contribuir ou colaborar na mesma planilha, por isso que dava muita confusão, porque eram outras outras épocas né? Enfim.
Mas eu acho que, lembrando agora neste começo, fica fácil de perceber que a gente consegue dividir um pouco essa atuação dentro de uma empresa em duas grandes partes. A parte onde a gente tem que lidar com os recursos que a empresa tem. Então os recursos financeiros, é um tipo desses recursos, além dos materiais, do estoque, ou dos equipamentos que você tem. E tem a parte de conseguir trabalhar com as pessoas, de fazer o trabalho, ser coordenado entre as pessoas. E são duas grandes áreas do que a gente chama gestão.
Então quando eu vou fazer a gestão dos recursos, eu preciso ser extremamente disciplinado e fazer da forma mais eficiente, mais eficaz possível, porque eu não quero ter desperdício de recurso, não quero desperdiçar dinheiro, eu quero aproveitar cada centavo da melhor maneira possível para que o meu negócio possa usufruir daquilo e crescer e prosperar.
E aí, um controle rígido ou um controle disciplinado é importante por conta disso. Não só pelo controle em si, mas pela visibilidade que aquilo traz. Porque ao acompanhar de perto, ao controlar de forma disciplinada, você acaba compreendendo a dinâmica financeira do seu negócio. Eu acho que isso é o principal.
Então, lá no começo, quando a gente começou a controlar as despesas que a gente tinha, as receitas que entravam, os pagamentos que a gente tinha que fazer de salários e tudo mais, começou a criar dentro da gente uma percepção a respeito do fluxo financeiro dentro da WebGoal. Como é que o dinheiro entrava, como é que o dinheiro saía e o que ficava para poder ser reinvestido.
Essa percepção que você ganha, essa mentalidade a respeito desse fluxo financeiro, ele só aparece quando você controla de forma disciplinada as finanças, porque senão você não tem noção de como é que o dinheiro roda na sua organização. Então acho que esse é um ponto crucial.
Outro ponto muito importante que eu fiquei me lembrando aqui, Flávio, foi que a gente sempre teve pessoas dedicadas a esse papel bastante específico de controlar as finanças ou de acompanhar de perto o dinheiro. No começo da WebGoal, era eu, o Altieres, porque tínhamos essas habilidades e optamos por fazer isso. Mas com o passar dos anos e o negócio crescendo, a gente teve a sorte de contar com pessoas como o Alexandre no Granatum, a Simone no Ateliê de Software, e o Michel lá na escola Lumiar, que são pessoas que olham, trabalham com o Granatum aberto o dia todo. Então elas conseguem fazer todos os lançamentos, conseguem acompanhar os resultados financeiros semana a semana, mês a mês e conseguem nos respaldar, enquanto sócios, de como as coisas estão andando.
Então sempre que eu posso, que eu preciso, eu pergunto pra Simone. Simone, como é que tá nosso DRE? Simone, temos dinheiro para investir esse mês? Simone, como podemos pagar esse tipo de material ou fazer essa contratação? E aí a Simone, como é a pessoa envolvida hoje mais de perto nisso, ela me passa essas informações já consolidadas.
Nas reuniões com sócios, a gente combina isso tudo né. O Flávio traz o que ele consolidou com o Alexandre, e o Jefferson traz o que ele consolidou com o Michel, e eu levo o que eu consolei com a Simone. Para que a gente possa ter rapidamente uma percepção mais apurada da situação que temos e do que devemos decidir, que vai ser de impacto a nível do negócio.
Então hoje a gente tem essa estrutura, mas vale lembrar que ela nasceu lá de trás da planilha né? Então hoje eu consigo pedir pra Simone e perguntar pro Flávio, pro Flávio falar com o Alexandre, ou eu mesmo consultar o Granatum que a Simone alimenta, pra tomar uma decisão, porque eu entendo o fluxo financeiro dentro dos negócios, e aí fica melhor de conversar, de discutir e de tomar decisões.
Flávio Logullo
É importante dizer que foi desde o começo do começo. E aí eu vou falar, compartilhar aqui uma situação crítica. Porque é comum, até hoje, eu converso ali com a Thayse, até com a Mari mesmo, com as meninas do atendimento, a pessoa que faz o teste grátis, do Granatum Empresarial, apesar da gente ter um Granatum Pessoal, que é gratuito e muitas empresas usarem ele ali também pra começar, mas é comum no começo do negócio a autoavaliação do empreendedor ali, do tipo, não mas eu sou muito pequeno, tô muito no começo ainda pra ter uma ferramenta como essa.
A gente tem uma história emblemática aqui no Granatum, porque quando ali em 2008 a gente nasce, e hoje ainda é uma grande realidade, muitos empreendedores eles tem como principal suporte o contador, a contabilidade, escritório de contabilidade, o que é ótimo porque existe uma visão contábil, que é super importante, pode ser super estratégica para o seu negócio. Mas a gestão financeira do dia a dia, ela tem que ser feita a partir de uma observação interna, da rotina do dia a dia do seu caixa, do que tá girando, de como tá entrando, e o tipo de conhecimento que você gera, que a gente gera aqui dentro do nosso negócio, é totalmente diferente do tipo de conhecimento que é gerado na contabilidade.
Então, a contabilidade tem um tipo de plano de contas, que é um esquema de classificação, que é muito voltado para uma prestação de contas fiscal, legal, nesse aspecto de prestação de contas pro governo, é o melhor lugar, é a melhor classificação. Então, dependendo do regime tributário, depende como você vai se classificar, então isso pode ser bastante estratégico, mas para gestão do dia a dia, isso não é tão eficiente.
Porque existem nuances dentro do negócio que pouco importam para contabilidade e pro negócio pode ser super importante, como um tipo de despesa, um tipo de gasto que você tem para um determinado projeto, para um determinado produto. E essas visões são complementares e elas não se substituem.
E, um caso, uma história, um causo no comecinho da WebGoal, que a gente tem um modelo de gestão bastante diferente em alguns negócios, a gente faz inclusive, a divisão trimestral de lucro, em outros semestral, em outros anual, mas lá no começo, era tudo uma coisa só e a gente fazia a divisão de lucros trimestrais.
E a gente se apoiava bastante, apesar dessa visão complementar, a gente ainda não tinha muito essa clareza de que as visões se complementam e a gente confiava bastante na visão contábil para fazer, por exemplo, a divisão de lucros entre o PLR dos profissionais e a divisão de lucro dos funcionários.
E a gente cometeu, nós experientes como somos, a gente cometeu um erro clássico que se a gente não tivesse olhando com atenção para o financeiro, para o nosso Granatum que ali tava começando a existir, o nosso próprio Granatum, a gente tinha literalmente falido, quebrado.
Porque a gente, a prestação de contas que a gente passava para a contabilidade, não condizia com os gastos que de fato estavam acontecendo na nossa operação. E a gente chegou a fazer divisões de lucro maiores do que elas deveriam, porque sobre o ponto de vista da contabilidade, era esse tipo de divisão que deveria acontecer.
E a gente durante três ciclos ou quatro ciclos, a gente fez uma divisão de lucros duplicada. Então a gente dividiu mais lucro do que a gente de fato tinha, e aí num momento específico, eu me lembro até que, acho que foi o Alexandre, até o Alexandre já tava por aqui, ele olhou e falou gente tem alguma coisa errada aqui, porque o nosso Granatum está demonstrando uma coisa e a contabilidade tá passando outro número pra gente e a conta não vai fechar.
E a gente antecipou esse problema. E a gente tava muito no início do negócio. Então, pra quem diz ou pra quem pensa que não é necessário ter uma ferramenta ou acompanhamento porque é muito pequeno, muito pelo contrário gente, vocês precisam olhar igual a gente fez e com muita seriedade para o que tá acontecendo dentro do financeiro do seu negócio, para evitar problemas gravíssimos. Hoje a gente não estaria contando essa história aqui se a gente não tivesse levado tão a sério esse aspecto da gestão.
Porque é comum a gente priorizar outros aspectos da gestão, então parece que o financeiro nunca é urgente e nós somos a prova viva de que se o financeiro não fosse a nossa urgência hoje a gente não estaria aqui contando história e compartilhando esse conhecimento.
Então, o que eu gostaria de dizer é que a gente, não eu não gosto nunca de prescrever alguma coisa, então nós temos o nosso modelo de fazer análise e eu posso dizer, eu olho pra dois relatórios pelo menos duas ou três vezes semanalmente. É engraçado que eu fui conversar com um fundo de investimento esses tempos e ele começou a fazer perguntas sobre a DRE e eu tinha na cabeça, porque eu olho isso o tempo inteiro. Ele falou assim: nossa você olha a DRE assim? Eu falei sim, porque o Granatum tem a DRE e eu costumo acompanhar isso semanalmente, mais de uma vez por semana. Mas por que? Aí eu falei: porque não? Isso já tá tão instaurado dentro da nossa cultura assim, que pra mim não faz sentido nenhum. Então olhar com seriedade para buscar respostas, para fluxo de caixa e DRE, no meu entendimento é mandatório, independente se você começou o negócio hoje ou se você tem, já tem um negócio centenário.
Porque é isso que vai responder e vai tirar você desse lugar de não priorizar as finanças e entender o quão prioritário elas devem ser aí pro seu negócio.
Matheus Haddad
Você contando essa história aí, até senti a gastrite aqui, ó, daquela época. Realmente foi no último minuto que a gente descobriu isso e foi importante, senão a gente não estaria aqui com certeza ou estaríamos em uma situação muito diferente hoje.
Mas eu fiquei lembrando também que um outro aspecto que nos ajudou muito, pelo menos dentro dos nossos negócios, é que a gente tem as finanças abertas com as pessoas que trabalham com a gente. Então as pessoas dentro do Ateliê de Software, do Granatum, da escola, podem ter acesso a tudo que está acontecendo financeiramente com a empresa. Então elas têm o seu acesso ao Granatum, podem consultar, podem avaliar. No Ateliê de Software, a gente faz apresentações a respeito dos resultados financeiros que a gente tem a cada trimestre, para que todos acompanhem de perto, entendam o que que tá acontecendo financeiramente com o negócio. Isso aumenta as chances de alguém perceber algum desvio, alguma coisa que não está bem controlada ou uma maneira melhor de fazer a gestão financeira do nosso negócio.
E essa visão compartilhada traz um pouco mais de segurança pra que a gente possa evitar erros, como esse que o Flávio contou que a gente cometeu lá no início dos nossos negócios, e que agora são mais difíceis de se repetirem.
Por que além do controle melhor, tem mais gente olhando. Quando tem mais gente olhando, fica inclusive mais difícil de o erro persistir por muito tempo, porque as pessoas podem questionar números, podem questionar valores e aí isso indaga toda a equipe a buscar uma resposta, e aí a gente acaba descobrindo maneiras diferentes de se fazer a gestão financeira.
Então acho que esse aspecto, Flávio, eu queria só trazer aqui pra gente finalizar esse episódio, é muito importante no meu ponto de vista porque traz essa segurança para o negócio, ao mesmo tempo que traz a informação para as pessoas que estão executando o trabalho e que são responsáveis no dia a dia, na operação, pelo consumo desses recursos financeiros e também pela geração de novos recursos financeiros, através das receitas que a gente acaba recebendo a partir dos produtos e dos serviços que a gente tem.
Então dar essa consciência para quem executa o trabalho é fundamental para que o trabalho possa ser executado da melhor forma, sendo de maneira mais produtiva, sendo de maneira que aumente as receitas do negócio. Então acho que esse ponto também é importante. Eu queria só complementar aqui pra vocês, pra gente não perder esse ponto.
Mariana Prado
Muito bom, gente. Quando a gente fala que gestão financeira é fácil a gente pensar só em planilha, gráfico ou relatório né? Mas o que eu achei mais legal desse papo foi perceber que como acompanhar de perto o financeiro, gera um conhecimento sobre o negócio. Então a gente sempre fala como se o financeiro fosse algo à parte ali da empresa, mas que quando a gente tem esse acompanhamento próximo a gente vai aprendendo mais sobre o funcionamento do nosso negócio. E aí ter uma ferramenta que apoie e tenha pessoas que cuidam disso no processo e no dia a dia, vai ajudar a transformar esses números numa linguagem comum que todo mundo consegue entender e que ajuda todo mundo a entender onde que o negócio tá e pra onde ele tá indo né? Então gera um conhecimento coletivo também. Então não é muito sobre fazer conta, mas é sobre fazer escolhas com base em informações reais. E aí o mais legal é ter coragem de enxergar o que que tá ali posto nesses números. Então acho que você precisa ter uma dose de coragem também para conseguir acompanhar o seu financeiro e encarar a realidade que ele mostra, como vocês fizeram aí lá no comecinho, de encarar que tava fazendo um cálculo errado e uma distribuição ali equivocada naquele momento. Faz parte do jogo.
Se você também acredita que as finanças não devem ser um tabu dentro da sua empresa, compartilhe esse episódio com quem toma as decisões junto com você. Esse foi mais um Código Granatum. Obrigada por ouvir e até a próxima.
Mariana Prado
Você está ouvindo Código Granatum. Conversas diretas sobre tecnologia, cultura e um caixa saudável. Eu sou a Mari Prado do time de sucesso do cliente e aqui comigo estão o Flávio Logullo e o Matheus Haddad, dois dos cofundadores do Granatum. No episódio passado, a gente falou sobre como dados bem organizados são essenciais para tirar bom proveito da inteligência artificial, mas entre a organização das informações e os insights que a IA pode trazer, tem um passo fundamental que é acompanhar de perto os números da empresa.
Aqui no Granatum a gente vive isso na prática. A gente usa o próprio Granatum Financeiro pra cuidar das finanças do grupo WebGoal, e esse acompanhamento já influenciou decisões importantes que a gente já comentou aqui. Como separar as unidades de negócio e manter o time do Granatum enxuto? Então eu queria pedir pro Floz e pro Matheus contarem pra gente, como é a rotina deles de acompanhar as finanças das empresas do grupo.
Tem algum momento que vocês fazem isso juntos? E aí, quais são as informações que nunca saem do radar?
Flávio Logullo
Muito bom. Acho que vale dizer, Mari, que porque que o Granatum nasce. Culturalmente a WebGoal, nasceu muito desse lugar. Citando o episódio dos sócios, eu não tinha esse, apesar de já ter empreendido antes, eu não tinha essa prática de ficar acompanhando as finanças ou ter um controle muito afinado. Isso vem muito do Matheus, vem muito do Altieres, que eram pessoas super disciplinadas com as finanças. E isso vem se desenvolvendo desde antes da gente consolidar uma empresa, um negócio.
Então o Granatum, nasce muito desse lugar. Desde o dia zero, quando a gente tava fazendo ainda os planos de negócio, entendendo como é que o negócio ia acontecer, a gente já tinha uma planilha. A gente já tinha uma planilha para simular o que que é que viria a ser o nosso negócio. E todas as decisões antes da gente existir elas eram bastante pautadas também na análise desses números. Então o Granatum nasce desse lugar.
A gente tinha, sempre teve essa preocupação com o controle das finanças, porém ninguém queria de fato ficar focado nesse lugar ali então, no comecinho, quando éramos só nós cinco sócios, lá no começo, a gente alternava essa responsabilidade de manter a planilha atualizada e fazer ali o controle de tudo que entrava e saía por vários motivos.
Primeiro porque nós somos bootstrappers. Basicamente a gente não pegou dinheiro de fora, a gente não pegou empréstimo, não tem dinheiro que veio de fora pra gente administrar e crescer o nosso negócio. Tudo que a gente tem é o dinheiro que a gente colocou e o que a gente gerou de riqueza aqui dentro mesmo. Então todos os controles financeiros tinham que ser muito bem afinados. E tudo tinha que tá registrado pra gente entender quanto que a gente investiu ali no começo em infraestrutura, quanto que a gente tinha que investir em serviços.
E é, a gente tinha a famosa planilha. E essa planilha ela rodava na mão de cada um dos sócios, de tempos em tempos. Eu não lembro se era de mês em mês, de semana em semana, mas ela rodava E o Granatum nasce nesse lugar aí.
Porque quando você tem uma pessoa mexendo numa planilha já é difícil. Você, essa pessoa, quebra a planilha o tempo inteiro e quando a gente tinha cinco pessoas trabalhando nessa planilha era um desespero. A gente quebrava a fórmula e aí não sabia o que que tava certo, o que tava errado, então rapidamente a gente construiu o que viria a ser o Granatum no futuro.
Mas por que? Porque agora a gente tem, a gente dividiu pra conquistar. Então a gente tem as operações elas são tocadas por cada um de nós ali. Então no dia a dia, na rotina, a gente confia muito que cada um de nós tá olhando para o nosso Granatum. Então a escola, o Ateliê de Software, o robô, o Granatum, é observado. E aí eu tenho a minha rotina e eles têm as deles observado diariamente, ou semanalmente, ou de tempos em tempos ali, pra entender o que que tá acontecendo.
Mas absolutamente todas as decisões são tomadas a partir da análise e da observação dos nossos Granatuns. Nada a gente dá um salto no escuro. É sempre muito bem amparado pelos dados que a gente tem mantido ali. E a gente se encontra semanalmente. Não pra falar sobre finanças, mas para discutir sobre os negócios. O que é pra gente fundamental, que essas conversas são muito mais produtivas, as nossas decisões são muito mais assertivas, porque a gente tá consumindo o tempo inteiro os nossos Granatuns. A gente tá olhando individualmente e, quando tá acontecendo algum tipo de problema que a gente precisa resolver, a gente traz o Granatum pra mesa do board, para discutir sobre um determinado ponto ou outro.
Até mesmo há pouco tempo atrás, a gente tem esses ciclos de revisitar os nossos negócios e entender o que que é que tá eficiente, o que não tá eficiente, a gente olha pros nossos Granatuns e a partir dele, a gente toma as decisões de mudar um tipo de investimento ou ajustar um tipo de despesa que a gente tem.
Matheus Haddad
Eu fiquei lembrando aqui das histórias do começo da WebGoal, quando a gente começou a controlar as finanças. Acho que vale a pena destacar que naquela época ainda não tinha o Google Sheets ou a planilha na nuvem. Tinha só um lugar pra pôr o arquivo no servidor, mas cada um usava ele localmente. Então não dava nem pra gente contribuir ou colaborar na mesma planilha, por isso que dava muita confusão, porque eram outras outras épocas né? Enfim.
Mas eu acho que, lembrando agora neste começo, fica fácil de perceber que a gente consegue dividir um pouco essa atuação dentro de uma empresa em duas grandes partes. A parte onde a gente tem que lidar com os recursos que a empresa tem. Então os recursos financeiros, é um tipo desses recursos, além dos materiais, do estoque, ou dos equipamentos que você tem. E tem a parte de conseguir trabalhar com as pessoas, de fazer o trabalho, ser coordenado entre as pessoas. E são duas grandes áreas do que a gente chama gestão.
Então quando eu vou fazer a gestão dos recursos, eu preciso ser extremamente disciplinado e fazer da forma mais eficiente, mais eficaz possível, porque eu não quero ter desperdício de recurso, não quero desperdiçar dinheiro, eu quero aproveitar cada centavo da melhor maneira possível para que o meu negócio possa usufruir daquilo e crescer e prosperar.
E aí, um controle rígido ou um controle disciplinado é importante por conta disso. Não só pelo controle em si, mas pela visibilidade que aquilo traz. Porque ao acompanhar de perto, ao controlar de forma disciplinada, você acaba compreendendo a dinâmica financeira do seu negócio. Eu acho que isso é o principal.
Então, lá no começo, quando a gente começou a controlar as despesas que a gente tinha, as receitas que entravam, os pagamentos que a gente tinha que fazer de salários e tudo mais, começou a criar dentro da gente uma percepção a respeito do fluxo financeiro dentro da WebGoal. Como é que o dinheiro entrava, como é que o dinheiro saía e o que ficava para poder ser reinvestido.
Essa percepção que você ganha, essa mentalidade a respeito desse fluxo financeiro, ele só aparece quando você controla de forma disciplinada as finanças, porque senão você não tem noção de como é que o dinheiro roda na sua organização. Então acho que esse é um ponto crucial.
Outro ponto muito importante que eu fiquei me lembrando aqui, Flávio, foi que a gente sempre teve pessoas dedicadas a esse papel bastante específico de controlar as finanças ou de acompanhar de perto o dinheiro. No começo da WebGoal, era eu, o Altieres, porque tínhamos essas habilidades e optamos por fazer isso. Mas com o passar dos anos e o negócio crescendo, a gente teve a sorte de contar com pessoas como o Alexandre no Granatum, a Simone no Ateliê de Software, e o Michel lá na escola Lumiar, que são pessoas que olham, trabalham com o Granatum aberto o dia todo. Então elas conseguem fazer todos os lançamentos, conseguem acompanhar os resultados financeiros semana a semana, mês a mês e conseguem nos respaldar, enquanto sócios, de como as coisas estão andando.
Então sempre que eu posso, que eu preciso, eu pergunto pra Simone. Simone, como é que tá nosso DRE? Simone, temos dinheiro para investir esse mês? Simone, como podemos pagar esse tipo de material ou fazer essa contratação? E aí a Simone, como é a pessoa envolvida hoje mais de perto nisso, ela me passa essas informações já consolidadas.
Nas reuniões com sócios, a gente combina isso tudo né. O Flávio traz o que ele consolidou com o Alexandre, e o Jefferson traz o que ele consolidou com o Michel, e eu levo o que eu consolei com a Simone. Para que a gente possa ter rapidamente uma percepção mais apurada da situação que temos e do que devemos decidir, que vai ser de impacto a nível do negócio.
Então hoje a gente tem essa estrutura, mas vale lembrar que ela nasceu lá de trás da planilha né? Então hoje eu consigo pedir pra Simone e perguntar pro Flávio, pro Flávio falar com o Alexandre, ou eu mesmo consultar o Granatum que a Simone alimenta, pra tomar uma decisão, porque eu entendo o fluxo financeiro dentro dos negócios, e aí fica melhor de conversar, de discutir e de tomar decisões.
Flávio Logullo
É importante dizer que foi desde o começo do começo. E aí eu vou falar, compartilhar aqui uma situação crítica. Porque é comum, até hoje, eu converso ali com a Thayse, até com a Mari mesmo, com as meninas do atendimento, a pessoa que faz o teste grátis, do Granatum Empresarial, apesar da gente ter um Granatum Pessoal, que é gratuito e muitas empresas usarem ele ali também pra começar, mas é comum no começo do negócio a autoavaliação do empreendedor ali, do tipo, não mas eu sou muito pequeno, tô muito no começo ainda pra ter uma ferramenta como essa.
A gente tem uma história emblemática aqui no Granatum, porque quando ali em 2008 a gente nasce, e hoje ainda é uma grande realidade, muitos empreendedores eles tem como principal suporte o contador, a contabilidade, escritório de contabilidade, o que é ótimo porque existe uma visão contábil, que é super importante, pode ser super estratégica para o seu negócio. Mas a gestão financeira do dia a dia, ela tem que ser feita a partir de uma observação interna, da rotina do dia a dia do seu caixa, do que tá girando, de como tá entrando, e o tipo de conhecimento que você gera, que a gente gera aqui dentro do nosso negócio, é totalmente diferente do tipo de conhecimento que é gerado na contabilidade.
Então, a contabilidade tem um tipo de plano de contas, que é um esquema de classificação, que é muito voltado para uma prestação de contas fiscal, legal, nesse aspecto de prestação de contas pro governo, é o melhor lugar, é a melhor classificação. Então, dependendo do regime tributário, depende como você vai se classificar, então isso pode ser bastante estratégico, mas para gestão do dia a dia, isso não é tão eficiente.
Porque existem nuances dentro do negócio que pouco importam para contabilidade e pro negócio pode ser super importante, como um tipo de despesa, um tipo de gasto que você tem para um determinado projeto, para um determinado produto. E essas visões são complementares e elas não se substituem.
E, um caso, uma história, um causo no comecinho da WebGoal, que a gente tem um modelo de gestão bastante diferente em alguns negócios, a gente faz inclusive, a divisão trimestral de lucro, em outros semestral, em outros anual, mas lá no começo, era tudo uma coisa só e a gente fazia a divisão de lucros trimestrais.
E a gente se apoiava bastante, apesar dessa visão complementar, a gente ainda não tinha muito essa clareza de que as visões se complementam e a gente confiava bastante na visão contábil para fazer, por exemplo, a divisão de lucros entre o PLR dos profissionais e a divisão de lucro dos funcionários.
E a gente cometeu, nós experientes como somos, a gente cometeu um erro clássico que se a gente não tivesse olhando com atenção para o financeiro, para o nosso Granatum que ali tava começando a existir, o nosso próprio Granatum, a gente tinha literalmente falido, quebrado.
Porque a gente, a prestação de contas que a gente passava para a contabilidade, não condizia com os gastos que de fato estavam acontecendo na nossa operação. E a gente chegou a fazer divisões de lucro maiores do que elas deveriam, porque sobre o ponto de vista da contabilidade, era esse tipo de divisão que deveria acontecer.
E a gente durante três ciclos ou quatro ciclos, a gente fez uma divisão de lucros duplicada. Então a gente dividiu mais lucro do que a gente de fato tinha, e aí num momento específico, eu me lembro até que, acho que foi o Alexandre, até o Alexandre já tava por aqui, ele olhou e falou gente tem alguma coisa errada aqui, porque o nosso Granatum está demonstrando uma coisa e a contabilidade tá passando outro número pra gente e a conta não vai fechar.
E a gente antecipou esse problema. E a gente tava muito no início do negócio. Então, pra quem diz ou pra quem pensa que não é necessário ter uma ferramenta ou acompanhamento porque é muito pequeno, muito pelo contrário gente, vocês precisam olhar igual a gente fez e com muita seriedade para o que tá acontecendo dentro do financeiro do seu negócio, para evitar problemas gravíssimos. Hoje a gente não estaria contando essa história aqui se a gente não tivesse levado tão a sério esse aspecto da gestão.
Porque é comum a gente priorizar outros aspectos da gestão, então parece que o financeiro nunca é urgente e nós somos a prova viva de que se o financeiro não fosse a nossa urgência hoje a gente não estaria aqui contando história e compartilhando esse conhecimento.
Então, o que eu gostaria de dizer é que a gente, não eu não gosto nunca de prescrever alguma coisa, então nós temos o nosso modelo de fazer análise e eu posso dizer, eu olho pra dois relatórios pelo menos duas ou três vezes semanalmente. É engraçado que eu fui conversar com um fundo de investimento esses tempos e ele começou a fazer perguntas sobre a DRE e eu tinha na cabeça, porque eu olho isso o tempo inteiro. Ele falou assim: nossa você olha a DRE assim? Eu falei sim, porque o Granatum tem a DRE e eu costumo acompanhar isso semanalmente, mais de uma vez por semana. Mas por que? Aí eu falei: porque não? Isso já tá tão instaurado dentro da nossa cultura assim, que pra mim não faz sentido nenhum. Então olhar com seriedade para buscar respostas, para fluxo de caixa e DRE, no meu entendimento é mandatório, independente se você começou o negócio hoje ou se você tem, já tem um negócio centenário.
Porque é isso que vai responder e vai tirar você desse lugar de não priorizar as finanças e entender o quão prioritário elas devem ser aí pro seu negócio.
Matheus Haddad
Você contando essa história aí, até senti a gastrite aqui, ó, daquela época. Realmente foi no último minuto que a gente descobriu isso e foi importante, senão a gente não estaria aqui com certeza ou estaríamos em uma situação muito diferente hoje.
Mas eu fiquei lembrando também que um outro aspecto que nos ajudou muito, pelo menos dentro dos nossos negócios, é que a gente tem as finanças abertas com as pessoas que trabalham com a gente. Então as pessoas dentro do Ateliê de Software, do Granatum, da escola, podem ter acesso a tudo que está acontecendo financeiramente com a empresa. Então elas têm o seu acesso ao Granatum, podem consultar, podem avaliar. No Ateliê de Software, a gente faz apresentações a respeito dos resultados financeiros que a gente tem a cada trimestre, para que todos acompanhem de perto, entendam o que que tá acontecendo financeiramente com o negócio. Isso aumenta as chances de alguém perceber algum desvio, alguma coisa que não está bem controlada ou uma maneira melhor de fazer a gestão financeira do nosso negócio.
E essa visão compartilhada traz um pouco mais de segurança pra que a gente possa evitar erros, como esse que o Flávio contou que a gente cometeu lá no início dos nossos negócios, e que agora são mais difíceis de se repetirem.
Por que além do controle melhor, tem mais gente olhando. Quando tem mais gente olhando, fica inclusive mais difícil de o erro persistir por muito tempo, porque as pessoas podem questionar números, podem questionar valores e aí isso indaga toda a equipe a buscar uma resposta, e aí a gente acaba descobrindo maneiras diferentes de se fazer a gestão financeira.
Então acho que esse aspecto, Flávio, eu queria só trazer aqui pra gente finalizar esse episódio, é muito importante no meu ponto de vista porque traz essa segurança para o negócio, ao mesmo tempo que traz a informação para as pessoas que estão executando o trabalho e que são responsáveis no dia a dia, na operação, pelo consumo desses recursos financeiros e também pela geração de novos recursos financeiros, através das receitas que a gente acaba recebendo a partir dos produtos e dos serviços que a gente tem.
Então dar essa consciência para quem executa o trabalho é fundamental para que o trabalho possa ser executado da melhor forma, sendo de maneira mais produtiva, sendo de maneira que aumente as receitas do negócio. Então acho que esse ponto também é importante. Eu queria só complementar aqui pra vocês, pra gente não perder esse ponto.
Mariana Prado
Muito bom, gente. Quando a gente fala que gestão financeira é fácil a gente pensar só em planilha, gráfico ou relatório né? Mas o que eu achei mais legal desse papo foi perceber que como acompanhar de perto o financeiro, gera um conhecimento sobre o negócio. Então a gente sempre fala como se o financeiro fosse algo à parte ali da empresa, mas que quando a gente tem esse acompanhamento próximo a gente vai aprendendo mais sobre o funcionamento do nosso negócio. E aí ter uma ferramenta que apoie e tenha pessoas que cuidam disso no processo e no dia a dia, vai ajudar a transformar esses números numa linguagem comum que todo mundo consegue entender e que ajuda todo mundo a entender onde que o negócio tá e pra onde ele tá indo né? Então gera um conhecimento coletivo também. Então não é muito sobre fazer conta, mas é sobre fazer escolhas com base em informações reais. E aí o mais legal é ter coragem de enxergar o que que tá ali posto nesses números. Então acho que você precisa ter uma dose de coragem também para conseguir acompanhar o seu financeiro e encarar a realidade que ele mostra, como vocês fizeram aí lá no comecinho, de encarar que tava fazendo um cálculo errado e uma distribuição ali equivocada naquele momento. Faz parte do jogo.
Se você também acredita que as finanças não devem ser um tabu dentro da sua empresa, compartilhe esse episódio com quem toma as decisões junto com você. Esse foi mais um Código Granatum. Obrigada por ouvir e até a próxima.